O Submundo do Som bateu um papo com um dos novos talentos do rap do inteior paulista, MC Mvini, que fala sobre sua trajetória, inspirações e influências, da cena na região onde está inserido, dos rolês que fez pelo underground e revela alguns de seus sonhos. Confira:
Submundo
do Som - Primeiramente muito
obrigado pela preza de trocar essa ideia com o Submundo do Som. Gostaria que
começasse se apresentando, quem é o MC Mvini? Como você se define?
Mc
Mvini - Bom, primeiramente eu que
agradeço o convite de trocar uma ideia no Submundo do Som. Meu nome é Marcus
Vinícius, meu vulgo artístico é Mc Mvini, sou uma pessoa muito humilde e pai de
dois filhos.
Sou um cara autêntico e versátil,
pode-se dizer que sou movido a música. Gosto bastante de me aprofundar na
cultura do rap e entre outras também, sou uma pessoa bem alegre também e eu
acho demais isso.
Submundo
do Som - E como que o Hip Hop chegou na sua vida?
Mc
Mvini - O Hip Hop o rap e chegaram
em minha vida em torno de 1997-1998 devido eu ter minha irmã - cinco anos mais
velha que eu - que já tinha um gênero musical formado e que sempre foi o
predominante o rap. Comecei escutando a 105 FM e também os toca fitas, com isso
comecei a fazer parte e se sentir incluído na cultura Hip Hop por ter bastante
ideias histórias semelhantes com a minha.
Submundo
do Som - Mano, você se iniciou como b.boy certo? Como que foi a
conversão do breaking para o rap?
Mc
Mvini - A conversão do breaking
para o para o rap é uma história bem legal porque não foi algo que aconteceu de
um dia para o outro. Foi coisa de anos que se passaram. Eu comecei no breaking
em torno de 2006 – 2007, com isso sempre me envolvida nas rodas de break,
treinando nas escolas. Isso é algo que nasceu com a cultura Hip Hop e
antigamente a gente saia da nossa quebrada com o som nas costas, levava para a
praça para tirar racha de break. Eu treinei breaking por mais ou menos uns 6 ou
7 anos e com isso fui conhecendo a galera, fazendo novos amigos, veio também
uma outra paixão que foi o skate. Eu andava de skate, dançava breaking e nessa
época comecei a ser mais mente aberta para as coisas ao meu redor e como os
dois esportes são radicais, há dois anos eu tive uma lesão no joelho e não
consegui mais praticar esportes e como sempre foi amante do rap precisava fazer
algo para estar no movimento e então resolvi compor. Então estou aí na
caminhada, não faz muito tempo, coisa de dois anos e venha muito mais.
Submundo
do Som - E dentro do rap, quais são suas influências e o que te inspira
a fazer suas letras?
Mc
Mvini - Tem muita gente boa, vários
grupos bons. Gosto bastante de escutar DBS e A Quadrilha, SNJ, Racionais, gosto
também do Trilha Sonora do Gueto. Nesse aspecto de influência tento ampliar os conhecimentos
porque não é só o rap que me ajuda a compor. Artistas como Gabriel, o Pensador,
O Rappa e Charlie Brown Jr são cantores e compositores exemplares que gosto de
escutar. Então ouço um pouco de tudo para fazer minhas letras, gosto de usar
bastante palavras complexas e com o conteúdo inteligente e ao mesmo tempo atingir
o ponto forte do rap que é a realidade.
Submundo
do Som - Quais os eventos que você já encostou para fazer o som e como
foi a recepção nesses picos?
Mc
Mvini - Sou um artista novo na
cena, acho que fiz em torno de uns 5 shows o primeiro foi em um evento
beneficente na nossa quebrada, aqui no Picerno, do R7 Futebol Clube, foi um
evento para o Dia das Crianças e como lá na minha quebrada a recepção foi da
hora e nesse dia fizemos arrecadações de doce e a distribuição para as crianças
lá no evento. O segundo show que fiz foi em Americana, no Améri Afro é um
evento com exposições de artesanatos, teve poesia e várias atrações legais,
além de uma recepção muito da hora.
O terceiro show que fiz foi no
Expo Afro, esse evento foi em Nova Odessa com bastante conhecidos e quando a
gente canta em casa fica algo mais firme, inspira mais confiança, foi ótimo. Os
últimos dois shows que eu fiz foi no Odessao que também foram firmeza, também
fiz uma apresentação na Mutante Radio.
Submundo
do Som - Olhando para a cena do interior, principalmente na região 019,
como que você analisa? E quais artistas poderia citar pra galera acompanhar
também?
Mc
Mvini – Particularmente,
analisando a cultura aqui na nossa região, sinto que tá meio escasso o nosso
movimento. Precisávamos de mais apoio da Prefeitura e até mesmo das nossas
comunidades. Não digo que não há um movimento, pois tem, mas não na proporção
que deveria ter, porque o rap salva vidas, rap é algo para tirar as crianças da
rua, para motivar elas a ter uma outra visão da vida e a gente também tem muito
artista bom como Carlão dos Dread e o mano que Kfuri.
Submundo
do Som - Vini, pensando nessa caminhada na música, quais os sonhos que
você ainda deseja realizar?
Mc
Mvini – Primeiramente minha meta é
concluir alguns trabalhos meus, como tem um trampo que eu tô fazendo com os
parceiros da capital que é a cypher chamada “Eternos”, que será um trampo bem
interessante e logo vai estar aí para o pessoal curtir. Quero compor mais
músicas, alcançar um bom público e uma
coisa que eu queria fazer e ver a casa lotada quando fizer os shows. Também
queria alcançar a estabilidade financeira através da música, porque caso isso
aconteça poderia focar mais nos meus trabalhos e me dedicar mais. A vida de
artista independente que tem que trampar e tem uma porção de coisas para fazer
e nem sempre temos o tempo aberto para dedicar às letras, à música, à dedicação
ao rap. Esse é um sonho que eu queria alcançar, aliás um deles né (kkkk)
Submundo
do Som - Para finalizar, que mensagem você deixa para que nos acompanhou
e quais são seus canais de comunicação?
Mc
Mvini – Bom, a mensagem que eu
vou deixar aqui é que se você tem um sonho persista corra atrás porque nada é
impossível tudo só depende de você. Minhas redes de comunicações, por enquanto,
são:
Instagram: @mc.m.vini
Facebook: Mc m vini
YouTube: https://youtube.com/channel/UCUt0GBbr9Dwifjay1kTEs6Q
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