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O Rock É Preto! | 5 Bandas brasileiras com Protagonismo Preto

Jeff Ferreira
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Black Alien disse: “Dois pés na porta Pé de valsa em sinfonia de loki / Só que antes que eu te soque / Little Richard, Berry / Não é rixa, porém Elvis nunca foi o rei do Rock”, esse trecho do single Chuck Berry retrata e resgata o protagonismo negro do rock n’ roll, constantemente apagado pela indústria em prol de dar holofotes à artistas brancos. No entanto, a revista Squatters vai escurecer as coisas e hoje trazemos cinco artistas brasileiros que atuam no rock e comprovam que o estilo vai além da classe média branca de apartamento, principalmente nas periferias, os negros vêm usando sua voz para denúncia e protesto em cima dos riffs do rock, como foi no início quando o gênero musical surgiu: no seio da comunidade negra.

Porém antes, é preciso citar alguns nomes da cena mundial. Começo com Sister Rosetta, a mãe do rock n’ roll. Começou a se interessar pela música aos quatro anos de idade tendo como inspiração o jazz e o soul, aprendeu a cantar e tocar guitarra na igreja e ficou famosa ao lado de sua Gibson SG branca. Chuck Berry, nascido nos EUA em 1926, autor de músicas como "Johnny B. Goode", "Roll Over Bethoven", "Maybellene", "Sweet Little Sixteen" e "School Days", referência para muitas bandas que vieram depois. Ike Turner foi um músico instrumentista, cantor, compositor e produtor musical, considerado como um dos pioneiros do rock nos anos 50, mas foi nas décadas de 1960 e 1970 que seu trabalho ficou mais conhecido. Jimi Hendrix, o maior guitarrista do mundo, teve uma carreira musical curta, que durou apenas entre os anos de 1966 e 1970, mas o suficiente para colocar seu nome na história. Little Richard, nasceu em 1932, além de cantar tocava piano, figura influente na música e cultura popular por sete décadas, foi apelidado de "The Innovator", "The Originator" e "The Architect of Rock and Roll". Filho de pais músicos, Prince teve bastante contato com instrumentos desde pequeno. O primeiro instrumento que ele aprendeu a tocar foi o piano, com apenas 7 anos de idade, lançou 39 discos em vida, e sua música mistura diversos gêneros como o funk, R&B, soul, jazz, rock, pop e Hip Hop.

Abaixo convidamos para conhecer cinco bandas do rock brasileiro em suas mais diversificadas ramificações, todas com protagonismo preto. Confira:

DEVOTOS



Formada em 1988 por Cannibal (baixo e voz), Neilton (guitarra) e Celo Brown (bateria), sob o nome Devotos do Ódio, emprestado do título de um livro de José Louzeiro (1987). O grupo tem sua base no bairro Alto José do Pinho, local com abundantes problemas sociais que são retratados nas letras. No ano 2000 o grupo mudou seu nome para "Devotos".

ÚTERO PUNK



A Banda surgiu em 2003 quando Tatiane Góis, na época com 14 anos, percebeu que a violência sexual sofrida por garotas da sua idade eram praticadas em seus próprios lares era mais comum do que ela imaginara. A ideia nasceu com intenção de incluir garotas na cena punk da região da zona norte de São Paulo já onde a aceitação por garotas em bandas era zero.

CREXPO



A banda é formada por alguns músicos já bem conhecidos no cenário metal e hardcore nacional, com cozinha performada por Ed Chavez no baixo e Marcelo BA na bateria, enquanto as guitarras são comandadas por Douglas Prado. Já os vocais ficam por conta de Xandão Cruz experiente e renomado rapper da cena Hip Hop de São Paulo.

BLACK PANTERA



Banda de crossover thrash formada em Uberaba, em 2014. Composta por Charles Gama (guitarra, vocal), Chaene da Gama (baixo) e Rodrigo "Pancho" Augusto (bateria). O grupo aborda temas como política, racismo e discriminação em geral em suas letras. O nome da banda é uma homenagem aos Panteras Negras.

PUNHO DE MAHIN



Formado por integrantes da periferia de São Bernardo dos Campos: Natália, vocal, Paulo Tertuliano, bateria, Camila Araújo, guitarra e vocal, e Du Costa, contrabaixo e vocal. O grupo quer resgatar as histórias de brasileiros como Carlos Marighella e Luiza Mahin por meio da música. O nome é uma homenagem a Luísa Mahin, mulher negra que foi escravizada e liderou a Revolta dos Malês na Bahia, em 1835.



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