Submundo do Som
– Em primeiro lugar,
muito obrigado por trocar essa ideia com o Submundo do Som. Por favor, gostaria
que você se apresentasse, quem é o Chester?
Chester - Obrigado Submundo do Som por colocar a
lupa nestas costas do litoral central, obrigado Brasil! Chester é um amante do
rap, um crente na verdadeira filosofia do Hip Hop na unificação da arte para
uma transformação positiva o ambiente que a adota.
Submundo do Som
– Quais são suas
primeiras lembranças musicais e como a música entrou na sua vida? E como você
descobriu o Hip Hop?
Chester - Michael Jackson, não sei se ele foi a
primeira inspiração musical, eu era muito jovem e o estilo de música que ele
tocava era um ritmo diferente e viciante, tentei imitar até a dança hehehehe e
foi assim que me apaixonei com pela música. Cada vez que eu procurava mais e
mais ritmos, sempre músicas diferentes, até encontrar o rap e outros ritmos
semelhantes. Eu conheci trabalhando em uma rádio local do meu país, tive acesso
a uma grande pilha de CDs promocionais abandonados de vários grupos
internacionais que não colocaram no rádio pelo estilo musical que transmitiam
na época, escutei um CD promocional de MC Hammer, outro chamado Beatnus e
outros ritmos semelhantes como Arrested Developmen, Illya Kuryaki e o
Valderramas, um CD onde apareceram vários grupos brutais, entre outros e a
partir daí não parei de ouvir rap... até me deparar com grupos colombianos e
mexicanos, o disco Boricua Guerrero, Vico C, Maestro e mais, então eu disse
"isso é o que eu quero fazer"
Submundo do Som
– Quais são suas
influências musicais? E o que te inspira a escrever suas músicas?
Chester - Hoje em dia admiro a força de vozes
como as de Ja Rule, Xibitz e o saudoso DMX, a rude dupla MOP, o estilo de rap
fundido que Methodnan e Redman têm, as letras filosóficas do meu querido
Canserbero e as letras sábias do meu irmão Rotwaila são a minha maior
influência.....agora o que mais me inspira a escrever é a competição, o desejo
de demonstrar a capacidade de rimar e ao mesmo tempo deixar uma mensagem
eloquente e construtiva para quem nos ouve, por outro lado a destruição social
que vivemos, as injustiças e o desejo de desabafar minhas ideias e minha
posição diante das raras imposições ideológicas deste mundo, também me dão o
impulso de escrever.
Submundo do Som
– Fale um pouco sobre
o grupo Realengos, como surgiu, quem faz parte do grupo e o que significa o
nome?
Chester - O grupo é formado apenas por dois MC’s,
a união nasceu da admiração artística que temos um pelo outro, conhecíamos a
trajetória, produções, trabalho e habilidades líricas um do outro, mas não
tínhamos nos conhecido pessoalmente e um dia sem sequer nos conhecermos e decidimos
conversar e unir letras. Tudo aconteceu há quase 2 décadas em um evento de rap
na região onde moramos, ambos somos de La Guaira, estado do meu país Venezuela.
Seguimos separados, Rotwaila foi o convidado especial de uma noite, ele
pertencia a um grupo muito famoso do meu país chamado La corte, e quando ele
subiu ao palco e se aproximou de mim, me pediu para colaborar com suas músicas
e também cantar uma de sua autoria, o encontro terminou em uma brutal fusão que
se mantém firme até hoje no movimento Hip Hop da Venezuela. O nome dessa dupla
é Realengos e surgiu de uma bronca de minha mãe, que em uma tarde, atordoada
por horas de nosso canto em casa, quando começávamos a cantar novamente ela
gritava: “para com esse barulho, parecem cachorros de realengos”, a partir de
então “Realengos” se tornou nossa identidade. Para nós, Realengos é sinônimo de
rebeldia, quebra de padrão, cachorros sem dono, enfim, somos marginais com uma
causa construtiva.
![]() |
Realengos: Chester e Rotwaila em foto do lançamento do álbum MALPAS |
Submundo do Som
– O grupo Realengos
lançou dois álbuns impressionantes, Engendros (de 2008) e Malpas (de 2018),
além do EP Heroes del Hip Hop (de 2014). Quais são as diferenças e semelhanças
entre esses projetos?
Chester - O álbum Engendros, de 2008, e Malpas, de
2018, são produções oficiais da dupla, o álbum Hip Hop Heroes é uma colaboração
que fizemos para um produtor conhecido como Jymmy Flamante. O conteúdo de
nossas letras como dupla nunca mudou até agora, tentamos sempre demonstrar
nossa capacidade de rimar, fazemos linhas que fazem os ouvidos sangrarem (hehehehehehe).
Embora estejamos sempre mais inclinados a conscientizar as massas ou aqueles
que nos ouvem para amar a vida e os outros, evitar vícios, principalmente
drogas, valorizar a moralidade para a família etc., como também convidamos você
a lutar pelo que deseja, a hesitar, mas acima de tudo a se manter real.
Submundo do Som
– Ainda falando do
disco Engendros, o álbum teve muitas participações, como Canserbero e
Gabylonia, só para citar dois nomes que são grandes personalidades latinas.
Como foi trabalhar com todas essas pessoas?
Chester - Digo que se tivéssemos sido empresários
ou donos de uma gravadora teríamos assinado três grandes fenômenos da época que
eram pouco conhecidos, mas acreditávamos naqueles carrascos desde o início e
não falhamos. Eles são os melhores feats em um álbum de rap no meu país. Para
mim, pessoalmente, naquele momento senti que estávamos apoiando e dando um
impulso ao revezamento, aos colegas de música, não nos importávamos com contas
ou gravar com MC’s famosos, só queríamos fazer um bom disco e estávamos
procurando o melhor, quem, para nós, sentimos que eram reais e as voltas e
reviravoltas que a vida deu, hoje são o número 1. Estamos orgulhosos de ter
sido os primeiros a compartilhá-los.
![]() |
Capa do álbum Engendros, de 2008 |
Submundo do Som
– Em 2021, Realengos
lançou o single “Tu la Luz”. Como está o grupo hoje e quais são os planos para
o futuro?
Chester - Lançamos a música “Tu la luz” em abril
de 2018 como um alento para aqueles que se sentiram mal com as mudanças
repentinas em nosso país, mudanças políticas, sociais, psicológicas e
econômicas que deixaram consequências em nosso povo. Daí a mensagem da canção
para que cada um encontre dentro de si a força, a convicção, a esperança e a
motivação para não desistir, e três anos depois continuamos convencidos de que
existe uma luz ou fonte de poder que está sempre presente em cada um de nós
para nos renovar sempre que quisermos. Apesar de estarmos separados por
fronteiras, Rotwaila na Costa Rica e eu aqui na Venezuela, continuamos trabalhando juntos,
separados, porém com a mesma essência, criando fusões remotas e neste 2022 você
verá do que se trata. Os planos são continuar nos mostrando como realengos.
Vamos apresentar produções independentes, Rotwaila no dia 25 de fevereiro deste
ano e eu em maio, continuamos preparando um novo disco com o qual pretendemos
marcar um antes e depois de nós.
Submundo do Som
– Como você vê a cena
Hip Hop na Venezuela? A mídia como TV ou rádio presta atenção ao rap? Existem
sites e blogs venezuelanos que ajudam a contar a história e registrar a cena em
seu país? Se sim, poderia dizer quais são?
Chester - Hip Hop no meu país ainda é um
movimento underground, apesar de sermos o berço de MC’s de alto nível como
Canserbero, também temos Lil Supa, Apache, Rotwaila e Akapella entre outros,
apesar de continuarmos na obrigação para exportá-los, a TV e o rádio nacionais
não veem o rap como uma jogada, por isso não dedicam seu espaço para
promovê-lo, o YouTube é a única coisa que temos e agora o Spotify, mas eles são
apenas a vitrine onde cada meio expõe o seu trabalho, já que para captar o
público é preciso pagar pela promoção e é aí que você fala: “a galinha ou o ovo
primeiro”, ou seja, os MC’s do meu país precisam de dinheiro para poder gravar
e fazer seus audiovisuais, mas uma vez que tudo isso estiver concluído, você
também terá que pagar para que o trabalho publicado chegue, caso contrário, ele
morre lá porque há muitos filtros para lidar, no entanto, há um grande número
de youtubers venezuelanos que ainda dedicam seus perfis a promover talento com
fundamentos e classificações muito pragmáticas e pessoais, mas promoções que
sem dúvida nos ajudam a crescer as redes sociais.
Submundo do Som
– Chester, como você
vê o panorama atual e a nova geração do Hip Hop na Venezuela?
Chester - O Hip Hop no meu país está firme,
reiniciando comercialmente, a pandemia acabou com muitos movimentos que se
estabeleceram, atualmente tenho visto muitas apresentações, embora cada um mova
seu show por conta própria, aos poucos estão se juntando e formando guildas, os
novos talentos devem aprender a crescer por conta própria sem catapultas,
contando apenas com seu verdadeiro talento, a nova geração está crescendo de
maneira um tanto artificial, eles só pensam em dinheiro, isso não é ruim, mas
se eles apenas trabalharem apenas pelo dinheiro serão a puta de qualquer um e é
aí que a cultura ou parte da cultura está em perigo, “rap” é o Mc e o que ele
representa, parabenizo pessoas como La Eminência, Horus, Rotwaila, Tango, Zem P,
e muitos outros que mantêm a essência do rap e o porquê do rap, espero que
continuem assim e incentivem os mais novos a construir mensagens como essas que
fazem muita falta, pois muitos jovens “novos talentos” acreditam que a
seriedade de cantar é um mito, que sua mensagem não afeta ninguém e eles
acreditam que o mal não precisa mais de publicidade porque está lá há muito
tempo e que eles não significam nada se cantam ou não a favor dele, que outra
pessoa vai cantar e aí está o erro não é considerado lenha para o fogo, mas até
o vento alimenta o fogo.
![]() |
Desenho de Chester |
Submundo do Som
– Hip Hop é uma
cultura urbana, nascida na Jamaica e desenvolvida nos Estados Unidos. Cada país
latino-americano adaptou o movimento de acordo com sua cultura local, como você
vê a Venezuela adaptando o Hip Hop à sua cultura local?
Chester - Essa adaptação já aconteceu e foi há
mais de duas décadas, começou como você explica com o reggae, as pessoas no meu
país primeiro adotaram as plenas e o dembou, também roupas largas, o uso de
jaquetas quando a temperatura aqui é até 35°C hehehe etc. Aqui no meu país como
em todos, foi adotado pela sociedade de classe média baixa, onde há
deficiências e muitas das letras mostravam esse inconformismo e esse protesto,
para mim começou muito bem, os melhores momentos para mim foram no ano de 1997,
já houve apresentações muito boas e movimentos muito bons em todas as cidades
do meu país, agora há uma transformação cultural na Venezuela, espero que o bom
continue.
Submundo do Som
– Hoje o mundo inteiro
está passando por uma grande crise política, mas principalmente a nossa América
Latina vem sofrendo muito. Qual o papel do rap e do Hip Hop nesse contexto de
caos político?
Chester - Manter uma presença juvenil rebelde,
com ideais, uma juventude que mostre seus próprios critérios do que é uma vida justa,
livre, produtiva, que apoie não só os músicos, que sirva com sua presença e
projeção às lutas sociais em geral. Que tanto um atleta e um médico veem em nós
uma arma de construção em massa, que sabem que apoiamos a saúde, a educação, a
evolução, a família, a saúde mental das crianças. Fazem-nos compreender que o
Hip Hop é mais uma contribuição para o bem, é assim que eu vejo o papel que o
Hip Hop deve ter no mundo.
Submundo do Som
– Você vê alguma
diferença entre o Hip Hop venezuelano e o resto da América Latina?
Chester - Não, não vejo diferenças, as lutas são
o denominador comum no Hip Hop, e sei que estão presentes em todas as batalhas
do mundo, cada país tem seu inconformismo, seus transgressores e sua oposição e
no Hip Hop, o verdadeiro rap, em qualquer lugar do mundo está sempre do lado
certo.
Submundo do Som
– Você conhece o rap
ou música brasileira?
Chester - Com muita tristeza confesso que não conheço
o rap brasileiro, quanto a sua música em si, sei que o samba e a bossa nova são
uma marca mundial impossível de não reconhecer, falar desses ritmos é falar do
Brasil.
Submundo do Som
– Indique artistas
venezuelanos, de rap ou outros estilos, para que os brasileiros também os
conheçam
Chester - Tamgo, Zem P, Eminence, Soiresnaes,
Horus, C4
Submundo do Som
– Que sonhos você ainda deseja
realizar na sua caminhada pela música?
Chester - Já realizei meus sonhos, deixei letra
para a história, pra mim isso é como escrever um livro, tenho dois discos com o
MC que mais admiro, Rotwaila, ainda tem gente que me considera uma influência,
meus filhos entendem que rap não é aquele que eles veem na TV, que não
necessariamente está ligado a drogas, violência e morte, que você pode ser o
melhor MC sendo um bom pai, um bom filho, um bom marido, um bom amigo, hoje
estou indo para o meu primeiro álbum solo chamado “Para Amanhã É Tarde” o qual
terá um conteúdo espesso com o que acabei de dizer e espero continuar, não com
sonhos, mas com novas metas.
Submundo do Som
– Por fim, que
mensagem você deixa para quem nos acompanhou? E quais são suas mídias e redes
sociais?
Chester - Agradeço por ter nos dado alguns minutos do seu tempo para saber o que estou e estou fazendo aqui com Realengos. Quando ouvirem nossas músicas no YouTube, coloquem o recurso de tradução que tem lá para que saibam que o que eu respondi nesta entrevista faz parte do álbum. Continuem a apoiar seus artistas, não se deixem influenciar pela publicidade e marketing e vamos dar valor ao verdadeiro talento........obrigado.
Ouça no final dessa página os álbuns do grupo Realengos!
El Submundo do Som fue a Venezuela para hablar con uno de los exponentes
del rap en el país: Chester, MC del
grupo Realengos, junto al rapero Rotwaila, uno de los más icónicos del Hip Hop
venezolano. Chester habló sobre su trayectoria, del grupo Realengos, trabajos
que están por venir y presenta un poco de la escena Hip Hop en Venezuela. Vea:
Submundo do Som – En primer lugar,
muchas gracias por conversar con Submundo do Som. Por favor, me gustaría que
empiezas presentándote, ¿quién es Chester?
Chester - Gracias a ustedes Submundo do Som
por poner la lupa por estas costas del litoral centra, gracias Brasil, Chester
es un amante del rap, un creyente de la verdadera filosofía del Hip Hop en la
unificación del arte para una transformación positiva del entorno q la adopta.
Submundo do Som – ¿Cuáles son tus
primeros recuerdos musicales, cómo llegó la música a tu vida? ¿Y cómo conociste
el Hip Hop?
Chester - Michael Jackson no se si fue la
primera inspiración musical, yo estaba muy chamo y el estilo de música que el
hacia era un ritmo diferente y adictivo, trate de imitar hasta el baile
jejejeje y así fue que me enamoré de la musica cada vez buscaba mas y mas ritmos, siempre música diferente hasta
que di con el rap y otros ritmos parecidos,
lo conocí trabajando en una radio local de mi país, tuve acceso a una
gran pila de CDs promocionales abandonados de varios grupos internacionales que
no colocaban en la radio por el estilo musical que en ese entonces transmitían,
escuche un CD promo de Mc Hammer, otro llamado the beatnus y otros ritmos
parecidos como Arrested Developmen, Illya Kuryaki and the Valderramas un CD de
la converse donde aparecían varios grupos brutales entre otros y de ahí en
adelante no pare de escuchar rap... hasta que di con agrupaciones colombianas,
mejicanas, el disco de Boricua Guerrero,
Vico C, Maestro y mas entonces dije “esto
es lo que quiero hacer”
Submundo do Som – ¿Cuáles son tus influencias
musicales? ¿Y qué te inspira a escribir sus canciones?
Chester - Hoy en día admiro la fuerza de
voces como las de Ja Rule, Xibitz y el difunto DMX, la rudeza de la dupla MOP
el estilo fusionado de rapeo que tienen Methodnan y Redman, la lírica filosófica
de mi querido Canserbero y las letras
sabias de mi hermano Rotwaila son mi mayor influencia.....ahora lo que
me inspira a escribir mayormente es la competencia, las ganas de demostrar la
habilidad para rimar y a su vez dejar un mensaje elocuente y constructivo para
quienes nos escuchan, por otra parte la destrucción social que vivimos, las
injusticias y las ganas de desahogar mis ideas y mi posicion ante las raras
imposiciones ideologicas de este mundo, también me dan impulso para escribir.
Submundo do Som – Cuéntanos un poco
sobre el grupo Realengos, ¿cómo surgió, quién forma parte del colectivo y qué
significa el nombre?
Chester - El grupo solo
consta de 2 MCs, la unión nació de la admiración artistica que tenemos el uno
por el otro, conocíamos la trayectoria
las producciones, trabajosy habilidades líricales del otro pero no
habíamos tratado personalmente y un día sin siquiera conocernos decidimos
hablar y unir letras, todo se dio hace
casi 2 decadas en un evento de rap de la región donde vivimos, ambos somos de
la Guaira un estado de mi país Venezuela fuimos por separados, rotwaila era el
invitado especial de la noche ya que el pertenecía a una agrupación muy famosa
de mi país llamada La Corte, y este al subir a tarima se me acercó y me pidió q
le colaborara con sus temas y que ademas cantara una propia lo que concluyó en
una fusión muy brutal que hasta la presente fecha se ha quedado firme en la
movida Hip Hop de mi país, el nombre de esta dupla es Realengos y surgió de un
regaño de mi madre, quien una tarde, aturdida por horas de nuestra cantadera en
la casa mientras todo daba inicio y fusionabamos las letras nos grito: “dejen
la bulla parecen unos perros realengos” de ahí en adelante “Realengos” se
volvió nuestra identidad, para nosotros Realengos es sinónimo de rebeldía, la
ruptura del patrón, perros sin amo, en fin unos malparios de calle con una
causa constructiva.
Submundo do Som – El grupo Realengos
editó dos impactantes álbumes, Engendros (de 2008) y Malpas (de 2018), además del
EP Heroes del Hip Hop (de 2014). ¿Cuáles son las diferencias y similitudes
entre estos proyectos?
Chester - El álbum Engendros, 2008, y Malpas,
2018, son producciones oficiales de la dupla, el de héroes del Hip Hop es una
colaboración que hicimos para un productor conocido como Jymmy Flamante, el
contenido de nuestras letras como dupla nunca ha cambiado hasta ahora, tratamos
de demostrar siempre nuestra habilidad para rimar, hacemos barras que ponen a
sangrar oídos jejejejejeje aunque siempre nos inclinamos más a concientizar las
masas o a quienes nos escuchen a amar la a vida y al prójimo, a evitar vicios
principalmente las drogas, a valorar la
moral a la familia etc, como también los invitamos a luchar por lo que quieren,
a vacilar, pero sobre todo a mantenerse
reales.
Submundo do Som – Aún hablando del
disco Engendros, el disco tuvo muchas participaciones, como Canserbero y
Gabylonia, solo por nombrar dos nombres que son grandes personalidades latinas.
¿Cómo fue trabajar con toda esta gente?
Chester - Digo que si hubiésemos sido
mánagers o dueños de una disquera habríamos firmado a 3 grandes fenómenos de la época q apenas se
daban a conocer porque creímos en esos verdugos desde el inicio y no fallamos,
son los mejores feat en un disco de rap en mi pais, para mí en lo personal en
ese momento sentí que estabamos apoyando y dando empuje al relevo, a colegas de
la musica, no nos importaban las cuentas ni grabar con MCs famosos, solo queríamos hacer un buen disco y
buscamos a los mejores, a quienes sintiéramos reales y las vueltas que da la
vida hoy en día son ellos los número 1, tenemos el orgullo de haber sido los
primeros en compartirlos
Submundo do Som – En 2021, Realengos
lanzó el single “Tu la Luz”. ¿Cómo está el grupo hoy y cuáles son los planes para
el futuro?
Chester - El tema “Tu la luz” lo estrenamos
en abril del 2018 como una bocanada de aliento para quienes se sentían mal por
los cambios bruscos en nuestro país, cambio político, social, psicológico y
económico que dejaron secuelas en nuestra gente, de ahí el msj del tema para
que cada quien encuentre en su interno ser la fuerza, la convicción, esperanza
y motivación para no dejarse vencer, y 3 años más tarde seguimos convencidos de
que hay una luz o fuente de poder que siempre está ahí con cada uno de nosotros
para renovarnos cada que queramos. A pesar que estamos separados por fronteras, Rotwaila en Costa Rica y yo aquí en Venezuela seguimos trabajando por separado, pero
con la misma esencia, creando fusiones a distancia y en este 2022 verán de que
trata. Los planes son seguir mostrándonos como realengos, a pesar de que vamos
a presentar producciones independientes Rotwaila el próximo 25 de febrero de
este año y yo para mayo aproximadamente, seguimos preparando una nueva placa
discografica con la que pretendemos marcar un antes y un después de nosotros
mismos.
Submundo do Som – ¿Cómo ves la
escena Hip Hop en Venezuela? ¿Los medios como la televisión o la radio prestan
atención al rap? ¿Existen sitios web y blogs venozolanos que ayuden a contar la
historia y registrar la escena en su país? Si es así, ¿podría decir cuáles son?
Chester - El Hip Hop en mi pais sigue siendo
una movida underground, a pesar de que somos la cuna de MCs de nivel como
Canserbero, también tenemos a Lil Supa, Apache, Rotwaila y akapella entre
otros, muy a pesar de eso seguimos en la obligación de exportarlos, TV y radio
nacionales no ven en el rap una movida sería así que no dedican sus espacios en
promoverlas, youtube es lo único que tenemos y ahora se suma Spotify
nuevamente, pero solo son la vitrina donde cada uno medio expone el trabajo que
he ace para captar publico, porq hay q pagar promoción y es ahí donde dices
primero el huevo o la gallina, es decir los MCs de mi país necesitan dinero
para poder grabar y hacer sus audiovisuales, pero una vez culminan todo eso
también hay q pagar para q el trabajo publicado llegue si no ahí muere porq hay
muchos filtros con que lidiar, sin embargo hay un gran número de youtubers
venezolanos que aún dedican sus perfiles para hacer promoción del talento
actual con basamentos y valoraciones muy personales, pero promociones que sin
duda alguna nos ayudan a crecer el redes sociales
Submundo do Som – ¿Chester, Cómo ves
el panorama actual y la nueva generación del Hip Hop en Venezuela?
Chester - El Hip Hop en mi pais está firme,
comercialmente reiniciando, la pandemia apagó muchas movidas que estaban
establecidas, actualmente he visto
muchas presentaciones, aunque cada quien mueve su propio show por su
lado, poco a poco se van juntando y haciendo gremios, los nuevos talentos deben
ir aprendiendo como crecer solos sin catapultas, solo contando con su verdadero
talento, la nueva generación está creciendo en una movida un poco artificial,
solo piensan en dinero, eso no está mal, pero si solo trabajan por el dinero
serán la ramera de cuelquiera y es ahí donde peligra la cultura o una parte de
la cultura, “la del rap” el Mc y lo que este representa, felicito a gente como La
Eminencia, Horus, Rotwaila, Tango, Zem P, y muchos más que mantienen la esencia
del rap, el por qué y para que del rapeo, espero sigan así y estimulen a los
más nuevos a construir mensajes como estos q tanta falta hacen, porq muchos
chamitos “nuvos talentos” creen q es un mito la gravedad de cantar basura, q su
mensaje no afecta a nadie y creen que la maldad ya no necesita publicidad porq
ya está ahí desde hace mucho y que ellos no significan nada si cantan o no a
favor de ella, que igual otro va a cantar basura y ahí está el error no se
consideran leña pal fuego, pero hasta el viento alimenta el fuego.
Submundo do Som – El Hip Hop es una
cultura urbana, nacida en Jamaica y desarrollada en Estados Unidos. Cada país
de América Latina adaptó el movimiento de acuerdo a su cultura local, ¿cómo ve
a Venezuela adaptando el Hip Hop a su cultura local?
Chester - Esta adaptacion ya ocurrió y fue
hace más de 2 décadas, inicio tal cual como explicas con reggae, la gente en mi
pais adoptó primero las plenas y el dembou, asimismo pla vestimenta ancha, el
uso de chaquetas cuando aquí la temperatura es de hasta 35° C jejeje etc. Aquí
en mi pais como en todos, lo adoptó la sociedad de clase media-baja, donde
existen carencias y muchas de las letras mostraban esa inconformidad y esa
protesta, para mí empezó muy bien, los mejores momentos para mí fue en el año de
1997, ya habían muy buenas representaciones y muy buenas movidas en todas las
ciudades de mi país, ahora es que queda transformación cultural en mi pais
espero se mantenga el bueno
Submundo do Som – Hoy el mundo
entero atraviesa una gran crisis política, pero especialmente nuestra América
Latina ha estado sufriendo mucho. ¿Cuál es el papel del rap y el Hip Hop en
este contexto de caos político?
Chester - Mantener una presencia juvenil
contestataria, con ideales, una juventud q muestre criterio propio de lo que es
una vida justa, libre, productiva, que apoye no solo a músicos, que sirva con
su presencia y proyección a las luchas sociales en general, q tanto un
deportista como un doctor vean en nosotros un arma de construcción masiva, que
sepan que apoyamos la salud, la educación, la evolución, la familia, la salud
mental de los niños, hacerles entender que el Hip Hop es un aporte más para el
bien, así es como veo el papel que debe representar el Hip Hop en el mundo.
Submundo do Som – ¿Ves alguna
diferencia entre el Hip Hop venozolano y de lo restante de Latinoamérica?
Chester - No, no veo diferencias, las luchas
son el común denominador en el Hip Hop, y se q están presente en cada batalla a
nivel mundial, cada país tiene su inconformidad, sus transgresores y su
oposición y en el Hip Hop el rap real, en cualquier parte del mundo siempre
está del lado correcto
Submundo do Som
– ¿Sabes algo de rap o
música brasileña?
Chester - Con mucha pena te confieso que de
rap no, en cuanto a su música la samba y
bossa nova son una marca mundial imposible de no reconocerla, hablar de
esos ritmos es hablar de Brasil.
Submundo do Som – Indique artistas
venozolanos, rap u otros estilos, para que los brasileños también los conozcan
Chester - Tamgo, Zem P, Eminencia, Soiresnaes,
Horus, C4
Submundo do Som – ¿Qué sueños aún
quieres cumplir en la música?
Chester - Mis sueños ya los cumplí, deje
letras para la historia, para mí eso es como escribir un libro, tengo 2 discos con el Mc que más admiro “Rotwaila”,
aún hay gente que me considera influencia, mis hijos entienden q el rap no es
el q ven el la TV, que no está ligada obligatoriamente a drogas, violencia y
muerte que puedes ser el mejor Mc siendo un buen padre, buen hijo, buen esposo,
buen amigo,.....hoy en día voy por mi primer disco en solitario llamado “Para
mañana es tarde” lo cual esppz de ñ un contenido espeso d lo que acabo de
narrarte y espero seguir, no con sueños, pero si con nuevas metas
Submundo do Som – Por último, ¿qué
mensaje dejas para los que nos acompañaron? ¿Y cuáles son los medios de
comunicación? las redes sociales?
Chester - Les doy las gracias por habernos
obsequiado unos minutos de su tiempo para enterarse de lo que estoy y estamos
haciendo por acá con REALENGOS, que coloquen traductor a los temas que tenemos
en Youtube para que se enteren que lo que respondí en está entrevista es parte
del disco, sigan apoyando a sus artistas, no se dejen influenciar por la
publicidad y marketing y demosle valor al verdadero talento... obrigado.
Postar um comentário
0Comentários