Chegamos no Grupo E da Copa do Mundo, o qual tem Japão, Costa Rica, Alemanha e Espanha. Conheça como o Hip Hop surgiu e se desenvolveu nesses países. Confira:
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Japão
O Hip Hop no Japão tem como padrinho a figura de Hiroshi Fujiwara, o primeiro DJ do país. Fujiwara nasceu em Ise, Mie e aos dezoito anos se mudou para Tóquio e passou a se destacar na cena da moda de rua de Harajuku. Durante uma viagem à cidade de Nova York, no início dos anos 1980, Hiroshi conhece o Hip Hop e retorna à Terra do Sol nascente trazendo em sua bagagem discos de artistas estadunidenses. No Japão, Fujiwara passou a atuar como DJ organizando festas onde tocava os discos que trouxe consigo e foi responsável por popularizar o estilo em sua pátria. Não tardou para que ele passa a produzir músicas e se especializar em criar remixes.
Em sua incursão pela moda de rua, a streetwear, Hiroshi Fujiwara se tornou designer influente e o pioneiro da linha "HTM" da Nike e da linha "Fenom" da Levis. Ele lançou sua primeira marca, Good Enough, no final dos anos 1980 e é conhecido como o pai da moda Ura-Harajuku, que faz menção a um famoso bairro de Tóquio.
Outro importante personagem na fase inicial do Hip Hop japonês é Nigo, também designer, DJ e produtor musical, além de empresário japonês. Conhecido pela linha de roupas urbanas A Bathing Ape (Bape) e atualmente atua como diretor criativo da Kenzo. Nigo fundou o Teriyaki Boyz, atuando como DJ desde a estreia do grupo em 2005.
Credita-se como o primeiro a fazer rap no Japão o músico Toshio Nakanishi, membro fundador da banda de new wave Plastics, em 1976. Toshio tocava com a banda Male, um grupo de technopop de Tóquio, em maio de 1982 ele viajou com a banda para Nova York para gravar um álbum junto do produtor Moichi Kuwahara. Lá, Nakanishi viu um show de Afrika Bambaataa e se encantou pelo Hip Hop e imediatamente passou a se aventurar pela cultura. O artista aproveitou sua passagem pelos EUA e gravou um clipe no Bronx, o qual teve a participação da Rock Steady Crew.
Outro fator que ajudou a difundir o Hip Hop em solo japonês foi o filme Wild Style, porém de uma forma diferente do que em outros países. Em 1983, o filme foi exibido em um cinema quase vazio de Shinjuku. Entre os poucos expectadores estava DJ Krush. Para promover o filme, cerca de 30 membros do elenco do filme viajaram ao Japão e se apresentaram em vários clubes e programas de televisão. Foi a chama que fez nascer várias crews de breaking no país, entre elas a Tokyo B-Boys, B-5 Crew e a Mystic Movers, que dançavam pelas ruas de Harajuku.
Na primeira metade dos anos 80 o Hip Hop japonês contava com algumas investidas de artistas de outras cenas, como produtores de dance music. Alguns rappers undergrounds surgiam timidamente. No entanto, o rap – propriamente dito – ganha novo patamar em 1986 com Haruo Chikada, músico que na década de 1970 liderava uma banda de funk e que fez a transição para o rap mudando seu nome artístico para President BPM. Mais tarde o MC fundou a gravadora BPM, especializada em rap.
Em 1986 o Japão lança seu primeiro disco de rap, com os artistas Seiko Ito e Tinnie Punx , um duo formado por Hiroshi Fujiwara e Kan Takagi. O álbum 建設的 (Kensetsuteki) – em tradução livre: Construtivo. Lançado em 21 de setembro de 1986, o álbum teve quatro faixas, sendo elas: “Money”, “Joe Talks”, “Body Blow” e “Healthy Morning”.
Nos anos 90, o rap japonês passou a integrar temas de programas TV, como os animes. Alguns bem populares como Tokyo Tribe 2 e Samurai Champloo. Já o primeiro programa de rádio de Hip Hop no Japão foi o Hip Hop Night Flight, o qual foi idealizado pelo falecido artista de mangá Yutsuko Chusonji, cujos próprios trabalhos faziam referência à cultura Hip Hop.
Em 1990 é lançado a coletânea Yellow Rapculture in Your House, considerada como um registro gravação imprescindível da cultura no Japão. Participaram deste álbum os artistas Gutch Ge, DJ Krush Posse, Home Boys e Honey Bomb. Estima-se que apenas Diz-se que a prensagem da coletânea, em vinil de 12”, foi algo entre 500 e 1000 cópias apenas.
Em 1988, o President BPM juntou-se a Fujiwara, Takagi e Nakanishi, Masayuki Kudo e Gota Yashiki, para formar o selo Major Force, dentra da gravadora Sony. O movimento fez com que surgissem uma série de novos DJs, incluindo MID The JG's, GM Yoshi, DJ Yutaka, DJ Doc Holiday, DJ Tanko e DJ Honda.
Através de um concurso para rappers e DJ’s, o DJ Underground Contest No. 1, em 1989, Krush Posse sagrou-se campeão. Em segundo lugar ficou o DJ Seiji. Deste evento surge um dos mais importantes nomes da cena japonesa, Scha Dara Parr, abreviado para SDP. Formado por Bose, Ani e o DJ Shinco, em 1988, o grupo chamou atenção pelo seu som inovador - Influenciado pelos Beastie Boys - e letras que furavam a bolha do rap japonês dos anos 80. O SPD representa a geração que veio depois de Seiko Ito e Tiny Panx (anteriormente Tinnie Punx), fazendo rap de forma livre e versando sobre cotidiano e usando a linguagem da comédia, teatro, videogames, dramas de TV e filmes da época.
O rap japonês cresceu e se desenvolveu ao longo dos anos, dentre alguns nomes da cena podemos citar: B-Fresh, Buddha Brand, Dassen 3, East End, ECD, Gas Boys, Kaminari-Kazoku, Kasekicider, Kimidori, King Giddra, Lamp Eye, Low Damage, Lunch Time Speax, Microphone Pager, Rappagariya, Rhymester, Soul Scream, Vibrastone, Yotsukaido Nature, You The Rock & DJ Ben The Ace, Zing.
Costa Rica
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Grupo Ragga by Roots, um dos fenômenos do Hip Hop da Costa Rica |
Em 1980 surge na Costa Rica o programa de TV Hola Juventud, apresentado pelo chileno Nelson Hoffman. O atrativo teve grande participação da chegada do Hip Hop no país, pois tratava-se de um programa que transmitia clipes e músicas. Através daí “Buffalo Gals” e “Planet Rock” chegavam aos costarriquenhos e seus passos eram copiados por todos. Desse mesmo modo o breaking chega ao país.
Na sequência, a TV da Costa Rica passa promover concursos de dança, como o programa Las Estrellas Se Reúnen, isso foi ajudando a popularizar o Hip Hop por lá. Na Costa Rica as batalhas de breaking eram chamadas de “piques” e eram praticadas por disputas de territórios. Duas das icônicas cres da época foram a Latin Crew Breakers e Breaking in control.
Em 1990 surge o primeiro rap costarriquenho, a canção “Rapicidio” feita para um concurso de jingles da Radio Uno. Os autores foram Guzmán e Swett, que formaram o grupo La Pasa Tarasa. A letra abordava o cuidado com o transito ao dançar breaking nas ruas e o concurso foi promovido pelo Ministerio de Obras Públicas y Transpor-tes (MOPT).
O grupo La Pasa Tarasa fez a abertura do primeiro show internacional de rap da Costa Rica, com C+C Music Factory y MellowMan Ace. O evento foi organizado no Palacio de los Deportes en Heredia. Meses depois, Vanilla Ice também de apresntava em terras costarriquenhas.
Nos anos 90 vários grupos de rap surgem pelo país. A grande característica daquela época era a fusão do Hip Hop com ritmos caribenhos como o dancehall e o reggae. Dois lugares berços dessa fase do rap são as cidades de San Francisco de Dos Ríos e Desamparados, onde se concentravam jovens negros e periféricos. Outros precursores do rap na Costa Rica foram Enoch Samuels e Huba Watson que iniciaram na dança e entrando na vida adulta se converteram ao rap. Ambos integraram diversos grupos, como o VCR, que além da dupla contava com Patrick Skipton, Robert Barrett e Jeffrey Acosta. O VCR se apresentou no primeiro show internaciona, também abrindo para os gringos, e com isso foram convidados para se apresentarem na inauguração do Centro Comercial Novacentro, em Guadalupe, no ano de 1992. Lá apresentaram seu primeiro single gravado “Sida”, canção que abordava o vírus HIV que se espalhava pelo país.
Outros grupos surgiram nesse período como o Enjerod, Boombox, Juice e o Natural Vibes. O Ragga by roots, criado em 1996, foi um dos expoentes na mistura do rap e reggae. Formado por Huba Watson, Frank Navarro (G Ter-mis), Paco Jiménez e Robert Barrett. Eles gravaram o álbum Education Fa Ya Ear e se colocaram como um dos principais grupos da Costa Rica.
Atualmente a cena na Costa Rica é conectada com os EUA, ou seja, as novidades do berço do Hip Hop chegam diretamente ao país e, imediatamente, influência a forma de se fazer música por lá. Além disso, os artistas costarriquenhos tem grande aceitação dentro do território estadunidense, bem verdade que a aceitação se dá pela comunidade latina dos EUA. Alguns rappers da atual cena de Costa Rica que se destacam: Toledo, D. Carter, Cehzar, Crypy, Jahckal, Charly Bless, Chama, Tinez, Nakury e DjP, além dos campeões da Batalla de los Gallos: Cehzar, RVS e SNK.
Alemanha
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Grupo Tic Tic Toe, formado em 1995 por Lee, Ricky e Jazzy |
O Hip Hop chega na Alemanha através da coqueluche do breaking, no começo dos anos 80. À medida em que artistas estadunidenses como Public Enemy, Big Daddy Kane e Jungle Brothers iam fazendo sucesso em todo o globo, o rap foi caindo no interesse do jovem alemão.
Os primeiros raps feitos na Alemanha eram rimados em inglês e pertenciam a uma cena microscópica e underground. Nos anos 90 os MC's do país já adotaram a língua materna e fundiram a cultura alemã e europeia à cultura vinda dos EUA. O rap era mesclado com o pop, a disco e música schlager (um gênero particularmente alegre do Europop alemão) e incorporando um certa auto-ironia ao adotar o estilo da cultura de rua americana.
Um dos primeiros nomes do Hip Hop alemão é o de Sylvia Macaco, que começou sua carreira como enfermeira, depois se converteu em uma MC com o pseudônimo de Cora E. A artista atuou por anos no underground do rap Alemão até que em 1996, através de um desejo da EMI de lançar artistas old school, Cora E. assina com a gravadora e lança o single Schlüsselkind (Latchkey Kid), estourando nas paradas europeias.
Contemporâneos a Cora E., tem o grupo Advanced Chemistry, oriundo de Heidelberg, uma cidade cênica em Baden-Württemberg, no sul da Alemanha. O grupo foi fundado em 1987 por Toni L, de origem italiana, Linguist, de origem ganês, Gee-One, DJ Mike MD (Mike Dippon) e MC Torch, de origem haitiana.
Com letras conscientes, o Advanced Chemistry foi um dos primeiros grupos a rimar no idioma alemão. Além disso, suas canções abordavam questões sociais e políticas controversas, distinguindo-os de outros grupos dos anos 80, como o Die Fantastischen Vier
O Die Fantastischen Vier (Quarteto Fantástico) foi formado em 1989, a partir do grupo Terminal Team, do qual Rieke e Schmidt integravam, juntaram-se a eles Dürr e Beck se juntaram em 1989. Sob o novo nome Die Fantastischen Vier eles tornaram o Hip Hop alemão popular, ou o Deutschen Sprechgesang (canção falada em alemão), como também é chamado. Em 1992 o grupo emplaca o primeiro hit de rap nas paradas de sucesso, com a música "Die da?!" ("Ela?!") do álbum 4 Gewinnt, alcançando o segundo lugar na Alemanha e o primeiro lugar na Áustria e na Suíça.
No final dos anos 80 o grupo viaja para Los Angeles e lá notam a falta de conexão entre as lutas dos "negros pobres nos Estados Unidos e dos brancos de classe média na Alemanha". Desse modo, se afastaram do que chamaram de "clichê gangsta" do rap estadunidense e buscaram um estilo humorado e irônico. Nós discos posteriores al debute, o grupo adotou uma linha mais séria e filosófica.
O GLS United lançou a primeira música do Hip Hop alemão, em 1980, "Rapper's Deutsch", e adivinhe? Usou como base instrumental "Rapper's Delight". O grupo formado por três DJs de rádio, incluindo o comediante e apresentador de TV Thomas Gottschalk, fazima uma paródia do Sugarhill Gang. O fato é que essa foi a primeira canção de rap em língua alemã. A banda de punk rock Die Toten Hosen lançou uma das primeiras canções do rap alemão, com "Hip Hop Bommi Bop", de 1983. A banda também apresentou o primeiro crossover entre o rap rock do país. Nina Hagen também fez rap no single "New York / NY", de 1983.
René El Khazraje, nascido em Braunschweig, se tornou o MC Rene após apresentar seu freestyle aos 15 anos, a improvisação o levou para outro caminho, a comédia e René também passou a se apresentar como comediante de stand-up. O Rödelheim Hartreim Projekt, abreviado para RHP, foi composto por dois membros, Moses P. (Moses Pelham) e Thomas H. (Thomas Hofmann) em Frankfurt, fazendo relativo sucesso comercial nos anos 90, mesmo mantendo uma estética que se inclinava para o gangsta rap americano. Formado em 1991, em Hamburgo, o Beginner (anteriormente Absolute Beginner) tem como membros Jan Delay, também conhecido como Eizi Eiz/Eißfeldt, Denyo e DJ Mad. O grupo debutou em 1993 com o álbum Gotting, pelo selo Buback. No início dos anos 90 surge o Die coolen Säue, em Cologne. Usando samples de jazz e funk as letras do grupo pegravam contra a extrema-direita.
O Eins Zwo se formou em 1997 em Hamburgo, com o DJ Rabauke, nome artístico de Thomas Jensen, e MC Dendemann, nome de Daniel Ebel. Rabauke veio do grupo Projekt an der Grenze e foi DJ do grupo Fettes Brot. Já Dendemann foi membro do Vorgruppe Arme Ritter. Como caracteristica, o Eins Zwo usa uma quantidade incomum de samples de vozes de outros artistas. Fundado em 1996 o Ruhrpott AG (RAG) nasceu na cidade de Bochum. O grupo surge após a fusão de dois projetos, o Filo Joes e o Raid. Os MC's Pahel e Galla estavam no Filo Joes, e o MC Aphroe e o DJ Mr. Wiz integravam o Raid. Apesar de formado em Bochum, a dupla do Raid não é da cidade, Mr. Wiz é de Oberhausen e Aphroe de Herne. O Ruhrpott AG, em 1998, estreia com o disco Unter Tage, pelo selo Put Da Needle To Da Records, as letras do grupo expressam sentimentos sobre a vivência na região do Ruhr e apresentam instrumentais com bases densas e ao mesmo tempo melâncólicas.
Quando Core E. assina com a EMI, outras MC's são contratadas por uma grande gravadora, a BMG. O grupo Tic Tic Toe, formado em 1995 por Lee (Liane Wiegelmann), Ricky (Ricarda Wältken) e Jazzy (Marlene Tackenberg). Em 1996 o trio lança o álbum Tic Tac Toe, e em 1997 o disco Klappe die 2te. Nesse mesmo ano, Ricky deixa o grupo e é substituída por Sara Brahms. Em 2001 o grupo encerra suas atividades e retorna em 2005 com a formação original para lançar o álbum Comeback, em 2006, pela A One Entertainment.
Espanha
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Frank T, congolês pioneiro do Hip Hop espanhol |
Na Espanha o Hip Hop desembarcou em Madrid, nos anos 80, mais especificamentente na base de Torrejón de Ardoz onde militares estadunidenses se instalaram e trouxeram consigo a cultura. Também em Madrid foi criada a boate Stones, para os soldados americanos curtirem os bailes em seus momentos de folga, lá rolava música negra: funk, soul e rap. Os espanhóis começaram a frequentar a boate Stones por curiosidade e absorveram toda aquela cultura.
A música, assim como o modo de vestir dos americanos, tiveram grande impacto na juventude madrilenha que mais tarde experimentaria criar seus próprios raps. O rap no idioma espanhol surge primeiramente em Porto Rico e logo em seguida na Espanha. Em madrid surhem os primeiros rappers, como Frank T, o grupo VKR e a dupla MC Randy & DJ Jonco.
Entre 1989 e 1992 muitos se aventuraram a fazer rap em território espanhol, afinal, era a grande novidade. Artistas que não eram do meio do Hip Hop também se arriscavam, como a atriz e apresentadora de programas infatis Letícia Sabater que lançou em 1992 o "Leti Rap", ou cantor pop Jesús Gil.
Em 1989 a gravadora Ariela lança o primeiro álbum de Hip Hop da Espanha, a coletânea Rap In Madrid, que reunia diferentes grupos da capital. Entre eles estavam Sweet, Vial Rap, Código Mortal, SSB, Poder Oscuro, Sony e Mony, Mc Randy & DJ Jonco e Jungle Kings. O grande sucesso do disco foi a faixa “¡Ei, pijo!”, do Mc Randy & DJ Jonco, dupla formada por J. I. Pascual e Carlos A. Koschitzky, respectivamente, e produzida por por Rebeldes Sin Pausa. A música marcou toda uma época e se tornou o single de rap mais vendido da história do país. Também em 1989 outra coletânea é lançada, a Madrid Hip Hop.
Franklin Tshimini Nsombolay nasceu em Kinshasa, no Zaire - atual República Democrática do Congo - e imigrou para à Espanha com dois anos de idade. No final dos anos oitenta escreveu suas primeiras letras de rap tendo como única referência os grupos de Hip Hop dos Estados Unidos, e fazia uma mistura de espanhol e inglês. O MC adotou o nome de Frank T e montou o Top Productions, onde usou parte dessas letras na primeira demo de seu grupo. Mas foi outro projeto que destacou Frank T, o El Club de los Poetas Violentos, o qual também integravam Jota Mayúscula, Kamikaze, El Meswy, PacoKing e Supernafamacho, todos dos arredores de Madrid. Em 1994 eles gravam o disco Madrid Zona Bruta, álbum que teve grande influência para a consolidação do rap na Espanha.
Frank T deixou o El Club de los Poetas Violentos para focar em sua carreira solo. Em 1996 lança seu primero disco solo, o Konfusional, contendo releituras de algumas de suas canções apresentadas anteriormente. Em 1998 o MC lança o disco Los pájaros no pueden vivir en el agua porque no son pece, este trabalho consagra em definitivo Frank T como um dos grandes MC's da cena.
No início da década de 1980, Sr. Tcee, Poison e FJ Ramos criaram o grupo We Solos. No início dos anos noventa, Kultama juntamente com Zarman formaram o grupo Power Posse, que em 1992 mudaria seu nome para No Name. Os dois projetos se unem em 1993, dando origem ao grupo Verdaderos Kreyentes de la Religión del Hip Hop, mais conhecido por suas iniciais VKR. A boa relação com o grupo El Club de los Poetas Violentos permitiu que o VKR lançasse um álbum em 1996 pelo selo Zona Bruta, intitulado Más Ke Dificultad. Também pela Zona Bruta lançam o disco Mentes Revolucionárias, em 1997 e no ano seguinte o álbum Hasta la Viktoria, um dos seus trabalhos mais conhecidos.
O pioneirismo do Hip Hop na Espanha também passa pela banda de hardcore punk TDeK, siglas de Terrorismo, Destrucción y Kaos. O grupo foi fundado em Madrid, em 1984, também são pioneros do hardcore do país. Em 1987 o grupo passa por uma reformulação e sua formação passa a contar com J. Siemens, na guitarra, Paco Lanaquera, no baixo e voz, e Magüu, na bateria. Outra mudança é no nome da banda que agora passa a se chamar Masters TDK. Em 1989 lançam um disco de rap, o Las nuevas aventuras de los Masters TDK e são considerados como os primeiros a gravarem um álbum de Hip Hop na Espanha.
A cena pioneira também passa por DNI, Sindicato del Crimen que integraram a coletânea Madrid Hip Hop (pela Troya DSCS & RCRS) ao lado de.Estado Critico e QSC. Na fase underground, nomes como K1000, o zaragozano Kase O, os madrilenhos do Jazz Two, os murcianos do La Furia del Levante e os sevillanos do SFDK. Em Gerona se consolidou o grupo Geronación que seguiu uma linha de rap social.
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