Banner do seu site

ENTREVISTA | Viejo Alka - Pioneiro do Hip Hop no Equador

Jeff Ferreira
By -
38 minute read
0



O Submundo do Som bateu um papo com um dos pioneiros do Hip Hop latino-americano, um dos precursores do rap no Equador, Alexis Fabricio, também conhecido como El Viejo Alka. O MC nos conta sua história de amor com a música e a cultura Hip Hop, seu esforço para unir seu país e a celebração que mantém com demais pioneiros do continente. Viejo Alka também fala sobre os grupos que passou e seu atual projeto o RANSA e sua pesquisa na página Long Play And Cassettes - Raíces del Rap en Español y del Mundo. Confira:


Submundo do Som - Quem é o Viejo Alka?


Viejo Alko - Bom, sou uma pessoa que, além de ser um grande amante da música, sou muito dedicado ao que represento, sou Hip Hop a todo instante, quase todo o meu tempo é baseado na música. Mesmo quando estou em outras atividades, passo meu tempo pesquisando sobre música em todas as áreas. Principalmente suas raízes.


Submundo do Som - Quais são suas primeiras memórias musicais? Como a música entrou na sua vida? E como você descobriu o Hip Hop?


Viejo Alko - Bom, minhas memórias musicais remontam à minha infância, meus pais tinham uma loja de discos localizada no bairro de La Tola, havia outras lojas de discos, mas a do meu pai era considerada a mais underground nos anos 70, 80 e 90 por causa de sua localização. Como eu vinha de uma família de pessoas que gostavam, criavam e faziam música, aos poucos fui me adaptando a esse meio por influências que vinham de todos os lados. Ver meu pai regravar LPS em fitas k7 me fez curioso e passei a conhecer todos os equipamentos da época, costumavam ir a eventos de artistas de cubanos, salsas e boleros. Desde cedo tive uma das experiências mais raras e ousadas, estar junto no palco com uma das maiores lendas, com apenas 5 ou 6 anos de idade subi ao palco com o cantor porto-riquenho Daniel Santos, evento que aconteceu no ano de 1988/89 no centro de Quito, no Coliseu Julio César Hidalgo. Nessa ocasião, fui ao palco para levar alguns discos para que o artista autografasse e vi o público me aplaudir ao me ver ali, aquilo marcou minha vida, pois ver as luzes, ouvir os elogios e sentir a euforia daquele público daquela época me marcou, a lembrança daquele sentimento e daquela experiência ficou em mim. Então foi assim que a música entrou na minha vida, estar o tempo todo assistindo a venda de discos na loja, ouvindo música constantemente e vendo meus pais conversando com os clientes sobre artistas, biografias, músicas e estilos musicais são fatos que ficaram comigo desde muito cedo. No ano de 1991 , quando eu tinha apenas 6 anos, quase 7 anos, saímos do bairro onde nasci, La Tola, e nos mudamos para outro bairro chamado Carapungo, lá, sem a loja, experimentei outra qualidade de vida, conheci outro bairro e os primeiros moradores. Não havia muita população, então entre ir e voltar da escola, com os equipamentos guardados pelos meus pais e música da mesma forma , comecei a tirar coisas deles para ouvir. Meu irmão gostava de rock e queria ver o que eu gostava, tinha uma infinidade de caixas cheias de cassetes, caixas com discos, então entre procurar uma fita ou um LP com meus irmãos, encontramos outras músicas que gostávamos, havia covers de funk, jazz, soul, rock, baladas em espanhol. Era uma mistura de ritmos e eu gostava de tudo. Michael Jackson, naquela época, quando fazia parte do Jackson Five, me chamou a atenção por causa da dança, mas foi realmente quando eu vi alguns filmes como BeatStreet e Breakin, em VHS, que eu descobri o que eu queria tanto fazer. Eu comecei a dançar com 9 anos, passei por esse elemento, aí peguei uns toca-discos, brinquei experimentando ritmos e mixagens e passei pelo graffiti. Mas nada desses elementos me encheu tanto quanto o gosto de ouvir música e a procurar K7 e LPs com os ritmos que começaram a chamar minha atenção. Então anos depois, ainda na adolescência, começaram a chegar fitas de outros países com temas de rap em espanhol, outros em inglês, e foi assim que na busca pela música e sem conhecer o conteúdo, pegamos e começamos a distribuir cópia por cópia em troca de roupas, tênis, bolsas e gorros. Recebi cassetes de artistas de Porto Rico, Brewley, Piro JM, um dos primeiros que tive, Lisa M, Figgy ID, Vico C, e outros que começaram a sair, foi assim que a música chegou e muitas vezes por causa de pessoas que vieram dos EUA e trocava por outras ou por presentes a pedido. Quando menos se esperava isso começa a tomar forma, de repente não era só no meu bairro, mas pessoas vinham de outros bairros até minha casa para pedir música sob o escambo, e assim começava a primeira fase da revolução Hip Hop, que nasceu assim e como me lembro e principalmente como vivi.

No bairro La Tola na capital Quito, com o portoriquenho Daniel Santos.

Submundo do Som - Como você descobriu o Hip Hop?


Viejo Alko - Depois de ter passado esta primeira fase, comecei a sair para o bairro para difundir e continuar a busca por mais música. Saia todos os dias, isso tornou-se um hábito eu era viciado nesse modo de vida, maníaco. Em uma manhã , entre ouvir, viver, estudar e compartilhar essas experiências como meus primeiros amigos do bairro,  onde fui morar muito cedo, começamos a ver uma onda de gangues que começava a surgir, víamos a maldade e a violência da época. Isso despertou nossa adolescência é difícil viver e sair ileso daqueles tempos, muitos passaram por fases de drogas e álcool, muitos amigos emigraram do Equador e outros sem saber por que, morreram vítimas das ruas, por isso vendo o realidade da vida decido me juntar em várias gangues daquela época. Nesse período, passei por tudo que ninguém gostaria de viver, fugindo da lei, tendo inimizade em vários bairros e até colocando minha vida em risco. Anos mais tarde, quando eu tinha uns 15 ou 16 anos, tentava sair das gangues, decidi começar a escrever sobre minhas experiências de vida e assim surgiu a ideia de criar um grupo para sonhar com palco e microfone. Estava no Equador, na metade dos estudos e era um adolescente com problemas, com esse sonho difícil. Conto esse sonho para um amigo próximo da minha casa, e decidimos criar esse projeto juntos, antes eu já tinha experimentado o improviso pela primeira vez em festas underground em vários bairros de Quito, com um grupo que fez parte da história chamado Wu Tang Clan e com um amigo, com quem tive minhas primeiras experiências na música, chamado David Imba, ou como o chamavam: Pipón. Com um outro amigo, decidimos criar o primeiro projeto chamado 18:49. Juntamente com outros amigos de sua escola, fundamos esse grupo, mas não conseguimos se consolidar pelo fato de ser difícil encontrar um instrumental pronto ou quem criasse a base. Naquela época, costumávamos fazer rap ou improvisar nossas primeiras letras nos breakbeats gratuitos de artistas de rap estadunidense que vinham nas fitas e que não tinham gravação de voz. Então, mais tarde nasceu outro grupo junto com outro amigo, chamado La Pureza, nesta fase conseguimos criar mais músicas e ganhar mais experiência no sonho que tínhamos. Então com quase 18 anos decido criar outro grupo, o ASFALTO, já com beats e letras que tinham grande conteúdo e repercussão, o público que já conhecia esse movimento e assim começamos a fazer rap em todas as casas noturnas de Quito, principalmente na antros de prostituição antes que o Equador passe por uma fase de dolarização, é aí que culmina uma dura etapa de aprendizado e ensino por tudo o que já havia vivenciado, passado por todas as coisas mencionadas. No ano de 2000, nasceu o novo projeto, que era mais sério e no qual perdurou 22 anos antes de deixar essa outra etapa por lá. Desde 2000 a 2022.

Viejo Alka com o grupo ASFALTO em 1998/99


Submundo do Som - Quais são suas influências musicais? E o que te inspira a criar suas letras?


Viejo Alko - Minhas influências musicais são essas citadas que vieram desde cedo. Acredito que, por estar constantemente no meio de um círculo familiar musical, meu gosto por querer saber sobre música, desde a infância, minhas influências vão desde aquele impacto que tive no show com Daniel Santos e que me fez saber que havia uma ilha chamada Porto Rico que tinha tudo o que eu sempre gostei de Hip Hop e boa música. O que me inspira e me inspirou a criar minhas letras para todas as minhas músicas sempre foi ver as dificuldades da vida, as coisas que passei, ver as injustiças e decepções da vida, são tantas coisas que me inspiraram. Escrevendo penso em todos os tipos de sentimentos que já passei, sentimentos de amor e ódio, mas tem as ideias constantemente adormecidas na minha cabeça ronronando no papel. ​​(risos)


Submundo do Som - Como você viu a chegada do Hip Hop no Equador? Como foram os primeiros anos dessa cultura em seu país?


Viejo Alko - O processo de início no Equador, como já mencionei nas perguntas anteriores, acho que para todos os artistas que estiveram antes de mim, durante e depois de mim, o panorama não mudou. O Equador é um país com outros tipos de ritmos que, sendo indígena, não saia Hip Hop, isso não vinha à tona. Então tinha que ser no meio underground. Hoje, em tempos de tecnologia, novos artistas não podem ser comparados com o que eu vivi, você não pode me comparar com um grupo de agora que tem tudo para escrever e gravar, e mente sobre vivencias da rua, com toda a tecnologia na mão, as melhores câmeras filmando a si mesmo e dizendo eu sou Hip Hop, quando o verdadeiro Hip Hop é quem, apesar dos anos e mesmo sem ver resultados depois de tantos anos de dedicação, se lembra com saudade de como tudo foi concebido, tentando gravar em casa, extraindo samples de fitas antigas de artistas de rap dos EUA, batendo nas portas de DJs que não eram do movimento, mas muitas vezes DJs de house, techno e rock, como era nos primórdios, todos os grupos que estavam no início passaram por essas fases, ver cada dificuldade nos fazia ir de um lugar para outro tentando gravar. Enquanto fazíamos isso de festa em festa pelo underground, o hábito de ir atrás de novas músicas não ficou para trás, mostrando talento e acima de tudo deixando os primeiros rastros do que foi conquistado no início.


Submundo do Som - Em novembro de 1999 vocês formaram o grupo RANSA Company, no bairro de Carapungo, em Quito, certo? Como foi esse período e quem fazia parte do grupo e por favor explique o significado do nome.


Viejo Alko - A essa altura já tínhamos deixado para trás os grupos de que falei no início, ficando somente o aprendizado que tive com 18:49, La Pureza, Asfalto até começar este novo e mais sério projeto no ano de 2000. Toda aquela experiência desde a infância e a adolescência tornou esse projeto mais difícil e duradouro, somos o grupo que teve a carreira de gravação mais longa no Equador, de 2000 a 2014, passamos por um grande aprendizado nessa fase de criação e produção musical, em 14 anos de agrupamento já tínhamos 10 álbuns, embora nesse tempo nunca tenhamos feito um único videoclipe a não ser por outros colegas que vieram a ser do grupo mais tarde. O Ransa tem vários vídeos caseiros que foram feitos com os primeiros programas de edição.

Ransa significa: SOCIEDADE LIMITADA DE REVOLUÇÃO ARTÍSTICA NACIONAL.

Os Mcs que fizeram parte deste projeto foram o produtor Has, El Viejo Alka, Lebu, Nico e Iguana Mc e mais tarde, a partir de 2007, outro membro chamado Hopper se juntaria. Embora dentro do Ransa, no ramo da nossa produção, tenham surgido muitos grupos, mas que por motivos de vida deixaram a vida musical, outros continuaram, mas sabem que pertenciam ao Ransa e à criação deste duro projeto.

RANSA Company em seu inicio em 2000

Submundo do Som - O que você diria que foi a coisa mais incrível em todos esses anos no Hip Hop, em toda a sua carreira, músicas lançadas, shows realizados, o que você destacaria?


Viejo Alko - Acho que tudo o que vivi desde que comecei no Hip Hop foi importante para mim, não deixo nada do passado que não tenha me servido hoje nesses tempos. Quando tinha quase 40 anos, a coisa mais bonita no Hip Hop é que não há idade para ser Hip Hop, mas ser é ser, viver e vivenciar, isso não é o mesmo que vestir-se, acho que a coisa mais incrível que me aconteceu foi sair como MC do Ransa e a minha longa e contínua carreira, é que escolhi tratar-me com a mesma paixão, nunca deixei a mania colecionar música, adoro jazz, blues, soul, country, música gospel, estou o tempo todo na música. E para não fugir da pergunta, o mais incrível foi adquirir conhecimento, elemento de sabedoria do Hip Hop. Criei uma página para resgatar as memórias da minha infância eu chamava de Long Play And Cassettes - Raízes do Rap em Espanhol e no Mundo, tirei um tempo do palco para reviver os primórdios do rap em espanhol de todo o mundo, foi assim que comecei a espalhar esse sentimento do Hip Hop para o mundo inteiro. Assim como fiz anos atrás antes da tecnologia e o incrível é que muitas vezes consegui com minha própria música conquista conhecimento musical. Nessa publicar meu conhecimento de artistas na minha página, comecei a descobrir artistas, coloquei uma biografia o mesmo artista me respondeu. E hoje vivo essa fase como ativista, um dos mais importantes no Equador. Consegui reunir todos os pioneiros do Rap em espanhol e de outros países, e especialmente aqueles que têm a ver com rap em espanhol e em breve muitos projetos internacionais vão sair, muitas produções das lendas estão por vir. Terá muitas coisas para os verdadeiros amantes de uma cultura que sempre respeitei com todo meu coração e que é o Hip Hop.


Submundo do Som - Como você vê a cena Hip Hop no Equador? A mídia como TV ou rádio presta atenção ao rap? Existem sites e blogs equatorianos que ajudam a contar a história e registrar a cena do seu país? Se sim, poderia dizer quais são?


Viejo Alko - A cena do Hip Hop desde quando a vivi em seu pleno nascimento e vê-la agora, em parte é muito agradável, porque vendo que começou com três, depois cinco e depois cerca de sete grupos toda essa revolução. Não posso desmerecer todos os que também estiveram lá desde, o início. Acho que todos de alguma forma contribuíram com isso, para que o Hip Hop no Equador seja algo que está prestes a acontecer. Inicialmente de Cheche, Au-D, La Colección, RTV, Son Latino, entre outros e passa por uma série de estágios na música, tem sido muito difícil honestamente para todos, acho que se a maioria deles deixar de lado essa merda de ego de "eu sou o primeiro ou eu estava lá antes" o Hip Hop do Equador tinha outro conceito. Jeff, não censure minhas palavras, é meu sentimento se você mudar esse sentimento você não está me deixando ser Hip Hop, isso é ser Hip Hop mesmo sem estar no palco e sem o microfone, infelizmente meu país passa por essa fase de merda e ninguém quer ver ninguém ter sucesso e todo mundo está se atacando sendo gangsta como em um videogame (risos) ​​todos são ruins, mas se vivessem a música ou pelo menos tentassem retomar suas carreiras com o mesmo sonho de quando começaram as coisas mudariam. Mas o que eu vejo da cena antiga é um rebanho de pessoas frustradas que não fazem mais nada, algo que quando falo com meus colegas pioneiros de outros países, apesar de algumas diferenças, eles estão ou tentam se unir no sentido de fazer o Equador crescer como um país de Hip Hop, mas as coisas são assim e quem me lê não me deixa mentir.

Sobre blogs, isso é desnecessário pois com a tecnologia em mãos nem todos procuram se informar, nem mesmo com o Sr. Google são capazes de buscar informação. Eles têm YouTube e não optam por aprender Hip Hop, já que o aprender e o ensinar andam de mãos dadas. Uma das páginas que você pode pesquisar é a minha, que está no Facebook, é a mais completa com biografias artísticas e por sua vez feita com artistas do Hip Hop, você pode pesquisar no Facebook como Long Play And Cassettes Raíces del Rap en Español y del Mundo.

Com a mídia de TV e rádio, há momentos em que raramente trazem talentos do Hip Hop daqui ou de qualquer país. Pelo menos os jovens daqui são contaminados por essa invenção chamada Reggaeton. Haha (risos).

 

Viejo Alka em alguma apresentação do RANSA.

Submundo do Som - Hoje o mundo inteiro está passando por uma grande crise política, principalmente a nossa América Latina que vem sofrendo muito. Qual é o papel do rap e do Hip Hop nesse contexto político?


Viejo Alko - Por causa disso as pessoas passaram por momentos difíceis, não vamos muito longe do que meu país experimentou a mudança de moeda do sucre para o dólar, a emigração lá nos anos 2000, durante todo esse tempo e desde então somos vítimas do sistema, estamos entrincheirados, mas nunca governados por um bando de soldados que dizem que a morte é sorte.

Existe hoje o exemplo vivo de uma ditadura como a da Venezuela, vendo um país rico e cheio de gente trabalhadora e progressista mendigando em toda a América Latina, pedindo ajuda a cada povo. O Hip Hop neste contexto reivindica nossos direitos através da música, uma forma de chegar ao povo é não é esquecer que um povo na mesma sintonia é um povo armado e unido, nunca devemos permitir que o sistema nos silencie e, pior, nos separe. Se isso acontecer é como se alguém tentasse dizer que você não é Hip Hop, você prestaria atenção nisso?


Submundo do Som - Você vê alguma diferença entre o Hip Hop equatoriano para o resto da América Latina?


Viejo Alko - Claro, vejo diferença em cada país, existe inimizade, egocentrismo, como também existe união de nação e sem ir longe, consegui reunir toda uma América Latina de Hip Hop e muito mais, e eu estou lutando para unir meu país, esse é o meu maior desafio. Desafiá-los a sonhar e acreditar em seu trabalho. Será difícil para mim, mas não difícil para El Viejo Alka... Haha (risos).


Submundo do Som - Você conhece o rap ou música brasileira?


Viejo Alko - Bom, conheço muito pouco e honestamente a única coisa que ouvi mais, em termos de bases musicais, ritmos e antiguidade é a coletânea Cultura de Rua, que se não me engano é a formação de vários grupos de rap no Brasil e saiu com esse nome de Cultura de Rua, algo como numa coletânea, eu lembro da capa, vários MC’s aparecem encostados na parede de uma velha rua ou algo assim, se eu estiver errado, me diga por telefone... hehe (risos)

Sei que há muita cultura no Brasil e gostaria de aprender mais sobre isso e estou pronto para qualquer novidade, com Alka sempre indo mais longe. Vamos admitir Jeff! Equador eu represento.


Submundo do Som - Indique artistas de rap equatorianos ou outros estilos, para que os brasileiros também possam conhecer.


Viejo Alko - Vamos, claro, se os meus colegas me lerem saberão que nunca menosprezo o esforço que fizeram, mas se não os mencionar seria como cair naquele egocentrismo que muitos têm, e ser diferente dos outros é a exceção. Você pode ouvir TNB, Tzanta Matantza, HHC, Dos Balas, Xtintos, Sechta Flava, Equinoxio Flow, Latino Flow, Two Face, Shadow Squad, Koston Mc, Cheché Aud, Gerardo Mejía, são muitas bandas de talento, além dos que mencionei, tem meu antigo grupo, o RANSA COMPANY, em flyers desde o início, gratidão aos que estavam lá na fundação. E se eu esquecer de um ou outro artista, desculpe-me, pois quando menciono Ransa quero enviar uma saudação a toda a árvore rapqueológica que foi originalmente fundada. Em suma, viva todo o Hip Hop do Equador.


Submundo do Som - Que sonhos você ainda quer realizar na música?


Meus sonhos musicais continuam os mesmos, ou seja, continuar vivo e continuar curtindo música, mesmo nessa idade e sonhando em ser famoso, acho que não haha. Acho que meu talento está aí continuo com o rap, mas se eu pudesse pedir algo musicalmente, ficaria feliz se saísse em Porto Rico.

Musicalmente gostaria de consolidar um evento internacional com todos os pioneiros aproveitando a grande amizade que tenho com toda uma América Latina, o que consegui foi difícil, mas acho que foi mais do que um sonho realizado estar com todos aqueles expoentes que saíram com o Hip Hop nos anos 80. Por exemplo, falar com Mr Shick The Mean Machine ao telefone faz com que minha vida não seja a mesma dos outros, às vezes acho que o que eu sonho, eu já fiz, mas não é demais ver o que mais pode ser alcançado... Hip Hop é assim, te surpreende mais a cada dia.


Submundo do Som - Que mensagem você deixa para quem nos acompanhou nesse bate-papo? Quais são as mídias ou redes sociais?


Viejo Alko - Bem, quero agradecer a você Jeff por me manter em contato com seu apoio, incentivado por esta última entrevista, nunca desanime porque fazer o que gosta e ainda vai fazer muito, aproveito para enviar um grande abraço a quem nos colocou em contato, o Dr. Martin Biaggini, homem irrepreensível e sábio do Hip Hop, muito obrigado. Um grande abraço para todo o movimento Hip Hop mundial. Saudações aos meus grandes amigos da América Latina, aos pioneiros de cada país. Aqueles que me creditaram sem seu trabalho, não fiz um esforço. Também aproveito para dar-lhe uma saudação para quem deixou uma marca nas coisas mais bonitas que tenho para mim, minha filha universitária Valeryn que Deus te ama tanto, você também será uma estrela, você nasceu como artista realize seus sonhos amor, para minha filha Dominique que Deus cuide dela e que ela complete sua primeira fase da escola, aqui é o pai. Meu filho Rock, meu herdeiro no microfone, se um dia você me ler você sabe que tem essa missão de manter vivo o grande legado que eu tenho mantido vivo no rap em espanhol e no mundo. Se você gosta de ser um artista de Hip Hop e eu não sei, haha! Amor e paz a todos, obrigado aos meus pais, irmãos, amigos, fãs e família. Obrigado a todos. Up Hip Hop de todo o mundo, obrigado Brasil, aqui está a sua disposição este humilde servo chamado Viejo Alka fundador do grupo Ransa Company e espere ou veja quem está chegando nessa nova fase com o nome de 0% Novesterol, a novidade que vem do Hip Hop do Equador junto com meu produtor tem um novo albúm da Itália, deixo vocês com essa expectativa e com a novidade do meu programa de Rap chamado Long Play And Cassettes que está no de forma virtual. Obrigado MC’s, Bboys, Bgirls, Djs, grafiteiros e conhecedores do Hip Hop. Saudações aos arqueólogos do rap, ao meu irmão do México, um sábio, Carlos Barajas. Topo do Hip Hop. Obrigado.

Contatos:

Facebook:

Página: Long Play e Cassetes - Raízes do Rap em Espanhol e no Mundo.

Perfil: Alexis Fabricio (Viejo Alka)

Número da célula: (+)

±5930960053902

YouTube:

Companhia Ransa.

Viejo Alka.





-------------------

EN ESPAÑOL

-------------------

El Submundo do Som conversó con uno de los pioneros del Hip Hop latinoamericano, uno de los precursores del rap en Ecuador, Alexis Fabricio, también conocido como El Viejo Alka. El MC nos cuenta su historia de amor con la música y la cultura Hip Hop, su esfuerzo por unir a su país y la celebración que tiene con otros pioneros del continente. Viejo Alka también habla de los grupos que pasó y su actual proyecto RANSA y su investigación en la página Long Play And Cassettes - Raíces del Rap en Español y del Mundo. Vea:


Submundo do Som - ¿Quien es Viejo Alka?


Pues soy una persona que a más de ser un gran amante de la música, soy muy entregado a lo que represento todo el tiempo, soy Hip Hop todas las horas que mi mente está despierta, casi todo el tiempo me la paso en la música, aún cuando estoy en otras actividades, me la paso rebuscando la vida de la música de todos los ámbitos. Desde sus orígenes.


Submundo do Som - ¿Cuáles son tus primeros recuerdos musicales?¿Como entró la música en tu vida? ¿Y cómo conociste el Hip Hop?


Pues mis recuerdos musicales datan desde mi niñez, mis padres tenían un almacén musical ubicado en el barrio La Tola, habían otras tiendas discográficas, pero la de mi padre era considerado para los 70s, 80s y 90s como la más underground por la zona de ubicación, como venía de familia de gente que gustó, creó e hizo música, fui adaptándome a este medio por influencias que venían por todos lados de mi familia, verle a mi padre regrabar de Lps a cassettes me entraba el gusto de ver todos los equipos de ese entonces, solían a ir a eventualidades de artistas de Cuba, salsa y boleros, a temprana edad tuve una de las que experiencias más raras y atrevidas, estar junto en el escenario a una de las más grandes leyendas con apenas 5 o 6 años junto al cantante Daniel Santos de Puerto Rico, un evento que se dió en el año 1988/89 en el centro de Quito, en el Coliseo Julio César Hidalgo, en esa edad ver los aplausos que el público dió al verme hacer firmar unos Acetatos que mi padre me dió para que el cantante los firmara marcó mi vida, ya que ver las luces, oír los elogios, y sentir la euforia de ese público de ese tiempo, quedó en mi el recuerdo de ese sentir y de esa experiencia, así es que de esta manera entró la música a mi vida, estar todo el tiempo viendo la venta de música en el almacén, oír todo el tiempo música y ver constantemente a mis padres hablar con los clientes de artistas, biografías, canciones y exitos musicales, eso quedó en mi desde muy temprana edad, para el año 1991 con apenas 6 casi 7 años dejamos el barrio de mi nacimiento La Tola y me cambio a otro barrio llamado Carapungo, ahí ya sin el almacén experimentando otra calidad de vida, conocí otro barrio y los primeros habitantes, no había mucha población, es así que entre ir y venir de la escuela con los equipos guardados de mis padres y de la misma manera la música, empecé a tomar cosas de ellos para ir oyendo, verlo a mi hermano que era gustoso de la música Rock, quería ver qué es lo que a mí me gustaba, habían una infinidad de cartones repletos de cassettes, cajas repletas de acetatos, es así que entre rebuscar una que otra cinta o Lp hallábamos con mis hermanos música que nos gustaba, habían portadas de Funk de Jazz, de Soul, de Rock, de Baladas en Español, por poner varios ejemplos, fue una mezcla de ritmos lo que a mí todo me influenció en la música, oír a Michael Jackson en ese entonces cuando fue parte de Jackson Five creo que en un inicio me llamó la atención por el baile, pero fue realmente cuando en VHS ver algunas cintas como BeatStreet y Breakin cuando descubrí qué es lo que yo tanto deseaba hacer, en un inicio después de ver esas cintas quería ya con 9 años empezar con el baile, pasé por ese elemento, luego conseguí unas tornamesas, jugaba con experimentar ritmos y mezclas, pasé por el graffiti, pero ninguno de esos elementos me llenó tanto como oír la música y empezar a rebuscar cassettes y lps con los ritmos que empezaron a llamar mi atención, es así que ya en el barrio años más adelante aún siendo un adolescente empezaron a llegar cintas de otros países con temas del Rap en Español, otros que venían en inglés, y fue así que en la búsqueda de música y mucha sin saber el contenido lo conseguíamos y la empezábamos a distribuir de copia en copia a cambio de ropa, zapatillas, baggys y capuchas, me llegaron cassettes de artistas de Puerto Rico, Brewley, Piro JM uno de los primeros que tuve, Lisa M, Figgy ID, Vico C, y otros que empezaron a salir, así llegaba la música y muchas veces por gente que venía de EEUU y traía y dejaba en el trueque o por regalos bajo pedido, y cuando menos uno se esperó esto comenzó a gestarse, de pronto esto ya no era solo en mi barrio, sino que de otros barrios venían a mi casa a pedír música bajo el trueque, y así se dió este inicio de una primera fase de la revolución Hip Hop que nació de esta manera y como yo la recuerdo y sobre todo como la experimenté.


Submundo do Som - ¿Cómo conociste el Hip Hop?


Luego de haber pasado esta primera fase, empecé a salir por el barrio a difundir y a continuar en la búsqueda de más y más música cada día, se hizo un hábito era un adicto a esta forma de vivir, maníaco, tenía esa maña, entre oír, vivir, estudiar y compartir esas experiencias como mis primeros amigos del barrio al que yo fui a vivir a temprana edad, comenzamos a ver una ola de pandillas que empezaron a surgir, y ver la maldad y la violencia del tiempo, hacía que nuestro despertar en la adolescencia sea difícil de vivir y salir ileso de aquellos tiempos, muchos pasaron por etapas de la droga y alcohol, muchos amigos emigraron de Ecuador y otros sin saber por qué murieron víctimas de las calles del barrio, es así que viendo la realidad de la vida decido juntarme en varias pandillas de aquellos tiempos, ya adentrado en ese mundo pasé por todo lo que nadie desearía vivir, huir de la ley, estar en enemistad por varios barrios, y hasta poner en peligro mi vida, es así que años más tarde teniendo ya con unos 15 ó 16 años intentando dejar las pandillas, decido empezar a escribir mis experiencias de vida, y de esta manera me nace la idea de crearme un grupo para soñar con un escenario y con el micrófono ante el mundo, estar en Ecuador y adolescente con problemas, a medio estudiar, y con este duro sueño le cuento este soñar a un amigo cercano de mi casa, y decidimos crear este proyecto, antes ya había experimentado esto de improvisar por primera vez en fiestas underground por varios barrios de Quito, con un grupo que fue parte de la historia llamado Wu Tang Clan y un amigo con el que pasé mis primeras experiencias en la música llamado David Imba o cómo le decían Pipón. Ya con mi otro amigo decidimos crear el primer proyecto que se llamó 18:49 él junto a otros amigos de su colegio fundamos este grupo pero no sé logró consolidar, por la misma razón, lo difícil de poder buscar el instrumental o quién cree la música para ese entonces, solíamos rapear o improvisar nuestras primeras letras en los breakbetas libres de artistas de Rap de Estados Unidos encima de esas cintas que no tenían grabación.  Así más adelante nació otro grupo junto a otro amigo que se llamó La Pureza en esta etapa se logró crear más canciones y ganar mayor experiencia en el sueño que teníamos, es así que ya con casi 18 años yo decido traer a otro amigo junto a los demás fundé el grupo ASFALTO, ya con Beats y letras que tenían gran contenido e impacto, el público que ya conocía de este movimiento y en nacimiento, empezamos a rapear en todas las discotecas de Quito, en especial en los antros de prostitución antes de que Ecuador pase por una fase de dolarización, es ahí, que culmina una etapa dura de aprendizaje y de enseñanza por todo lo que ya había vivido, pasado por todas las cosas mencionadas. Ya para el año 2000 nace el nuevo proyecto el cuál fue más serio y en el que duré 22 años antes de dejar ahí esta otra etapa. Desde que el 2000 al 2022.


Submundo do Som -  ¿Cuales son tus influencias musicales ? ¿Y que te inspira a crear tus letras?


Mis influencias musicales desde temprana edad ya lo mencioné, creo que el estar constantemente en medio de un círculo familiar musical, eso dejó marcado en mi interior desde la infancia ese gusto por saber de la música, mis influencias desde aquel impacto en ese evento junto a Daniel Santos me dejó la huella de saber que había una Isla llamada Puerto Rico que tenía todo lo que a mí siempre me gustó el Hip Hop y la buena música. Lo que me inspira y me ha inspirado crear mis letras para todas mis canciones siempre han sido ver las dificultades de la vida, las cosas por las que he pasado, ver las injusticias y las decepciones de la vida, hay tantas cosas que me han inspirado escribir hay creo de todo tipo de sentimientos por los que he pasado, sentimientos de amor y odio, pero ahí están las ideas constantemente latentes en mi cabeza ronroneando salir al papel jaja (risas)


Submundo do Som -  ¿Cómo viste la llegada del Hip Hop al Ecuador? ¿Cómo fueron los primeros años de esta cultura en tu país?


El proceso de los inicios en el Ecuador como ya lo comenté en las anteriores preguntas creo yo para todos los artistas que estuvieron antes de mi, durante y después el panorama no ha cambiado Ecuador es un país con otro tipo de ritmos que siendo autóctonos no dejan salir a la luz el Hip Hop,  pienso yo que será de la manera underground, hoy en estos tiempos de tecnología nunca se podrán comparar con lo que yo viví, no puedes comparar a un grupo de ahora que tiene todo escribir, grabar, en un papel mentir que vivió la calle, con toda la tecnología a la mano, las mejores cámaras filmarse y decir yo soy Hip Hop, cuando el verdadero Hip Hop es quién a pesar de los años y auque sin ver frutos despues de tantos años de entrega uno recuerda con nostalgia como fue que se gestó, intentando grabar de manera casera, extrayendo tiempos musicales de cintas viejas de artistas de Rap de EEUU, tocando puertas de Djs que no eran del movimiento sino muchas veces Djs de música House, Techno y de Rock, eso es como fueron los comienzos, todos los grupos que estuvieron en un inicio pasaron esas fases, ver cada dificultad nos hacía movernos de un lado a otro por intentar grabar y mientras lo hacíamos de party a party underground no se dejaba atrás la maña de ir consiguiendo música, de ir mostrando el talento y sobre todo de ir dejando las  primeras huellas, de lo que se logró en un inicio.


Submundo do Som - En noviembre de 1999 formaste el grupo RANSA Company, en el barrio de Carapungo, en Quito, ¿no? Cómo fue ese período y quiénes formaban parte del grupo y, por favor, explique el significado del nombre.


Para este tiempo ya habíamos dejado atrás los grupos que te comenté en un inicio, dejar atrás ese gran enseñanza por cada grupo que se logró consolidar como fue 18:49, La Pureza, Asfalto y empezar este proyecto nuevo y más serio ya para comienzos exactamente del 2000 con toda esa experiencia desde la infancia, la adolescencia hizo que este proyecto sea más duro y de permanencia, somos el grupo que en Ecuador tuvo mayor trayectoria discográfica, desde el 2000 hasta el 2014 pasamos por un gran aprendizaje en lo que fue ya la etapa de creación musical y producción, en 14 años de agrupación ya teníamos 10 discos, auque jamás dentro de ese tiempo hayamos hecho un solo vídeoclip a excepción de otros colegas que fuera del grupo lo hicieron más adelante, auque en los inicios de Ransa si existen vídeos caseros que se lograron hacer de la manera casera y con los primeros programas de edición.

Ransa significa : REVOLUCIÓN ARTÍSTICA NACIONAL SOCIEDAD ANÓNIMA.

Los Mcs que formaron parte de este proyecto está el productor Has, El Viejo Alka, Lebu, Nico e Iguana Mc y más adelante a partir del 2007 se uniría un integrante más llamado Hopper. Aunque dentro de la Ransa en la rama de nuestra producción salieron muchas agrupaciones, solo que por cuestiones de la vida dejaron la vida musical aunque otros continúan pero saben que pertenecieron a la Ransa y a la creación de este duro proyecto.


Submundo do Som - ¿Qué dirías que fue lo más increíble en todos estos años en el Hip Hop, en toda tu trayectoria, canciones lanzadas, conciertos realizados, qué destacarías?


Pienso que todo lo que he vivido desde que me inicié en el Hip Hop ha sido importante para mí, no dejo nada del pasado que no me haya servido hoy en estos tiempos, como lo dije ya con casi 40 años lo más lindo del Hip Hop es que no hay edad para ser Hip Hop, pero ser significa serlo, vivirlo y experimentarlo, eso no es lo mismo a disfrazarte, creo que lo más increíble que me ha pasado es que dejando a un lado mi faceta como Mc de Ransa y de mi larga y continua trayectoria, es que opté por manejarme con la misma pasión, nunca he dejado la "Maña" de seguir coleccionando música, amo el Jazz, el Blues, El Soul, lo Country la música Gospel, estoy todo el tiempo en la música, es así que sin salirme de la línea de tu pregunta lo más increíble ha sido que por mi conocimiento en este duro elemento del Hip Hop la sabiduría,  elaboré una página a la que en memoria a mi infancia la denominé *Long Play And Cassettes - Raíces del Rap en Español y del Mundo, me tomé un tiempo fuera de los escenarios para revivir los inicios del Rap en Español de todas partes del mundo, es así que empecé a contagiar este sentimiento de Hip Hop a todo el mundo así como lo hice años atrás antes de la tecnología en las calles y lo increíble está que lo que no logré muchas veces con mi propia música logré por mi conocimiento musical, entre publicar y publicar mis conocimientos de artistas en mi página empecé a ir descubriendo a cada artista, ponía una biografía y era el mismo artista quién me respondía, es así que hoy por hoy bajo esta etapa en la que estoy como activista uno de los más importantes de Ecuador he logrado reunir a todos los pioneros del Rap en Español y de otros países más, y sobre todo los que tienen que ver con el Rap en Español y es más pronto salen muchos proyectos internacionales, se vienen muchas producciones de las leyendas, y bastantes cosas, para los verdaderos amantes de una cultura que siempre la he  respetado con todo mi corazón y ese es el Hip Hop.


Submundo do Som - ¿Cómo ves la escena Hip Hop en Ecuador? ¿Los medios cómo la TV o la radio prestan atención al rap? ¿Existen sitios web y blogs de Ecuador que ayuden a contar la historia y registrar la escena de su país? Si es así ¿podrias decir cuales son?


La escena del Hip Hop desde cuándo yo lo viví en su pleno nacimiento, y verlo ahora en parte de da mucho gusto, porque ver que de tres luego cinco y después unos siete grupos iniciales nació toda esta revolución, no puedo desmerecer nada de todos los que han estado también desde un principio, creo que todos de alguna manera han aportado con ese algo para que el Hip Hop de Ecuador sea ese algo que está por suceder, en un inicio desde Cheche, Au-D, La Colección, RTV, Son Latino, entre otros y pasar por una serie de etapas en la música, ha sido demasiado duro honestamente para todos, pienso yo que si dejarán la mayoría a un lado esa mierda de ego de "yo soy el primero o yo estuve antes" esto del Hip Hop de Ecuador tuviera otro concepto, Jeff no me  censures mis palabras, es mi sentir si cambias ese sentir no me estás dejando ser Hip Hop, eso es ser Hip Hop aún sin estar en el escenario y sin el micro, lastimosamente mi país pasa por esa fase de a mierda y nadie quiere ver a nadie triunfar y todos están atácandose siendo gangstas como en un vídeo juego jaja todos son malos, pero si vivieran la música o por lo menos intentarán retomar sus carreras con el mismo sueño de cuando empezaron las cosas cambiarían, pero lo que yo veo de la vieja escena es a una manada de frustrados que ya no hacen nada, cosa que cuando yo hablo con mis colegas Iniciadores de otros países a pesar de algunas diferencias son o intentan ser unidos en el sentido de hacer crecer a Ecuador como un país de Hip Hop, pero las cosas son así y el que me lea no me dejará mentir.

Creo que con el tema de los blogs y eso está demás ya que con la tecnología a la mano de  creo que todos ni por qué tienen al señor Google son capaces de informarse, tienen a Youtube y menos optan por aprender el Hip Hop eso es aprendizaje y enseñanza van de la mano. Una de las páginas que pueden buscar en FB a lo modo virtual es la mía la más completa con biografías artísticas y a su vez hecha con artistas de Hip Hop la pueden buscar en facebook como Long Play And Cassettes Raíces del Rap en Español y del Mundo

Con lo de los medios tv y radiales hay ocasiones en que rara vez sacan al talento del Hip Hop acá o como en cualquier país están contaminado al menos la juventud por ese invento llamado Reggaeton. Jaja (risas)


Submundo do Som - ¿Hoy en el mundo entero atraviesa una gran crisis politica pues especialmente nuestra america latina ha estado sufriendo mucho ¿Cual es el papel del rap y el Hip Hop  en este contexto politico?


La gente debido a esto ha pasado momentos duros, no vayamos lejos lo que vivió mi país el cambio de la moneda del sucre al dólar, la emigración, allá por los 2000 durante todo ese tiempo y desde más atrás hemos venido siendo víctimas del sistema,  estamos atrincherados pero jamás gobernandos por un montón de soldados que dicen que la muerte es suerte.

Ahí está en la actualidad el vivo ejemplo de una dictadura como la de Venezuela ver a un país que fue rico y lleno de gente trabajadora y progresista hoy verlo en la mendicidad por todas partes de Latinoamérica pudiendo ayuda a cada pueblo. El Hip Hop en este contexto lo que hace es reclamar nuestros derechos a través de la música una manera de llegar a los pueblos es no olvidando que un pueblo en la misma sintonía es un pueblo armado y unido, jamás debemos permitir que el sistema nos silencie y peor nos separe, si pasa eso es como que alguien intente decirte vos no eres Hip Hop, harías caso a eso?


Submundo do Som - ¿Ves alguna diferencia entre el Hip Hop ecuatoriano y el resto de Latinoamerica?


Claro, la diferencia ya lo puse en cada país hay enemistad, egocentrismo, como también hay unión de nación y nación sin ir lejos yo logré reunir a toda una Latinoamérica de Hip Hop y mucho más, y voy por lo más duro unir a mi país, ese es mi mayor reto, atreverles a soñar y que crean en su trabajo será duro pero no difícil para mí para el Viejo Alka... Jaja (risas)


Submundo do Som - ¿Sabes algo de rap o musica brasileña?


Pues he conocido muy poco y creo que honestamente lo único que he oído más por concepto de bases musicales, ritmos y de antigüedad es el compilado Cultura de Rúa, que sino estoy equivocado es la conformación de varios grupos Iniciadores del Rap en Brazil y salen bajo el nombre de Cultura de Rúa, algo así como en un compilado, recuerdo la portada salen varios MC’s contra la pared en una vieja calle o algo así, si estoy equivocado me lo dices por llamada...jiji (risas)

Sé que hay mucha cultura en Brazil y también desearía aprender mucho de allá y estoy listo para cualquier nuevo featuring el Alka siempre yendo más allá. Vamos a fuego Jeff!! Ecuador represento.


Submundo do Som - ¿Indique artistas ecuatorianos de rap u otros estilos, para que los brasileños los conozcan tambien?


Vamos claro que sí, si mis colegas me leen sabrán que yo jamás desmerezco el esfuerzo que han hecho pero si no los menciono sería como caer en ese egocentrismo que muchos tienen, y ser diferente a los demás está la excepción, pueden oír a TNB, Tzanta Matantza , HHC, dos balas, xtintos, sechta flava, equinoxio flow, latino flow, two face, shadow squad, koston mc, cheché aud, gerardo mejía,  hay muchas bandas que han salido recién y tienen talento, pero los que menciono han estado con mi vieja bandola la RANSA COMPANY en flyers desde los inicios, a otros no les menciono por qué salieron después y hay que darles privilegio a los que estuvieron ahí en la fundación. Y si me olvido de uno que otro artista me sepan disculpar, bueno cuando menciono a Ransa le quiero mandar un saludo a todo el árbol rapqueológico que en un inicio se fundó. En fin, que viva todo el Ecuador Hip Hop.


Submundo do Som - ¿Que sueños aun quieres cumplir en la musica?


Mis sueños musicales siguen siendo los mismos, o sea mantenerme con vida y seguir disfrutando de la música, ya con esta edad y soñar en ser famoso no creo jaja pienso que mi talento está ahí sigo con las rapeadas pero si se lograra dar algo musicalmente estaría feliz si logro pisar Puerto Rico.

Musicalmente me gustaría consolidar un evento Internacional con todos los pioneros aprovechando la gran amistad que tengo con toda una entera Latinoamérica, ha sido duro lo que logré, pero creo que eso fue más que un sueño cumplido estar con todos esos exponentes que salieron con Hip Hop en los 80s es lo máximo y más allá como por ejemplo hablar con Mr Shick The Mean Machine por teléfono hace que mi vida no sea igual que la de los demás, a veces pienso que lo que sueño ya lo hice, pero no está demás en ver en qué más se puede lograr...el Hip Hop es así te sorprende cada día más.


Submundo do Som - ¿Que mensaje dejas para quienes nos acompañaron? ¿Cuales son los medios de comunicación o sea redes sociales?


Bueno lo único que quiero es darte las gracias a ti Jeff por tomarme en cuenta por tu apoyo, gracias por esta gran entrevista,  nunca desmayes por lo que tanto amas hacer, aprovecho para mandarle antes que nada un fuerte abrazo a quién nos puso en contacto al Doctor Martin Biaggini, hombre intachable y sabio del Hip Hop, lo aprecio mucho, un fuerte abrazo para todo el movimiento Hip Hop mundial, saludos a mi grandes amigos de Latinoamérica a los pioneros de cada país, a los que han creído en mi trabajo, en mi esfuerzo, también aprovecho para darle un saludo que quede de huella en el tiempo para mis hijos lo más lindo que tengo a mi ya Universitaria hija Valeryn que Dios te bendiga hija, tú también serás una estrella naciste artista cumple tus sueños amor, a mi hija Dominique que Dios la cuide y que culmine su primera etapa escolar aquí está papá, a mi hijo Rock el heredero del micrófono hijo si un día me lees tienes este trabajo para ti mantener vivo el gran legado que yo tengo mantener vivo el Rap en Español y del Mundo. Si gustas ser artista Hip Hop no me enojo jaja, amor y paz para todos, gracias a mis padres, hermanos, amigos, amigas, fanáticos y familia. Gracias a todos. Arriba el Hip Hop de todo el mundo, gracias Brazil aquí está a las órdenes este humilde servidor llamado el VIEJO ALKA fundador de la agrupación RANSA COMPANY y esperen lo nuevo que se viene en esta otra nueva etapa bajo el nombre de 0 %Novesterol lo nuevo que se viene del Hip Hop de Ecuador junto a mi productor Has desde Italia el nuevo disco, les dejo con esa expectativa y con lo nuevo de mi programa de Rap llamado Long Play And Cassettes que deja lo virtual para salir al aire con todos los artistas. Gracias Mcs, Bboys, Bgirls, Djs, Writters. Y conocedores del Hip Hop. Saludos al arqueólogo del Rap a mi hermano del México un sabio el Carlos Barajas. Arriba el Hip Hop. Gracias por todo.

Contactos:

Facebook:

Página: Long Play And Cassettes - Raíces del Rap en Español y del Mundo.

Facebook personal: Alexis Fabricio (ViejoAlka)

Número celular : (+)

±5930960053902

Youtube:

Ransa Company.

Viejo Alka.

Bless.

Postar um comentário

0Comentários

Postar um comentário (0)