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10.03 Dia do Guitarrista - 10 Icônicos Riffs no Rap

Jeff Ferreira
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O dia 10 de março é considerado o dia do guitarrista e apesar do instrumento ser o símbolo do rock n' roll, a guitarra está presente em diversos outros estilos musicais e cada vez mais presente nas produções do Hip Hop. A fusão entre o rap e o rock é gênero bastante conhecido, hora chamado de rapcore, rap metal ou rap n' roll, diversas bandas se popularizaram fazendo essa mistura, nomes como Charlie Brown Jr, O Rappa, Planet Hemp, Nocaute, Faces do Subúrbio, Pavilhão 9 e Chico Science e Nação Zumbi fizeram essa mescla e têm clássicos com o peso da guitarra e versos de rap contundentes.

No entanto, a guitarra também está no rap mesmo quando não há banda, as produções estão cada vez mais sofisticadas e trazem elementos orgânicos em sua construção. Hoje trazemos uma lista de 10 músicas, no estilo rap, que trazem a presença da guitarra em seus arranjos. Se liga:

Gabriel, O Pensador - Até Quando

Em 2001 o rapper carioca lançou seu quinto disco, o álbum Seja Você, Mas Não Seja Sempre O Mesmo, um dos sucessos desse trabalho foi a faixa "Até Quando", música que convida as pessoas a refletirem e buscarem nova postura para suas vidas. E foi ideia do produtor Itaal Shur o uso de guitarras, e o escalado foi Gustavo Corsi, com passagem pela banda Picassos Falsos, formada em 1985, no Rio de Janeiro, e que havia trabalho com O Pensador no disco Quebra Cabeça, de 1997, na música "Eu e a Tábua".




Inquérito - Turbulência

O projeto de Nova Odessa (SP), idealizado pelo Renan Inquérito lançou em 2018 seu sexto disco, intitulado Tungstênio. Nesse álbum, além das diversas participações que por si já traziam uma pegada orgânica, o Inquérito contou com o baixista Marcelo Cruz e o guitarrista Gabriel Adorno, como músicos de apoio em diversas faixas, e até viajaram com o grupo na turnê do álbum, além de participarem do clipe da música "Turbulência", que também conta com a participação do rapper Rashid. Gabriel Adorno deu a música mais peso, com riffs que ajudam a transmitir a densidade que a música quer passar.


Rincon Sapiência - Vida Londa

No disco de estreia do Manicongo (depois do EP SP), Rincon entregou um trabalho fino, de letras muito bem pensadas e produção que não deve nada a dos grandes figurões da música, produção essa assinada pelo próprio Sapiência e com direção do Willian Magalhães, filho do icônico Oberdan Magalhães da lendária Banda Black Rio, conjunto de funk, soul, samba-funk, samba jazz e jazz fusion formada em 1976. Willian toca guitarra na faixa "Crime Bárbaro" que conta a história do escravo Galanga. Mas o guitarrista que quero destacar no álbum Galanga Livre é o Robson Heloyn, quem fez os riffs em "Vida Longa", música inspirada no blues da região Delta do rio Mississipi. Além de guitarrista, Heloyn é produtor, técnico de áudio e professor.

GOG - África Tática 

Genival Oliveira Gonçalves, o GOG, em seu disco hômonimo, o que era para ser o último do poeta do rap nacional, mas graça ao compromisso com o Hip Hop não parou e lançou mais dois depois, aqui o rapper de Brasilia traz na faixa "Africa Tática" sample de "Liberdade Espacial" da banda de rock brasileiro Casa das Máquinas, mas os riffs setentista e piscadélicos fora refeitos pelo guitarrista Higo Melo, nome recorrente nas demais faixas do disco, pois assina a produção e mixagem do projeto. 

SP Funk - Nossa Música

Em seu segundo disco, Tá Pra Nóiz, o SP Funk, um dos mais inventivos grupo de rap brasileiro trouxeram bases mais pesadas e com o peso de guitarras, apresentando uma atmosfera mais densa, como em "Sangue Bom", onde o guitarrista Tadeu Dias foi responsável pelos riffs que transformaram o som do SP em um hardcore. Já na faixa "Nossa Música" o grupo aborda essa inserção da guitarra no rap, e aqui os riffs também são feitos pelo Tadeu, que ainda toca em uma das músicas mais conecidas do disco: "Passar Mal Não Vale".  

Black Alien - U-Informe

No primeiro disco solo de Gustavo Black Alien, o rapper de Niterói contou com a produção de Alessandro Basa e também usufruiu do som da guitarra em algumas das faixas. Rafael Crespo, ex-companheiro de Planet Hemp, e um dos músicos mais notórios do underground carioca tocou em uma das música mais tensas de Babylon By Gus, Vol 1 - O Ano do Macaco, em "U-Informe". Rafael chegou a tocar em três bandas ao mesmo tempo: Polara, Elroy e Aspen, além de gravar com artista como Pin-Ups, Garage Fuzz e Againe. 

Z'África Brasil - Mano Chega Aí

Em 2002 o Z'África Brasil lançou o álbum Antigamente Quilombos, Hoje Periferia, relançado em 2019 em vinil. O grupo colocou a música "Mano Chega Aí", pertencente ao disco, na abertura do seriado Turma do Gueto, exibido pela TV Record, de 2002 a 2004, numa produção da Casablanca. Erico Theobaldo não só tocou guitarra como também o contrabaixo e a bateria, além de ser produtor, DJ e compositor assinando trabalhos nas series de TV Antonia, de 2006 e 13 Dias Longe Do Sol, de 2016.

RZO - O Trem

"O Trem" não é somente um dos maiores sucessos da Rapaziada da Zona Oeste, como é um dos hinos do rap nacional, uma das músicas mais clássicas do Hip Hop brasileiro, originalmente foi lançada em 1996, no single duplo O Trem / Pirituba, e contou com o talento do guitarrista Yukio nos arranjos da canção. Pouco se sabe sobre o instrumentista, mas seu nome está creditado nos álbuns O Trem / Pirituba e Todos São Manos, de 1999, ambos discos que contém a música, e aparece também nos créditos do disco Vida Brazileira, primou trabalho do RZO, lançado em 1993 pela M.A Records. 


Código 13 - Código 13

Logo no primeiro registro fonografico do Hip Hop no Brasil, o disco Cultura de Rua, lançado pela Gravadora Eldorado, as guitarras já estavam presentes. O grupo Código 13 foi um dos pioneiros a fazer o uso, com as as duas faixas que participaram da coletânea produzidas por Dudu Marote, que mais tarde produziu a banda Skank, o guitarrista André Abujanra participou tocando na faixa "Código 13". Além de multi-instrumentista Abujanra é ator e filho do também ator e diretor de teatro Antônio Abujamra. Em 1980, formou em São Paulo a banda Mulheres Negras, junto de Murício Pereira.



Emicida - Pequenas Alegrias da Vida Adulta 

Em seu último álbum AmarElo, Emicida também não poupou na sofisticação da produção e arranjos, e na faixa "Pequenas Alegrias da Vida Adulta" o rapper emicida trouxe o guitarrista Júlio Fejuca para o projeto, o instrumento foi gravado pelo Nave, o produtor do disco, no estúdio Ma Ninja. O músico é um dos integrantes do grupo Sambô, conhecido por fazer versões da música pop em samba, além disso o artista é professor e mantém uma instituição de ensino, não só de guitarra, mas demais instrumentos de corda, como violão, cavaquinho e contrabaixo.


Confira uma playlist com alguns raps que possuem guitarra em sua produção:
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