Banner do seu site

Teagacê o Demônio da Máquina de Costura

Jeff Ferreira
By -
0

Costurando situações vividas num espaço de tempo de 24 horas, Teagacê, direto da Cidade do Sol, apresenta suas endiabradas linhas em novo álbum Demônio da Máquina de Costura. A poesia marginal, a lirica embriagada e a sensibilidade de quem rima com um boné com furos de balas se mantém em um trabalho diferente do habitual do rapper potiguar.

Gravado, mixado e masterizado pela StoneOne, o #DDMDC é o terceiro álbum de Teagacê pelo selo, e o quinto do artista, a obra conceitual bebe das influências do rapper como o blues, jazz, soul e o rap dos anos 90 em beats, assinados por um time diversificado de produtores, ajudam a criar a atmosfera de um dia atípico para muitos, mas ao mesmo tempo rotineiro para quem vem das ruas de Natal.

Sob o calor de "40 Graus" da capital do Rio Grande do Norte, Teagacê aponta a quente rotina, mostrando que não cochila e nem dorme no barulho, e nessa “Insônia” busca o amor a qualquer custo, mesmo que isso lhe arranque um pedaço, há que faz parte das dobras da vida, como num “Origami”, trabalhando num corre e sonhando viver de outro, e para quem põe em xeque essa rotina, é “Poucas Ideias”, e assim se esquiva de pessoas toxicas, buscando “Anestesia” para os suportar, entorpecendo-se (ou não!) de “Cocaína e Moccha”, numa hemorragia poética do eu lírico, Teagacê exclama, “Eu Sangro”!, Questionando a existência do Onipresente e Onipotente, até cair e aceitar as ações de “Deus Interlúdio” para uma nova fase da vida do homem que nunca dorme, para ao fim da insana jornada de 24 horas, partir em busca dos sonhos, da liberdade e felicidade, numa “Road Trip”. 

Tarcísio Galvão, o Teagacê, busca tocar o ouvinte com situações, até corriqueiras, mas sensibilizam e mostra a poesia que há na relação entre sonhos, amor, rotina, trabalho e a guerra que as mazelas, como o crime e as drogas, trazem e colocam qualquer individuo na rota da bala. #DDMDC é uma como uma peça teatral, enredo costurado, em linhas afiadas que vão do despertar na ensolarada cidade, passando pelo amor malfeito depressa, fazer a barba e partir, trabalhar, sonhar, indignar-se, anestesiar-se, questionar, aceitar e ser livre. Fases que todos passam, ou vão passar, e é necessário para o aprendizado, para calejar o individuo, e como numa colcha de retalhos, costurada a mão, unir pessoas diferentes que estão em situações parecidas. As colagens feitas com áudios de whatsapp, principalmente de pessoas próximas como a mãe, esposa e parceiros aproxima ainda mais, dá o toque de intimidade, e transforma o poema introspectivo em hino coletivo.

Track List:

1 - 40 Graus - Prod. Aksil Beats 
2 - Insônia - Prod. Rafael Ternura  
3 - Origami - Prod.  Aksil Beats 
4 - Poucas Ideias - Prod. 90's Beats 
5 - Anestesia - Prod. Beatowski 
6 - Cocaína e Moccha (feat. Doggie Killa) 
7 - Eu Sangro - Prod. Diego Garza 
8 - Deus Interlúdio - Johnn Erick 9 - Road Trip - Prod. Skyde

Confira também o bandcamp do artista aqui

Postar um comentário

0Comentários

Postar um comentário (0)