O Submundo do Som bateu um papo
com um dos pioneiros do Hip Hop latino-americano, um dos precursores do rap no
Equador, Alexis Fabricio, também conhecido como El Viejo Alka. O MC nos conta
sua história de amor com a música e a cultura Hip Hop, seu esforço para unir
seu país e a celebração que mantém com demais pioneiros do continente. Viejo
Alka também fala sobre os grupos que passou e seu atual projeto o RANSA e sua
pesquisa na página Long Play And Cassettes - Raíces del Rap en Español y del
Mundo. Confira:
Submundo
do Som - Quem é o Viejo Alka?
Viejo
Alko - Bom, sou uma pessoa que,
além de ser um grande amante da música, sou muito dedicado ao que represento,
sou Hip Hop a todo instante, quase todo o meu tempo é baseado na música. Mesmo
quando estou em outras atividades, passo meu tempo pesquisando sobre música em
todas as áreas. Principalmente suas raízes.
Submundo
do Som - Quais são suas primeiras memórias musicais? Como a música
entrou na sua vida? E como você descobriu o Hip Hop?
Viejo
Alko - Bom, minhas memórias
musicais remontam à minha infância, meus pais tinham uma loja de discos
localizada no bairro de La Tola, havia outras lojas de discos, mas a do meu pai
era considerada a mais underground nos anos 70, 80 e 90 por causa de sua
localização. Como eu vinha de uma família de pessoas que gostavam, criavam e
faziam música, aos poucos fui me adaptando a esse meio por influências que
vinham de todos os lados. Ver meu pai regravar LPS em fitas k7 me fez curioso e
passei a conhecer todos os equipamentos da época, costumavam ir a eventos de
artistas de cubanos, salsas e boleros. Desde cedo tive uma das experiências
mais raras e ousadas, estar junto no palco com uma das maiores lendas, com
apenas 5 ou 6 anos de idade subi ao palco com o cantor porto-riquenho Daniel
Santos, evento que aconteceu no ano de 1988/89 no centro de Quito, no Coliseu
Julio César Hidalgo. Nessa ocasião, fui ao palco para levar alguns discos para
que o artista autografasse e vi o público me aplaudir ao me ver ali, aquilo marcou
minha vida, pois ver as luzes, ouvir os elogios e sentir a euforia daquele
público daquela época me marcou, a lembrança daquele sentimento e daquela
experiência ficou em mim. Então foi assim que a música entrou na minha vida,
estar o tempo todo assistindo a venda de discos na loja, ouvindo música
constantemente e vendo meus pais conversando com os clientes sobre artistas,
biografias, músicas e estilos musicais são fatos que ficaram comigo desde muito
cedo. No ano de 1991 , quando eu tinha apenas 6 anos, quase 7 anos, saímos do
bairro onde nasci, La Tola, e nos mudamos para outro bairro chamado Carapungo, lá,
sem a loja, experimentei outra qualidade de vida, conheci outro bairro e os
primeiros moradores. Não havia muita população, então entre ir e voltar da
escola, com os equipamentos guardados pelos meus pais e música da mesma forma ,
comecei a tirar coisas deles para ouvir. Meu irmão gostava de rock e queria ver
o que eu gostava, tinha uma infinidade de caixas cheias de cassetes, caixas com
discos, então entre procurar uma fita ou um LP com meus irmãos, encontramos outras
músicas que gostávamos, havia covers de funk, jazz, soul, rock, baladas em
espanhol. Era uma mistura de ritmos e eu gostava de tudo. Michael Jackson,
naquela época, quando fazia parte do Jackson Five, me chamou a atenção por
causa da dança, mas foi realmente quando eu vi alguns filmes como BeatStreet e
Breakin, em VHS, que eu descobri o que eu queria tanto fazer. Eu comecei a
dançar com 9 anos, passei por esse elemento, aí peguei uns toca-discos,
brinquei experimentando ritmos e mixagens e passei pelo graffiti. Mas nada
desses elementos me encheu tanto quanto o gosto de ouvir música e a procurar K7
e LPs com os ritmos que começaram a chamar minha atenção. Então anos depois,
ainda na adolescência, começaram a chegar fitas de outros países com temas de rap
em espanhol, outros em inglês, e foi assim que na busca pela música e sem
conhecer o conteúdo, pegamos e começamos a distribuir cópia por cópia em troca
de roupas, tênis, bolsas e gorros. Recebi cassetes de artistas de Porto Rico,
Brewley, Piro JM, um dos primeiros que tive, Lisa M, Figgy ID, Vico C, e outros
que começaram a sair, foi assim que a música chegou e muitas vezes por causa de
pessoas que vieram dos EUA e trocava por outras ou por presentes a pedido.
Quando menos se esperava isso começa a tomar forma, de repente não era só no
meu bairro, mas pessoas vinham de outros bairros até minha casa para pedir
música sob o escambo, e assim começava a primeira fase da revolução Hip Hop,
que nasceu assim e como me lembro e principalmente como vivi.
No bairro La Tola na capital Quito, com o portoriquenho Daniel Santos. |
Submundo
do Som - Como você descobriu o Hip Hop?
Viejo
Alko - Depois de ter passado esta
primeira fase, comecei a sair para o bairro para difundir e continuar a busca por
mais música. Saia todos os dias, isso tornou-se um hábito eu era viciado nesse
modo de vida, maníaco. Em uma manhã , entre ouvir, viver, estudar e
compartilhar essas experiências como meus primeiros amigos do bairro, onde fui morar muito cedo, começamos a ver uma
onda de gangues que começava a surgir, víamos a maldade e a violência da época.
Isso despertou nossa adolescência é difícil viver e sair ileso daqueles tempos,
muitos passaram por fases de drogas e álcool, muitos amigos emigraram do
Equador e outros sem saber por que, morreram vítimas das ruas, por isso vendo o
realidade da vida decido me juntar em várias gangues daquela época. Nesse período,
passei por tudo que ninguém gostaria de viver, fugindo da lei, tendo inimizade em
vários bairros e até colocando minha vida em risco. Anos mais tarde, quando eu
tinha uns 15 ou 16 anos, tentava sair das gangues, decidi começar a escrever
sobre minhas experiências de vida e assim surgiu a ideia de criar um grupo para
sonhar com palco e microfone. Estava no Equador, na metade dos estudos e era um
adolescente com problemas, com esse sonho difícil. Conto esse sonho para um
amigo próximo da minha casa, e decidimos criar esse projeto juntos, antes eu já
tinha experimentado o improviso pela primeira vez em festas underground em
vários bairros de Quito, com um grupo que fez parte da história chamado Wu Tang
Clan e com um amigo, com quem tive minhas primeiras experiências na música,
chamado David Imba, ou como o chamavam: Pipón. Com um outro amigo, decidimos
criar o primeiro projeto chamado 18:49. Juntamente com outros amigos de sua
escola, fundamos esse grupo, mas não conseguimos se consolidar pelo fato de ser
difícil encontrar um instrumental pronto ou quem criasse a base. Naquela época,
costumávamos fazer rap ou improvisar nossas primeiras letras nos breakbeats
gratuitos de artistas de rap estadunidense que vinham nas fitas e que não
tinham gravação de voz. Então, mais tarde nasceu outro grupo junto com outro
amigo, chamado La Pureza, nesta fase conseguimos criar mais músicas e ganhar
mais experiência no sonho que tínhamos. Então com quase 18 anos decido criar outro
grupo, o ASFALTO, já com beats e letras que tinham grande conteúdo e
repercussão, o público que já conhecia esse movimento e assim começamos a fazer
rap em todas as casas noturnas de Quito, principalmente na antros de prostituição
antes que o Equador passe por uma fase de dolarização, é aí que culmina uma
dura etapa de aprendizado e ensino por tudo o que já havia vivenciado, passado
por todas as coisas mencionadas. No ano de 2000, nasceu o novo projeto, que era
mais sério e no qual perdurou 22 anos antes de deixar essa outra etapa por lá.
Desde 2000 a 2022.
Viejo Alka com o grupo ASFALTO em 1998/99 |
Submundo
do Som - Quais são suas influências musicais? E o que te inspira a criar
suas letras?
Viejo
Alko - Minhas influências
musicais são essas citadas que vieram desde cedo. Acredito que, por estar
constantemente no meio de um círculo familiar musical, meu gosto por querer saber
sobre música, desde a infância, minhas influências vão desde aquele impacto que
tive no show com Daniel Santos e que me fez saber que havia uma ilha chamada
Porto Rico que tinha tudo o que eu sempre gostei de Hip Hop e boa música. O que
me inspira e me inspirou a criar minhas letras para todas as minhas músicas
sempre foi ver as dificuldades da vida, as coisas que passei, ver as injustiças
e decepções da vida, são tantas coisas que me inspiraram. Escrevendo penso em
todos os tipos de sentimentos que já passei, sentimentos de amor e ódio, mas
tem as ideias constantemente adormecidas na minha cabeça ronronando no papel.
(risos)
Submundo
do Som - Como você viu a chegada do Hip Hop no Equador? Como foram os
primeiros anos dessa cultura em seu país?
Viejo
Alko - O processo de início no
Equador, como já mencionei nas perguntas anteriores, acho que para todos os
artistas que estiveram antes de mim, durante e depois de mim, o panorama não
mudou. O Equador é um país com outros tipos de ritmos que, sendo indígena, não
saia Hip Hop, isso não vinha à tona. Então tinha que ser no meio underground.
Hoje, em tempos de tecnologia, novos artistas não podem ser comparados com o
que eu vivi, você não pode me comparar com um grupo de agora que tem tudo para
escrever e gravar, e mente sobre vivencias da rua, com toda a tecnologia na
mão, as melhores câmeras filmando a si mesmo e dizendo eu sou Hip Hop, quando o
verdadeiro Hip Hop é quem, apesar dos anos e mesmo sem ver resultados depois de
tantos anos de dedicação, se lembra com saudade de como tudo foi concebido,
tentando gravar em casa, extraindo samples de fitas antigas de artistas de rap
dos EUA, batendo nas portas de DJs que não eram do movimento, mas muitas vezes
DJs de house, techno e rock, como era nos primórdios, todos os grupos que
estavam no início passaram por essas fases, ver cada dificuldade nos fazia ir
de um lugar para outro tentando gravar. Enquanto fazíamos isso de festa em
festa pelo underground, o hábito de ir atrás de novas músicas não ficou para
trás, mostrando talento e acima de tudo deixando os primeiros rastros do que
foi conquistado no início.
Submundo
do Som - Em novembro de 1999 vocês formaram o grupo RANSA Company, no
bairro de Carapungo, em Quito, certo? Como foi esse período e quem fazia parte
do grupo e por favor explique o significado do nome.
Viejo
Alko - A essa altura já tínhamos
deixado para trás os grupos de que falei no início, ficando somente o aprendizado
que tive com 18:49, La Pureza, Asfalto até começar este novo e mais sério projeto
no ano de 2000. Toda aquela experiência desde a infância e a adolescência
tornou esse projeto mais difícil e duradouro, somos o grupo que teve a carreira
de gravação mais longa no Equador, de 2000 a 2014, passamos por um grande
aprendizado nessa fase de criação e produção musical, em 14 anos de agrupamento
já tínhamos 10 álbuns, embora nesse tempo nunca tenhamos feito um único
videoclipe a não ser por outros colegas que vieram a ser do grupo mais tarde. O
Ransa tem vários vídeos caseiros que foram feitos com os primeiros programas de
edição.
Ransa significa: SOCIEDADE
LIMITADA DE REVOLUÇÃO ARTÍSTICA NACIONAL.
Os Mcs que fizeram parte deste projeto foram o produtor Has, El Viejo Alka, Lebu, Nico e Iguana Mc e mais tarde, a partir de 2007, outro membro chamado Hopper se juntaria. Embora dentro do Ransa, no ramo da nossa produção, tenham surgido muitos grupos, mas que por motivos de vida deixaram a vida musical, outros continuaram, mas sabem que pertenciam ao Ransa e à criação deste duro projeto.
RANSA Company em seu inicio em 2000 |
Submundo
do Som - O que você diria que foi a coisa mais incrível em todos esses
anos no Hip Hop, em toda a sua carreira, músicas lançadas, shows realizados, o
que você destacaria?
Viejo
Alko - Acho que tudo o que vivi
desde que comecei no Hip Hop foi importante para mim, não deixo nada do passado
que não tenha me servido hoje nesses tempos. Quando tinha quase 40 anos, a
coisa mais bonita no Hip Hop é que não há idade para ser Hip Hop, mas ser é
ser, viver e vivenciar, isso não é o mesmo que vestir-se, acho que a coisa mais
incrível que me aconteceu foi sair como MC do Ransa e a minha longa e contínua
carreira, é que escolhi tratar-me com a mesma paixão, nunca deixei a mania
colecionar música, adoro jazz, blues, soul, country, música gospel, estou o
tempo todo na música. E para não fugir da pergunta, o mais incrível foi adquirir
conhecimento, elemento de sabedoria do Hip Hop. Criei uma página para resgatar
as memórias da minha infância eu chamava de Long Play
And Cassettes - Raízes do Rap em Espanhol e no Mundo, tirei um tempo do
palco para reviver os primórdios do rap em espanhol de todo o mundo, foi assim
que comecei a espalhar esse sentimento do Hip Hop para o mundo inteiro. Assim
como fiz anos atrás antes da tecnologia e o incrível é que muitas vezes consegui
com minha própria música conquista conhecimento musical. Nessa publicar meu
conhecimento de artistas na minha página, comecei a descobrir artistas,
coloquei uma biografia o mesmo artista me respondeu. E hoje vivo essa fase como
ativista, um dos mais importantes no Equador. Consegui reunir todos os
pioneiros do Rap em espanhol e de outros países, e especialmente aqueles que
têm a ver com rap em espanhol e em breve muitos projetos internacionais vão
sair, muitas produções das lendas estão por vir. Terá muitas coisas para os
verdadeiros amantes de uma cultura que sempre respeitei com todo meu coração e
que é o Hip Hop.
Submundo
do Som - Como você vê a cena Hip Hop no Equador? A mídia como TV ou
rádio presta atenção ao rap? Existem sites e blogs equatorianos que ajudam a
contar a história e registrar a cena do seu país? Se sim, poderia dizer quais são?
Viejo
Alko - A cena do Hip Hop desde
quando a vivi em seu pleno nascimento e vê-la agora, em parte é muito
agradável, porque vendo que começou com três, depois cinco e depois cerca de
sete grupos toda essa revolução. Não posso desmerecer todos os que também estiveram
lá desde, o início. Acho que todos de alguma forma contribuíram com isso, para
que o Hip Hop no Equador seja algo que está prestes a acontecer. Inicialmente
de Cheche, Au-D, La Colección, RTV, Son Latino, entre outros e passa por uma
série de estágios na música, tem sido muito difícil honestamente para todos,
acho que se a maioria deles deixar de lado essa merda de ego de "eu sou o
primeiro ou eu estava lá antes" o Hip Hop do Equador tinha outro conceito.
Jeff, não censure minhas palavras, é meu sentimento se você mudar esse
sentimento você não está me deixando ser Hip Hop, isso é ser Hip Hop mesmo sem
estar no palco e sem o microfone, infelizmente meu país passa por essa fase de
merda e ninguém quer ver ninguém ter sucesso e todo mundo está se atacando
sendo gangsta como em um videogame (risos) todos são ruins, mas se vivessem a
música ou pelo menos tentassem retomar suas carreiras com o mesmo sonho de
quando começaram as coisas mudariam. Mas o que eu vejo da cena antiga é um
rebanho de pessoas frustradas que não fazem mais nada, algo que quando falo com
meus colegas pioneiros de outros países, apesar de algumas diferenças, eles
estão ou tentam se unir no sentido de fazer o Equador crescer como um país de
Hip Hop, mas as coisas são assim e quem me lê não me deixa mentir.
Sobre blogs, isso é desnecessário
pois com a tecnologia em mãos nem todos procuram se informar, nem mesmo com o
Sr. Google são capazes de buscar informação. Eles têm YouTube e não optam por
aprender Hip Hop, já que o aprender e o ensinar andam de mãos dadas. Uma das
páginas que você pode pesquisar é a minha, que está no Facebook, é a mais
completa com biografias artísticas e por sua vez feita com artistas do Hip Hop,
você pode pesquisar no Facebook como Long Play And Cassettes Raíces del Rap en
Español y del Mundo.
Com a mídia de TV e rádio, há
momentos em que raramente trazem talentos do Hip Hop daqui ou de qualquer país.
Pelo menos os jovens daqui são contaminados por essa invenção chamada
Reggaeton. Haha (risos).
Viejo Alka em alguma apresentação do RANSA. |
Submundo
do Som - Hoje o mundo inteiro está passando por uma grande crise
política, principalmente a nossa América Latina que vem sofrendo muito. Qual é
o papel do rap e do Hip Hop nesse contexto político?
Viejo Alko - Por causa disso as pessoas passaram por momentos difíceis, não vamos muito longe do que meu país experimentou a mudança de moeda do sucre para o dólar, a emigração lá nos anos 2000, durante todo esse tempo e desde então somos vítimas do sistema, estamos entrincheirados, mas nunca governados por um bando de soldados que dizem que a morte é sorte.
Existe hoje o exemplo vivo de uma
ditadura como a da Venezuela, vendo um país rico e cheio de gente trabalhadora
e progressista mendigando em toda a América Latina, pedindo ajuda a cada povo.
O Hip Hop neste contexto reivindica nossos direitos através da música, uma
forma de chegar ao povo é não é esquecer que um povo na mesma sintonia é um
povo armado e unido, nunca devemos permitir que o sistema nos silencie e, pior,
nos separe. Se isso acontecer é como se alguém tentasse dizer que você não é
Hip Hop, você prestaria atenção nisso?
Submundo
do Som - Você vê alguma diferença entre o Hip Hop equatoriano para o
resto da América Latina?
Viejo
Alko - Claro, vejo diferença em
cada país, existe inimizade, egocentrismo, como também existe união de nação e sem
ir longe, consegui reunir toda uma América Latina de Hip Hop e muito mais, e eu
estou lutando para unir meu país, esse é o meu maior desafio. Desafiá-los a
sonhar e acreditar em seu trabalho. Será difícil para mim, mas não difícil para
El Viejo Alka... Haha (risos).
Submundo
do Som - Você conhece o rap ou música brasileira?
Viejo
Alko - Bom, conheço muito pouco e
honestamente a única coisa que ouvi mais, em termos de bases musicais, ritmos e
antiguidade é a coletânea Cultura de Rua, que se não me engano é a formação de
vários grupos de rap no Brasil e saiu com esse nome de Cultura de Rua, algo
como numa coletânea, eu lembro da capa, vários MC’s aparecem encostados na
parede de uma velha rua ou algo assim, se eu estiver errado, me diga por
telefone... hehe (risos)
Sei que há muita cultura no
Brasil e gostaria de aprender mais sobre isso e estou pronto para qualquer
novidade, com Alka sempre indo mais longe. Vamos admitir Jeff! Equador eu
represento.
Submundo
do Som - Indique artistas de rap equatorianos ou outros estilos, para
que os brasileiros também possam conhecer.
Viejo
Alko - Vamos, claro, se os meus
colegas me lerem saberão que nunca menosprezo o esforço que fizeram, mas se não
os mencionar seria como cair naquele egocentrismo que muitos têm, e ser
diferente dos outros é a exceção. Você pode ouvir TNB, Tzanta Matantza, HHC, Dos
Balas, Xtintos, Sechta Flava, Equinoxio Flow, Latino Flow, Two Face, Shadow
Squad, Koston Mc, Cheché Aud, Gerardo Mejía, são muitas bandas de talento, além
dos que mencionei, tem meu antigo grupo, o RANSA COMPANY, em flyers desde o
início, gratidão aos que estavam lá na fundação. E se eu esquecer de um ou
outro artista, desculpe-me, pois quando menciono Ransa quero enviar uma
saudação a toda a árvore rapqueológica que foi originalmente fundada. Em suma,
viva todo o Hip Hop do Equador.
Submundo
do Som - Que sonhos você ainda quer realizar na música?
Meus sonhos musicais continuam os
mesmos, ou seja, continuar vivo e continuar curtindo música, mesmo nessa idade
e sonhando em ser famoso, acho que não haha. Acho que meu talento está aí
continuo com o rap, mas se eu pudesse pedir algo musicalmente, ficaria feliz se
saísse em Porto Rico.
Musicalmente gostaria de
consolidar um evento internacional com todos os pioneiros aproveitando a grande
amizade que tenho com toda uma América Latina, o que consegui foi difícil, mas
acho que foi mais do que um sonho realizado estar com todos aqueles expoentes
que saíram com o Hip Hop nos anos 80. Por exemplo, falar com Mr Shick The Mean
Machine ao telefone faz com que minha vida não seja a mesma dos outros, às
vezes acho que o que eu sonho, eu já fiz, mas não é demais ver o que mais pode
ser alcançado... Hip Hop é assim, te surpreende mais a cada dia.
Submundo
do Som - Que mensagem você deixa para quem nos acompanhou nesse
bate-papo? Quais são as mídias ou redes sociais?
Viejo
Alko - Bem, quero agradecer a
você Jeff por me manter em contato com seu apoio, incentivado por esta última
entrevista, nunca desanime porque fazer o que gosta e ainda vai fazer muito,
aproveito para enviar um grande abraço a quem nos colocou em contato, o Dr.
Martin Biaggini, homem irrepreensível e sábio do Hip Hop, muito obrigado. Um
grande abraço para todo o movimento Hip Hop mundial. Saudações aos meus grandes
amigos da América Latina, aos pioneiros de cada país. Aqueles que me creditaram
sem seu trabalho, não fiz um esforço. Também aproveito para dar-lhe uma
saudação para quem deixou uma marca nas coisas mais bonitas que tenho para mim,
minha filha universitária Valeryn que Deus te ama tanto, você também será uma
estrela, você nasceu como artista realize seus sonhos amor, para minha filha
Dominique que Deus cuide dela e que ela complete sua primeira fase da escola,
aqui é o pai. Meu filho Rock, meu herdeiro no microfone, se um dia você me ler
você sabe que tem essa missão de manter vivo o grande legado que eu tenho mantido
vivo no rap em espanhol e no mundo. Se você gosta de ser um artista de Hip Hop
e eu não sei, haha! Amor e paz a todos, obrigado aos meus pais, irmãos, amigos,
fãs e família. Obrigado a todos. Up Hip Hop de todo o mundo, obrigado Brasil,
aqui está a sua disposição este humilde servo chamado Viejo Alka fundador do
grupo Ransa Company e espere ou veja quem está chegando nessa nova fase com o
nome de 0% Novesterol, a novidade que vem do Hip Hop do Equador junto com meu
produtor tem um novo albúm da Itália, deixo vocês com essa expectativa e com a
novidade do meu programa de Rap chamado Long Play And Cassettes que está no de
forma virtual. Obrigado MC’s, Bboys, Bgirls, Djs, grafiteiros e conhecedores do
Hip Hop. Saudações aos arqueólogos do rap, ao meu irmão do México, um sábio,
Carlos Barajas. Topo do Hip Hop. Obrigado.
Contatos:
Facebook:
Página: Long Play e Cassetes -
Raízes do Rap em Espanhol e no Mundo.
Perfil: Alexis Fabricio (Viejo
Alka)
Número da célula: (+)
±5930960053902
YouTube:
Companhia Ransa.
Viejo Alka.
-------------------
EN ESPAÑOL
-------------------
El Submundo do Som conversó con uno de los
pioneros del Hip Hop latinoamericano, uno de los precursores del rap en
Ecuador, Alexis Fabricio, también conocido como El Viejo Alka. El MC nos cuenta
su historia de amor con la música y la cultura Hip Hop, su esfuerzo por unir a
su país y la celebración que tiene con otros pioneros del continente. Viejo Alka
también habla de los grupos que pasó y su actual proyecto RANSA y su
investigación en la página Long Play And Cassettes - Raíces del Rap en Español
y del Mundo. Vea:
Submundo do Som - ¿Quien es Viejo Alka?
Pues soy una persona que a más de ser un gran
amante de la música, soy muy entregado a lo que represento todo el tiempo, soy
Hip Hop todas las horas que mi mente está despierta, casi todo el tiempo me la
paso en la música, aún cuando estoy en otras actividades, me la paso rebuscando
la vida de la música de todos los ámbitos. Desde sus orígenes.
Submundo do Som - ¿Cuáles son tus primeros recuerdos
musicales?¿Como entró la música en tu vida? ¿Y cómo conociste el Hip Hop?
Pues mis recuerdos musicales datan desde mi
niñez, mis padres tenían un almacén musical ubicado en el barrio La Tola,
habían otras tiendas discográficas, pero la de mi padre era considerado para
los 70s, 80s y 90s como la más underground por la zona de ubicación, como venía
de familia de gente que gustó, creó e hizo música, fui adaptándome a este medio
por influencias que venían por todos lados de mi familia, verle a mi padre
regrabar de Lps a cassettes me entraba el gusto de ver todos los equipos de ese
entonces, solían a ir a eventualidades de artistas de Cuba, salsa y boleros, a
temprana edad tuve una de las que experiencias más raras y atrevidas, estar
junto en el escenario a una de las más grandes leyendas con apenas 5 o 6 años
junto al cantante Daniel Santos de Puerto Rico, un evento que se dió en el año
1988/89 en el centro de Quito, en el Coliseo Julio César Hidalgo, en esa edad
ver los aplausos que el público dió al verme hacer firmar unos Acetatos que mi
padre me dió para que el cantante los firmara marcó mi vida, ya que ver las
luces, oír los elogios, y sentir la euforia de ese público de ese tiempo, quedó
en mi el recuerdo de ese sentir y de esa experiencia, así es que de esta manera
entró la música a mi vida, estar todo el tiempo viendo la venta de música en el
almacén, oír todo el tiempo música y ver constantemente a mis padres hablar con
los clientes de artistas, biografías, canciones y exitos musicales, eso quedó
en mi desde muy temprana edad, para el año 1991 con apenas 6 casi 7 años
dejamos el barrio de mi nacimiento La Tola y me cambio a otro barrio llamado
Carapungo, ahí ya sin el almacén experimentando otra calidad de vida, conocí
otro barrio y los primeros habitantes, no había mucha población, es así que
entre ir y venir de la escuela con los equipos guardados de mis padres y de la
misma manera la música, empecé a tomar cosas de ellos para ir oyendo, verlo a
mi hermano que era gustoso de la música Rock, quería ver qué es lo que a mí me
gustaba, habían una infinidad de cartones repletos de cassettes, cajas repletas
de acetatos, es así que entre rebuscar una que otra cinta o Lp hallábamos con
mis hermanos música que nos gustaba, habían portadas de Funk de Jazz, de Soul,
de Rock, de Baladas en Español, por poner varios ejemplos, fue una mezcla de
ritmos lo que a mí todo me influenció en la música, oír a Michael Jackson en
ese entonces cuando fue parte de Jackson Five creo que en un inicio me llamó la
atención por el baile, pero fue realmente cuando en VHS ver algunas cintas como
BeatStreet y Breakin cuando descubrí qué es lo que yo tanto deseaba hacer, en
un inicio después de ver esas cintas quería ya con 9 años empezar con el baile,
pasé por ese elemento, luego conseguí unas tornamesas, jugaba con experimentar
ritmos y mezclas, pasé por el graffiti, pero ninguno de esos elementos me llenó
tanto como oír la música y empezar a rebuscar cassettes y lps con los ritmos
que empezaron a llamar mi atención, es así que ya en el barrio años más
adelante aún siendo un adolescente empezaron a llegar cintas de otros países
con temas del Rap en Español, otros que venían en inglés, y fue así que en la
búsqueda de música y mucha sin saber el contenido lo conseguíamos y la
empezábamos a distribuir de copia en copia a cambio de ropa, zapatillas, baggys
y capuchas, me llegaron cassettes de artistas de Puerto Rico, Brewley, Piro JM uno
de los primeros que tuve, Lisa M, Figgy ID, Vico C, y otros que empezaron a
salir, así llegaba la música y muchas veces por gente que venía de EEUU y traía
y dejaba en el trueque o por regalos bajo pedido, y cuando menos uno se esperó
esto comenzó a gestarse, de pronto esto ya no era solo en mi barrio, sino que
de otros barrios venían a mi casa a pedír música bajo el trueque, y así se dió
este inicio de una primera fase de la revolución Hip Hop que nació de esta
manera y como yo la recuerdo y sobre todo como la experimenté.
Submundo do Som - ¿Cómo conociste el Hip Hop?
Luego de haber pasado esta primera fase, empecé
a salir por el barrio a difundir y a continuar en la búsqueda de más y más
música cada día, se hizo un hábito era un adicto a esta forma de vivir, maníaco,
tenía esa maña, entre oír, vivir, estudiar y compartir esas experiencias como
mis primeros amigos del barrio al que yo fui a vivir a temprana edad,
comenzamos a ver una ola de pandillas que empezaron a surgir, y ver la maldad y
la violencia del tiempo, hacía que nuestro despertar en la adolescencia sea
difícil de vivir y salir ileso de aquellos tiempos, muchos pasaron por etapas
de la droga y alcohol, muchos amigos emigraron de Ecuador y otros sin saber por
qué murieron víctimas de las calles del barrio, es así que viendo la realidad
de la vida decido juntarme en varias pandillas de aquellos tiempos, ya
adentrado en ese mundo pasé por todo lo que nadie desearía vivir, huir de la
ley, estar en enemistad por varios barrios, y hasta poner en peligro mi vida, es
así que años más tarde teniendo ya con unos 15 ó 16 años intentando dejar las
pandillas, decido empezar a escribir mis experiencias de vida, y de esta manera
me nace la idea de crearme un grupo para soñar con un escenario y con el
micrófono ante el mundo, estar en Ecuador y adolescente con problemas, a medio
estudiar, y con este duro sueño le cuento este soñar a un amigo cercano de mi
casa, y decidimos crear este proyecto, antes ya había experimentado esto de
improvisar por primera vez en fiestas underground por varios barrios de Quito,
con un grupo que fue parte de la historia llamado Wu Tang Clan y un amigo con
el que pasé mis primeras experiencias en la música llamado David Imba o cómo le
decían Pipón. Ya con mi otro amigo decidimos crear el primer proyecto que se
llamó 18:49 él junto a otros amigos de su colegio fundamos este grupo pero no
sé logró consolidar, por la misma razón, lo difícil de poder buscar el
instrumental o quién cree la música para ese entonces, solíamos rapear o
improvisar nuestras primeras letras en los breakbetas libres de artistas de Rap
de Estados Unidos encima de esas cintas que no tenían grabación. Así más adelante nació otro grupo junto a
otro amigo que se llamó La Pureza en esta etapa se logró crear más canciones y
ganar mayor experiencia en el sueño que teníamos, es así que ya con casi 18
años yo decido traer a otro amigo junto a los demás fundé el grupo ASFALTO, ya
con Beats y letras que tenían gran contenido e impacto, el público que ya
conocía de este movimiento y en nacimiento, empezamos a rapear en todas las
discotecas de Quito, en especial en los antros de prostitución antes de que
Ecuador pase por una fase de dolarización, es ahí, que culmina una etapa dura
de aprendizaje y de enseñanza por todo lo que ya había vivido, pasado por todas
las cosas mencionadas. Ya para el año 2000 nace el nuevo proyecto el cuál fue
más serio y en el que duré 22 años antes de dejar ahí esta otra etapa. Desde
que el 2000 al 2022.
Submundo do Som - ¿Cuales son tus influencias musicales ? ¿Y que
te inspira a crear tus letras?
Mis influencias musicales desde temprana edad ya lo mencioné, creo que el estar constantemente en medio de un círculo familiar musical, eso dejó marcado en mi interior desde la infancia ese gusto por saber de la música, mis influencias desde aquel impacto en ese evento junto a Daniel Santos me dejó la huella de saber que había una Isla llamada Puerto Rico que tenía todo lo que a mí siempre me gustó el Hip Hop y la buena música. Lo que me inspira y me ha inspirado crear mis letras para todas mis canciones siempre han sido ver las dificultades de la vida, las cosas por las que he pasado, ver las injusticias y las decepciones de la vida, hay tantas cosas que me han inspirado escribir hay creo de todo tipo de sentimientos por los que he pasado, sentimientos de amor y odio, pero ahí están las ideas constantemente latentes en mi cabeza ronroneando salir al papel jaja (risas)
Submundo do Som - ¿Cómo viste la llegada del Hip Hop al Ecuador?
¿Cómo fueron los primeros años de esta cultura en tu país?
El proceso de los inicios en el Ecuador como ya
lo comenté en las anteriores preguntas creo yo para todos los artistas que
estuvieron antes de mi, durante y después el panorama no ha cambiado Ecuador es
un país con otro tipo de ritmos que siendo autóctonos no dejan salir a la luz
el Hip Hop, pienso yo que será de la
manera underground, hoy en estos tiempos de tecnología nunca se podrán comparar
con lo que yo viví, no puedes comparar a un grupo de ahora que tiene todo
escribir, grabar, en un papel mentir que vivió la calle, con toda la tecnología
a la mano, las mejores cámaras filmarse y decir yo soy Hip Hop, cuando el
verdadero Hip Hop es quién a pesar de los años y auque sin ver frutos despues
de tantos años de entrega uno recuerda con nostalgia como fue que se gestó,
intentando grabar de manera casera, extrayendo tiempos musicales de cintas
viejas de artistas de Rap de EEUU, tocando puertas de Djs que no eran del
movimiento sino muchas veces Djs de música House, Techno y de Rock, eso es como
fueron los comienzos, todos los grupos que estuvieron en un inicio pasaron esas
fases, ver cada dificultad nos hacía movernos de un lado a otro por intentar
grabar y mientras lo hacíamos de party a party underground no se dejaba atrás
la maña de ir consiguiendo música, de ir mostrando el talento y sobre todo de
ir dejando las primeras huellas, de lo
que se logró en un inicio.
Submundo do Som - En noviembre de 1999 formaste el
grupo RANSA Company, en el barrio de Carapungo, en Quito, ¿no? Cómo fue ese
período y quiénes formaban parte del grupo y, por favor, explique el
significado del nombre.
Para este tiempo ya habíamos dejado atrás los
grupos que te comenté en un inicio, dejar atrás ese gran enseñanza por cada
grupo que se logró consolidar como fue 18:49, La Pureza, Asfalto y empezar este
proyecto nuevo y más serio ya para comienzos exactamente del 2000 con toda esa
experiencia desde la infancia, la adolescencia hizo que este proyecto sea más
duro y de permanencia, somos el grupo que en Ecuador tuvo mayor trayectoria
discográfica, desde el 2000 hasta el 2014 pasamos por un gran aprendizaje en lo
que fue ya la etapa de creación musical y producción, en 14 años de agrupación
ya teníamos 10 discos, auque jamás dentro de ese tiempo hayamos hecho un solo
vídeoclip a excepción de otros colegas que fuera del grupo lo hicieron más
adelante, auque en los inicios de Ransa si existen vídeos caseros que se
lograron hacer de la manera casera y con los primeros programas de edición.
Ransa significa : REVOLUCIÓN ARTÍSTICA NACIONAL
SOCIEDAD ANÓNIMA.
Los Mcs que formaron parte de este proyecto
está el productor Has, El Viejo Alka, Lebu, Nico e Iguana Mc y más adelante a
partir del 2007 se uniría un integrante más llamado Hopper. Aunque dentro de la
Ransa en la rama de nuestra producción salieron muchas agrupaciones, solo que
por cuestiones de la vida dejaron la vida musical aunque otros continúan pero
saben que pertenecieron a la Ransa y a la creación de este duro proyecto.
Submundo do Som - ¿Qué dirías que fue lo más increíble
en todos estos años en el Hip Hop, en toda tu trayectoria, canciones lanzadas,
conciertos realizados, qué destacarías?
Pienso que todo lo que he vivido desde que me
inicié en el Hip Hop ha sido importante para mí, no dejo nada del pasado que no
me haya servido hoy en estos tiempos, como lo dije ya con casi 40 años lo más
lindo del Hip Hop es que no hay edad para ser Hip Hop, pero ser significa
serlo, vivirlo y experimentarlo, eso no es lo mismo a disfrazarte, creo que lo
más increíble que me ha pasado es que dejando a un lado mi faceta como Mc de
Ransa y de mi larga y continua trayectoria, es que opté por manejarme con la
misma pasión, nunca he dejado la "Maña" de seguir coleccionando
música, amo el Jazz, el Blues, El Soul, lo Country la música Gospel, estoy todo
el tiempo en la música, es así que sin salirme de la línea de tu pregunta lo
más increíble ha sido que por mi conocimiento en este duro elemento del Hip Hop
la sabiduría, elaboré una página a la
que en memoria a mi infancia la denominé *Long Play And Cassettes - Raíces del
Rap en Español y del Mundo, me tomé un tiempo fuera de los escenarios para
revivir los inicios del Rap en Español de todas partes del mundo, es así que
empecé a contagiar este sentimiento de Hip Hop a todo el mundo así como lo hice
años atrás antes de la tecnología en las calles y lo increíble está que lo que
no logré muchas veces con mi propia música logré por mi conocimiento musical,
entre publicar y publicar mis conocimientos de artistas en mi página empecé a
ir descubriendo a cada artista, ponía una biografía y era el mismo artista
quién me respondía, es así que hoy por hoy bajo esta etapa en la que estoy como
activista uno de los más importantes de Ecuador he logrado reunir a todos los
pioneros del Rap en Español y de otros países más, y sobre todo los que tienen
que ver con el Rap en Español y es más pronto salen muchos proyectos
internacionales, se vienen muchas producciones de las leyendas, y bastantes
cosas, para los verdaderos amantes de una cultura que siempre la he respetado con todo mi corazón y ese es el Hip
Hop.
Submundo do Som - ¿Cómo ves la escena Hip Hop en
Ecuador? ¿Los medios cómo la TV o la radio prestan atención al rap? ¿Existen
sitios web y blogs de Ecuador que ayuden a contar la historia y registrar la
escena de su país? Si es así ¿podrias decir cuales son?
La escena del Hip Hop desde cuándo yo lo viví
en su pleno nacimiento, y verlo ahora en parte de da mucho gusto, porque ver
que de tres luego cinco y después unos siete grupos iniciales nació toda esta
revolución, no puedo desmerecer nada de todos los que han estado también desde
un principio, creo que todos de alguna manera han aportado con ese algo para
que el Hip Hop de Ecuador sea ese algo que está por suceder, en un inicio desde
Cheche, Au-D, La Colección, RTV, Son Latino, entre otros y pasar por una serie
de etapas en la música, ha sido demasiado duro honestamente para todos, pienso
yo que si dejarán la mayoría a un lado esa mierda de ego de "yo soy el
primero o yo estuve antes" esto del Hip Hop de Ecuador tuviera otro
concepto, Jeff no me censures mis
palabras, es mi sentir si cambias ese sentir no me estás dejando ser Hip Hop,
eso es ser Hip Hop aún sin estar en el escenario y sin el micro, lastimosamente
mi país pasa por esa fase de a mierda y nadie quiere ver a nadie triunfar y
todos están atácandose siendo gangstas como en un vídeo juego jaja todos son
malos, pero si vivieran la música o por lo menos intentarán retomar sus
carreras con el mismo sueño de cuando empezaron las cosas cambiarían, pero lo
que yo veo de la vieja escena es a una manada de frustrados que ya no hacen
nada, cosa que cuando yo hablo con mis colegas Iniciadores de otros países a
pesar de algunas diferencias son o intentan ser unidos en el sentido de hacer
crecer a Ecuador como un país de Hip Hop, pero las cosas son así y el que me
lea no me dejará mentir.
Creo que con el tema de los blogs y eso está
demás ya que con la tecnología a la mano de
creo que todos ni por qué tienen al señor Google son capaces de
informarse, tienen a Youtube y menos optan por aprender el Hip Hop eso es
aprendizaje y enseñanza van de la mano. Una de las páginas que pueden buscar en
FB a lo modo virtual es la mía la más completa con biografías artísticas y a su
vez hecha con artistas de Hip Hop la pueden buscar en facebook como Long Play
And Cassettes Raíces del Rap en Español y del Mundo
Con lo de los medios tv y radiales hay
ocasiones en que rara vez sacan al talento del Hip Hop acá o como en cualquier
país están contaminado al menos la juventud por ese invento llamado Reggaeton.
Jaja (risas)
Submundo do Som - ¿Hoy en el mundo entero atraviesa
una gran crisis politica pues especialmente nuestra america latina ha estado
sufriendo mucho ¿Cual es el papel del rap y el Hip Hop en este contexto politico?
La gente debido a esto ha pasado momentos
duros, no vayamos lejos lo que vivió mi país el cambio de la moneda del sucre
al dólar, la emigración, allá por los 2000 durante todo ese tiempo y desde más
atrás hemos venido siendo víctimas del sistema,
estamos atrincherados pero jamás gobernandos por un montón de soldados
que dicen que la muerte es suerte.
Ahí está en la actualidad el vivo ejemplo de
una dictadura como la de Venezuela ver a un país que fue rico y lleno de gente
trabajadora y progresista hoy verlo en la mendicidad por todas partes de
Latinoamérica pudiendo ayuda a cada pueblo. El Hip Hop en este contexto lo que
hace es reclamar nuestros derechos a través de la música una manera de llegar a
los pueblos es no olvidando que un pueblo en la misma sintonía es un pueblo
armado y unido, jamás debemos permitir que el sistema nos silencie y peor nos
separe, si pasa eso es como que alguien intente decirte vos no eres Hip Hop,
harías caso a eso?
Submundo do Som - ¿Ves alguna diferencia entre el Hip
Hop ecuatoriano y el resto de Latinoamerica?
Claro, la diferencia ya lo puse en cada país
hay enemistad, egocentrismo, como también hay unión de nación y nación sin ir
lejos yo logré reunir a toda una Latinoamérica de Hip Hop y mucho más, y voy
por lo más duro unir a mi país, ese es mi mayor reto, atreverles a soñar y que
crean en su trabajo será duro pero no difícil para mí para el Viejo Alka...
Jaja (risas)
Submundo
do Som - ¿Sabes algo de rap o musica brasileña?
Pues he conocido muy poco y creo que
honestamente lo único que he oído más por concepto de bases musicales, ritmos y
de antigüedad es el compilado Cultura de Rúa, que sino estoy equivocado es la
conformación de varios grupos Iniciadores del Rap en Brazil y salen bajo el
nombre de Cultura de Rúa, algo así como en un compilado, recuerdo la portada
salen varios MC’s contra la pared en una vieja calle o algo así, si estoy
equivocado me lo dices por llamada...jiji (risas)
Sé que hay mucha cultura en Brazil y también
desearía aprender mucho de allá y estoy listo para cualquier nuevo featuring el
Alka siempre yendo más allá. Vamos a fuego Jeff!! Ecuador represento.
Submundo do Som - ¿Indique artistas ecuatorianos de
rap u otros estilos, para que los brasileños los conozcan tambien?
Vamos claro que sí, si mis colegas me leen sabrán que yo jamás desmerezco el esfuerzo que han hecho pero si no los menciono sería como caer en ese egocentrismo que muchos tienen, y ser diferente a los demás está la excepción, pueden oír a TNB, Tzanta Matantza , HHC, dos balas, xtintos, sechta flava, equinoxio flow, latino flow, two face, shadow squad, koston mc, cheché aud, gerardo mejía, hay muchas bandas que han salido recién y tienen talento, pero los que menciono han estado con mi vieja bandola la RANSA COMPANY en flyers desde los inicios, a otros no les menciono por qué salieron después y hay que darles privilegio a los que estuvieron ahí en la fundación. Y si me olvido de uno que otro artista me sepan disculpar, bueno cuando menciono a Ransa le quiero mandar un saludo a todo el árbol rapqueológico que en un inicio se fundó. En fin, que viva todo el Ecuador Hip Hop.
Submundo do Som - ¿Que sueños aun quieres cumplir en
la musica?
Mis sueños musicales siguen siendo los mismos,
o sea mantenerme con vida y seguir disfrutando de la música, ya con esta edad y
soñar en ser famoso no creo jaja pienso que mi talento está ahí sigo con las
rapeadas pero si se lograra dar algo musicalmente estaría feliz si logro pisar
Puerto Rico.
Musicalmente me gustaría consolidar un evento
Internacional con todos los pioneros aprovechando la gran amistad que tengo con
toda una entera Latinoamérica, ha sido duro lo que logré, pero creo que eso fue
más que un sueño cumplido estar con todos esos exponentes que salieron con Hip
Hop en los 80s es lo máximo y más allá como por ejemplo hablar con Mr Shick The
Mean Machine por teléfono hace que mi vida no sea igual que la de los demás, a
veces pienso que lo que sueño ya lo hice, pero no está demás en ver en qué más
se puede lograr...el Hip Hop es así te sorprende cada día más.
Submundo do Som - ¿Que mensaje dejas para quienes nos
acompañaron? ¿Cuales son los medios de comunicación o sea redes sociales?
Bueno lo único que quiero es darte las gracias
a ti Jeff por tomarme en cuenta por tu apoyo, gracias por esta gran
entrevista, nunca desmayes por lo que
tanto amas hacer, aprovecho para mandarle antes que nada un fuerte abrazo a
quién nos puso en contacto al Doctor Martin Biaggini, hombre intachable y sabio
del Hip Hop, lo aprecio mucho, un fuerte abrazo para todo el movimiento Hip Hop
mundial, saludos a mi grandes amigos de Latinoamérica a los pioneros de cada
país, a los que han creído en mi trabajo, en mi esfuerzo, también aprovecho
para darle un saludo que quede de huella en el tiempo para mis hijos lo más
lindo que tengo a mi ya Universitaria hija Valeryn que Dios te bendiga hija, tú
también serás una estrella naciste artista cumple tus sueños amor, a mi hija
Dominique que Dios la cuide y que culmine su primera etapa escolar aquí está
papá, a mi hijo Rock el heredero del micrófono hijo si un día me lees tienes
este trabajo para ti mantener vivo el gran legado que yo tengo mantener vivo el
Rap en Español y del Mundo. Si gustas ser artista Hip Hop no me enojo jaja,
amor y paz para todos, gracias a mis padres, hermanos, amigos, amigas,
fanáticos y familia. Gracias a todos. Arriba el Hip Hop de todo el mundo,
gracias Brazil aquí está a las órdenes este humilde servidor llamado el VIEJO
ALKA fundador de la agrupación RANSA COMPANY y esperen lo nuevo que se viene en
esta otra nueva etapa bajo el nombre de 0 %Novesterol lo nuevo que se viene del
Hip Hop de Ecuador junto a mi productor Has desde Italia el nuevo disco, les
dejo con esa expectativa y con lo nuevo de mi programa de Rap llamado Long Play
And Cassettes que deja lo virtual para salir al aire con todos los artistas.
Gracias Mcs, Bboys, Bgirls, Djs, Writters. Y conocedores del Hip Hop. Saludos
al arqueólogo del Rap a mi hermano del México un sabio el Carlos Barajas.
Arriba el Hip Hop. Gracias por todo.
Contactos:
Facebook:
Página: Long Play And Cassettes - Raíces del
Rap en Español y del Mundo.
Facebook personal: Alexis
Fabricio (ViejoAlka)
Número celular : (+)
±5930960053902
Youtube:
Ransa Company.
Viejo Alka.
Bless.
Postar um comentário
0Comentários