Submundo do Som - Em primeiro lugar, muito obrigado por trocar
essa ideia com o Submundo do Som. Por favor, gostaria que você começasse se
apresentando, quem é o Nan?
Nan
– Eu que agradeço o interesse pela minha pessoa. Nan nasceu na Argentina,
Posadas Misones em 28 de dezembro de 1973, sou pioneiro e referência da cultura
Hip Hop uruguaia com mais de 30 anos no movimento, filho de pais guerrilheiros
e artistas (que foram fundamentais para a minha educação e para a minha forma
de ver a vida a partir de todo o amor que me deram), exilado durante 14 anos na
Dinamarca, na Europa, onde passei toda a minha infância até aos primeiros anos
da minha adolescência e lá foi onde conheci o Hip Hop e o rap. O Hip Hop foi em
84 e rap em 86, me apaixonei e me encontrei na cultura que levei para o Uruguai
e acho que isso foi a única coisa que me ficou da Dinamarca. Eu sempre digo que
estava no momento e na hora certa, porque naquele tempo não havia a comunicação
que existe agora entre os continentes e nem tanto entre as pessoas, no Uruguai as
coisas chegavam muito mais tarde do que nos outros países, e por esse simples
fato eu me informei e fiquei uns dez anos adiantados consumindo a cultura que
seria popular nos anos 90 no Uruguai, que é a primeira explosão do Hip Hop. Resumindo,
conheci Public Enemy com o álbum Bum Rush The Show do ano de 87 e ali entendi
que a conexão que eu tinha com o rap e o Hip Hop era de identificação coma as
pautas e a luta exigindo direitos, vi que eles expressavam as injustiças e sua
rebeldia (ainda na Dinamarca). Em dezembro do ano 87 eu vou para o Uruguai, one
tenho a ideia de formar um grupo de rap, e assim nasce o V.D.S. (Victimas Del
Sistema), a primeira banda de rap do Uruguai, isso em 1989
Com
apenas 16 anos, você sabia o que queria, eu queria ser rapper e fazer crescer a
cultura Hip Hop no Uruguai, acho que só me define como alguém que dedicou sua
vida e contribuiu para que a cultura Hip Hop no Uruguai pudesse ter uma
identidade uruguaia que sempre foi meu objetivo.
Submundo do Som - Quais são as suas primeiras memórias musicais
e como a música entrou na sua vida? E como você descobriu sobre o Hip Hop?
Nan
- Minhas primeiras memórias musicais seriam a década de 1980 com Kiss And Kim
Wilde, ou seja, sempre fui muito avançado em matéria musical e sempre rodeado
de música, mas não imposto, ou seja, não ouvia o que meus pais ouviam, mas o
que eu gostava, sempre ouvia tango (Gardel, Julio Sosa) ou folclore
(Olimareños, Sabalero, Viglietti, Mercedes Sosa) que era o que se ouvia em casa
ou algo de Julio Iglesias, Roberto Carlos etc.
À
medida que a música entrava na minha vida, acho que foi algo definitivo quando
comecei a ouvir Duran Duran, Wham ou Depeche Mode ebtre 82 e 85 lá fora, aí eu
entendi que algo na música ia fazer eu não sabia disso mesmo, mas eu sabia que
queria fazer arte e principalmente na música, lembro que comecei a ter aulas de
violão numa época, mas não durou muito.
Com
o Hip Hop a primeira lembrança que eu tenho foi com o pessoal do Rock Steady
Crew com a canção “Hwy You” no ano 84, que me fez querer dançar breaking com
meu melhor amigo Bent Brickmann, era o que todos os garotos da nossa idade faziam
e isso durou até o ano de 85, o breaking trouxe os óculos tipo robô, as luvas
brancas, o chapéu e a lona para dançar, que eu guardava debaixo da minha cama.
Submundo do Som - Quais são suas influências musicais? E o que
te inspira a escrever suas canções?
Nan
- Minhas influências musicais são Public Enemy, Cypress Hill, 2Pac e finalmente
o Outlawz que acho que hoje são as que mais me influenciaram ao longo do tempo.
E
a inspiração para fazer músicas vem de tudo e depende da sensibilidade de cada
um, ou seja, tenho uma certa sensibilidade para escrever sobre questões sociais
e políticas ou questões da vida do bairro, por exemplo, mas no geral tudo me
inspira e acredito que tudo é válido para poder se expressar e criar arte.
Submundo do Som - E como surgiu o grupo V.D.S.? E por que
D-Mente?
Nan
- O grupo VDS surgiu no ano de 89 e foi o encontro de OSKi (Oscar Romero) e
Nan, tudo começou como uma amizade no ano de 88 onde comecei a envolver mais o
Oscar na música que trazia da Dinamarca e o que era sobre Hip Hop, então
tivemos a ideia de criar o VDS.
Porque
D-Mente é simples inspirado em Chuck D, eu olhei em volta e D-Mente (Daniel
Mente) apareceu.
Submundo do Som - Em 1995, o V.D.S, lançou seu primeiro álbum,
uma demo com quatro faixas, certo? Quais eram as dificuldades da época para
conseguir levar a música para as ruas?
Nan
- Na verdade, te corrijo! Lançamos um álbum compartilhado no início do ano 95
junto com os outros pioneiros do rap uruguaio, Fun You Stupid, onde colocamos 2
ou 3 músicas cada um e logo após, na metade do ano de 95 lançamos nossa
primeira cassete como V.D.S. sozinho, e ai sim lançamos essas quatro faixas.
As
dificuldades eram de estar em um país que não conhecia o estilo musical nem
sabia nada da cultura Hip Hop, esse foi um dos maiores trabalhos sociais que
fizemos.
Espalhamos
o Hip Hop pelos bairros e levamos a cultura para a periferia, porque o que
aconteceu naqueles anos foi que um grupo muito seleto de pessoas que podiam
descobrir e conseguir o material musical por ter condições, ou então havia
alguém que morava no exterior e mandava coisas ou tinham dinheiro para poder
viajar, ou como meu caso o retorno dos exilados
A
ideia é que essa era uma cultura de todos e não de poucos.
Submundo do Som - E diga-me o que era e como surgiu o Sucadas
en Guerra?
Nan
- Suadcas en Guerra foi o primeiro coletivo de Hip Hop existente no Uruguai
criado pela V.D.S., começou como um coletivo, mas rapidamente se tornou uma
crew composta dos 4 elementos, é por isso que no primeiro álbum Sudacas en
Guerra vol 1, Sudacas aparece como um coletivo, mas depois nos demais álbuns
que são lançados, eles formam um grupo.
Suadcas
são os arquitetos da nova escola de rap e Hip Hop do Uruguai que começou lá no
ano 2000 e foram fundamentais para que ela se formasse e crescesse.
Tanto
é que em 2019 sai o primeiro documentário de Hip Hop do Uruguai com o nome de
um dos temas dos Sudacas “Así es mí Barrio, así és mí vida” que é considerado
um dos temas clássicos do rap uruguaio.
![]() |
Capa do álbum Sudacas en Guerra |
Submundo do Som - Em 2019 foi lançado o documentário “Así es mi
Barrio” sobre o início da cena Hip Hop uruguaia. Como você viu esse trabalho?
Gostou do filme?
Nan
– Esse não é um documentário sobre o início do Hip Hop uruguaio, há alguns
dados de como o rap começa, mas muito pouco (ou seja, para ser Hip Hop são 4
elementos) e o triste neste documentário é que ele não fiel ao que aconteceu,
ao contrário, faltaram muitas pessoas importantes e fundamentais, diria que foi
mais do que qualquer coisa uma promoção ao que aconteceria um mês depois, que
foi um evento de Hip Hop criado pelo governo da época, a FA (Frente Ampla – é
preciso dizer que o documentário é feito pela TV Ciudad que é o canal do
governo e também administrado pela Frente Ampla), e aí cada um que tire suas
conclusões.
Acontece
que quase todas as bandas promovidas no documentário (na última hora do doc
acontece uma promo gigante), se apresentaram no evento, ou seja, mais do que um
documentário foi uma divulgação do que ia acontecer no teatro de verão.
Ainda
tenho o gosto amargo de ser um estudante da nossa cultura e de que dei a eles
todos os dados para que fizessem um trabalho impecável e a verdade é que
fizeram o que queriam, mas digo que a vida sempre dá voltas.
Submundo do Som - Como você vê a cena Hip Hop no Uruguai? A
mídia, como a televisão ou o rádio, dá atenção ao rap? Existem sites e blogs
que ajudam a contar a história e registrar a cena em seu país? Se sim, você
poderia dizer quais são?
Nan
- Eu vejo com bons olhos a cena do Hip Hop uruguaio, ela cresceu, está
amadurecendo em todos os aspectos, obviamente não com a essência do Hip Hop
como os anos 80, acho que os bboys e bgrils ainda mantêm a chama viva na
cultura Hip Hop.
Coisas
comerciais acontecem na televisão e no rádio, mas eles realmente ainda não
sabem distinguir o que é rap e o que é Hip Hop, ou seja, algo muito básico,
então me dá a entender que eles não sabem muito bem sobre cultura e apenas
promovem o que os torna lucrativos.
Submundo do Som - Nan você, sendo um dos pioneiros do Hip Hop
no Uruguai, quem pavimentou o caminho que muitas pessoas andam hoje, como você
vê o panorama atual e a nova geração?
Nan -
Olha, eu não vejo mal a nova geração e que eles façam o seu próprio caminho, é
bem em pelo contrário, estou sempre motivando os mais novos (claro que gostaria
que tudo fosse menos violento, mas isso é o mundo que eles deixaram para os
jovens só acredito que eles mostram o que é e como se expressam). Eu sempre
deixo óbvio para eles a importância do conhecimento e saber por que, como,
quando, onde e quem das coisas, é por isso que o conhecimento é importante
porque permite que você conheça e com conhecimento permite que você crie sua
história e se você cria sua história passa a ter uma identidade. É isso que é.
(quando falo de sua história, estou falando de todo o processo do Hip Hop
uruguaio).
Submundo do Som - Mais de 20 anos depois, a América ainda segue
com um revólver na nossa nuca?
Nan
- Sim, não só América, mas o mundo continua com um revólver na minha nunca!
Submundo do Som - Hoje o mundo inteiro vive uma grande crise
política, mas principalmente a nossa América Latina tem sofrido muito. Qual é o
papel do rap e do Hip Hop neste contexto de caos político?
Nan
– O rap e o Hip Hop são ferramentas sociais, entre outras coisas, mas nada pode
resolver se a mudança não estiver dentro de cada um, então acho que o
fundamental é isso, a revolução interna.
Submundo do Som - Você vê alguma diferença entre o Hip Hop
uruguaio e o resto da América Latina?
Nan
– Sim, com certeza, e é notável por que em outros países latino-americanos o
Hip Hop se desenvolveu mais cedo do que no Uruguai e portanto, mais história e
mais identidade, mas lentamente o Hip Hop uruguaio está encontrando
Submundo
do Som - Conhece alguma coisa sobre rap ou música brasileira?
Nan
– Alguma coisinha de Hip Hop: DJ Hum, Racionais MC’s, Gabriel O Pensador, MV Bill
e talvez mais alguns.
Submundo
do Som - Indique artistas uruguaios, do rap ou outros estilos, para que os
brasileiros também os conheçam.
Nan
- Está cheio de artistas recomendados: Vozarrón, IEX, Vita Fatalle,
Coleccionistas de Destinos, Morbuz Zonicko (Skol Moptherfucker), FD, Naicen,
Zeballos, Milli milanss, Gavo, Se Armo Kokoa, Hache, Hasta las Manos e poderia
continuar falando mas os que me vieram a cabeça por hora foram esses, mas
existem muitos mais.
Submundo do Som - Que sonhos você ainda deseja realizar na
música?
Nan
- Fazer uma música com Chuck D certamente realizaria um sonho, e se eu puder
dizer que já realizei um sonho dentro do rap que foi gravar uma música com o
Outlwaz (a banda criada por Tupac) e participar do álbum dele, o Outlawz Nation
Vol 6 no ano de 2019.
Submundo do Som - Por fim, que recado você deixa para quem nos
acompanhou? E quais são os meios de comunicação? as redes sociais?
Nan
– A mensagem final é que a vida é mais importante do que qualquer outra coisa,
então aprecie-a e tire proveito dela.
Canal
do Youtube: Indoblegable Music
Instagram:
@nanindoblegable
______________________________
En Castellano
____________________________
Submundo do Som - En
primer lugar, muchas gracias por conversar con Submundo do Som. Por favor, me
gustaría que empezaras presentándote, ¿quién es Nan?
Nan
- Gracias a uds por el interes y les cuento
mi nombre es Nan nacido en Argentina, Posadas Misones el 28 de diciembre
del año 1973 pionero y refente de la cultura hip hop uruguaya con más de 30 años en la cultura hip hop, hijos de
padres guerrilleros y artistas (que eso
ha sido fundamental para mi educacion y mi manera de ver la vida aparte de todo
el amor que ellos me dieron) , exiliado por 14 años en Dinamarca, Europa donde
pase toda mi infancia hasta los primeros años de mi adolecencia ahi fue donde
conoci el hip hop y el rap, el hip hop fue en el 84 y el rap en el 86 que me
enamoro ese enecuentro con la cultura fue lo que me traje a uruguay fue lo
unico que realmente me quedo de Dinamarca siempre digo estuve en el momento
justo con lo justo, porque en esos momentos no existia la comunicacion que hay
hoy en dia entre los contienentes ni entre las personas tan asi que Uruguay era
un pais donde todo llegaba mucho más tarde, por esa simple cosa me permitio
estar unos 10 años adelantado a lo que se vendria despues en los 90 en uruguay
que es la primera explosion de hip hop.
pero bueno en resumidas cuentas conoci a public enemy con el disco bum
rush the show año 87 y ahi entendi el nexo que tenia con el rap y el hip hop es
decir me identifique con ellos con su lucha y como exijian sus derechos y expresaban
las injusticias y su rebeldia (eso todo fue en Dinamarca) en Dicembre del año
87 llego a Uruguay donde ya venia con la idea clara de querer formar una banda
de rap y asi nace V.D.S. (Victimas Del Sistema) la primer banda de rap en
uruguay en el año 1989
Con apenas 16 años ya
sabia lo que queria, queria ser rapero y hacer crecer la cultura hip hop en
uruguay creo que eso me define como alguien que
ha dedicado su vida y ha aportado
para que la cultura hip hop en uruguay tuviera una identidad uruguaya
que ese siempre ha sido mi objetivo.
Submundo do Som - ¿Cuáles son tus primeros recuerdos musicales, cómo llegó la música a
tu vida? ¿Y cómo conociste el Hip Hop?
Nan
- Mi primeros recuerdos musicales seria años 1980 con kiss y kim wilde es decir
siempre fui muy adelantado en materia musical y siempre rodeado de musica pero
no impuesta es decir no escuchaba lo que escuchaban mis viejos sino lo que me
gustaba simepre igual le prestaba oido al tango (gardel, julio sosa) o al folclore (olimareños, sabalero,
viglietti. mercedes sosa) que era lo que se escuchaba en casa o algo de julio
iglesias o roberto carlos etc.
Como llega la musica a
mi vida creo que fue algo difinitivo cuando empece a escuchar Duran Duran, wham
o depeche mode 82 al 85 por ahi, ahi entendi que algo en la musica hiba a hacer
no sabia que aun pero sabia que queria hacer arte y sobre todo en la musica, me
acuerdo que empece a tomar clases de guitarra en un momento pero duro poco.
El hip hop el primer
recuerdo asi que tengo fue con rock steady crew con el tema hey you en el año
84 que me hizo querer bailar breaking junto a mi mejor amigo bent brickmann
pero era lo que hacian todos los chicos de nuestra edad habra durado hasta el
año 85 el breaking igual llegue a tener los lentes finitos tipo robots, lo guantes
blancos, gorrito y la lona para bailar
que la guardaba bajo mi cama.
Submundo do Som - ¿Cuáles son tus influencias musicales? ¿Y qué te inspira a escribir
sus canciones?
Nan
- Mis influencias musicales son Public
Enemy, Cypress hill, 2Pac y por ultimo los Outlawz que creo que hoy en dia son los que mas me han
influenciado atra ves del tiempo.
Y la inspiracion a
hacer canciones viene de todo depende de la sensibilidad de uno es decir yo
tengo ciertas sensiblidad a escribir sobre temas sociales y politicos o temtica
de la vida barrial por ejmplo pero en rasgos genrales todo me inspira y creo
que todo es valido para poder expresarte y crear arte.
Submundo do Som - ¿Y cómo surgió el grupo VDS? ¿Y
porque D-Mente?
Nan
- El grupo VDS surge en el año 89 y fue el encuientro de OSKi (oscar romero) y
de Nan todo empezo como una amistad en el año 88 donde empece a involucrar mas
a oscar en la musica que habia traido de dinamarca y de que se trataba el hip
hop y asi llegamos a la idea de craer VDS
Porque D-Mente es
sencillo inspirado en Chuck D le busque la vuelta y salio D-Mente (Daniel
Mente).
Submundo do Som - En 1995, V.D.S, lanzó su primer disco, un demo con cuatro pistas,
¿cuáles fueron las dificultades en ese momento para sacar música a las calles?
Nan
- te corrijo sacamos un disco compartido a principios del año 95 junto a los
otros pioneros del rap uruguayo Fun you Stupid donde pusimos 2 o 3 temas cada
uno y recien pasando la mitad del año 95
sacamos nuestro primer cassstte como VDS solos que ese si tenia 4 temas.
Las dificultades como
podia haber en un pais que no conocia el estilo musical ni sabia nada sobre la
cultura hip hop que ese fue uno de los mas grandes trabajos sociales que
hicimos
desparramar el hip hop
por los barrios llevar el hip hop a la periferia porque lo que pasaba que en
esos años era un grupo muy selecto de gente que podia informarse y conseguir el material musical o tenias
alguien viviendo en el exterior que te mandaba cosas o tenias plata como para
poder viajar o como mi caso la vuelta de los exiliados
La idea es que esto
fuera una cultura de todos y no de unos pocos.
Submundo do Som - ¿Y conta-me qué fue y cómo surgió Sucadas en Guerra?
Nan
- Suadcas en guerra fue el primer colectivo hip hop que exitio en uruguay
creado por V.D.S., arranco como una colectivo pero rapidamente se transformo en
una banda formado por los 4 elementos por eso en el primer disco Sudacas en
guerra vol 1 aparece sudacas como un colectivo pero ya despues en el resto de
los disco que SE edito pasa hacer una
banda.
Suadcas son los
arquitectos de la nuevas escuela de rap y hip hop en uruguay que arranca alla por el año 2000 y
han sido fundamentales para que esto tomara cuerpo y creciera.
Tan asi que en el año
2019 sale el primer documental de hip hop en uruguay con el nombre de uno de
los temas de sudacas "Asi es mi barrio, asi es mi vida" que es
considerado uno de los temas clasicos del rap uruguayo
Submundo do Som - En 2019 salió el documental “Así es mi Barrio” sobre el inicio de la
escena Hip Hop uruguaya. ¿Qué les pareció la película?
Nan
- Aclaro no es un documental sobre el incio del hip hop uruguayo, hay cierta
data sobre como arranca el rap pero muy poco
(es decir para ser hip hop son 4 elementos) y lo triste de este
documental es que no es fiel a lo que paso al contrario falto mucha gente
importante y fundamnetal yo diria que fue mas que nada una promocion a lo que
vendria un mes despues que fue un evento hip hop creado por el gobierno de
turno el FA (hay que aclarar el
documental esta creado por TV ciudad que
es el canal departamental tmb manejado por el FA). asi que bueno que cada uno
saque sus conclusiones y da la casualidad de que casi todas las bandas
promocionadas (la ultima hora un promo gigante)en el "documental
aparecienron en el evento" es decir mas que un documental fue una
promocion de lo que hiba a pasar en el teatro de verano a mi me queda el sabor
amargo de que yo si soy un estudioso de nuestra cultura y que les di toda la
data para que pudieran hacer un trabajo impecable y la verdad hiceron lo que
quisieron pero bueno dicen que la vida siempre da revancha.
Submundo do Som - ¿Cómo ves la escena Hip Hop en Uruguay? ¿Los medios como la televisión
o la radio prestan atención al rap? ¿Existen sitios web y blogs que ayuden a contar la historia y registrar
la escena en su país? Si es así, ¿podría decir cuáles son?
Nan
- La escena hip hop uruguay la veo bien, ha crecido esta madurando en todos los
apsectos, obvio que escencia hip hop como la de los 80 creo que los bboys y
bgrils aun matienen la llama viva en la cultura hip hop la televison y radio
pasan cosas comerciales pero realmente aun no saben distinguir que es rap y que
es hip hop es decir algo muy basico por lo tanto que me da a entender que bueno
no saben demasiado de la cultura y solo promocionan lo que les da redito
Submundo do Som - Nan, tú, siendo uno de los pioneiros del Hip Hop en Uruguay, allanaste
el camino por el que hoy transitan muchas personas. ¿Cómo ves el panorama
actual y la nueva generación?
Nan
- mira yo no veo mal la nueva generacion y que hagan su propio camino tampoco
al contrario siempre estoy motivando a los mas jovenes (obvio que me gustria
que todo fuera mens violento pero bueno ese es el mundo que le han dejado a los
jovenes yo solo creo que ellos muestran lo que es y asi se expresan) siempre les dejo en claro la importancia
del conocimiento y saber el porque el
como el cuando donde y quien de las
cosas por eso es importante el conocimiento porque te permite saber y con el
saber te permite crear tu historia y si creas tu historia empezas a tener identidad. que de
eso se trata. (cuando hablo de tu historia hablo del proceso entero del hip hop
uruguayo).
Submundo do Som - Más de 20 años después, ¿América sigue con un revólver en nuestra
nuca?
Nan -
Y si, no solo America el mundo sigue con un revolver en mi nunca.
Submundo do Som - Hoy el mundo entero atraviesa una gran crisis política, pero
especialmente nuestra América Latina ha estado sufriendo mucho. ¿Cuál es el
papel del rap y el Hip Hop en este contexto de caos político?
Nan
- El rap y el hip hop es un herramienta social entre otras cosas pero nada
puede solucionar si el cambio no esta adentro de uno, asi que creo que lo
fundamental es eso. la revolución interna.
Submundo do Som - ¿Ves alguna diferencia entre el Hip Hop uruguayo y de lo restante de
Latinoamérica?
Nan
- Si hay, se nota porque los procesos de muchos paises de america latina el hip
hop tiene más tiempo que el uruguayo y por lo tanto más historia y más
identidad pero lentamente el hip hop uruguayo se va encontrando.
Submundo do Som - ¿Sabes algo de rap o música brasileña?
Nan -
Alguna cosa hip hop: Dj Hum, Racionais MC’s,
Gabriel O Pensador, MV Bill y alguna cosita más supongo
Submundo do Som - Indique artistas uruguayos, rap u otros estilos, para que los
brasileños también los conozcan.
Nan
- Esta lleno de artistas recomendables: Vozarrón, IEX, Vita Fatalle,
Coleccionistas de Destinos, Morbuz Zonicko (Skol Moptherfucker), FD, Naicen,
Zeballos, Milli milanss, Gavo, Se armo Kokoa, Hache, Hasta las Manos y asi
podria seguir y seguir fueron los que se me ocurrio ahora pero hay muchos
más.
Submundo do Som - ¿Qué sueños aún quieres cumplir en la música?
Nan
- Hacer un tema con Chuck D seguro que cumpliria un sueño, lo que si te puedo
decir que ya cumpli un sueño atrvaes del rap que fue grabar un tema con los
outlwaz (la banda creada por Tupac) y aprecer en un disco de ellos outlawz
nation vol 6 en al año 2019.
Submundo do Som - Por último, ¿qué mensaje dejas para los que nos acompañaron? ¿Y cuáles
son los medios de comunicación? las redes sociales?
Nan
- Y el mensaje final es que la vida es más importante que cualquier otra cosa
asi que aprecienla y aprovenchenla.
Canal
Youtube: Indoblegable Music
Instagram: @nanindoblegable
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