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5 Cinebiografias da Música Nacional

Jeff Ferreira
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Nesse post reunimos duas paixões: música e cinema. De um tempo pra cá o cinema brasileiro voltou seus olhos para a produção de cinebiografias de personalidades da nossa música, filmes que retratam a vida e obra de grandes gênios, afim de levar o telespectador a uma experiência mais intima com o artistas. O Submundo do Som separou cinco cinebiografias pra você se ligar, tanto na obra de cinema, como na obra dos artistas.

Legalize Já – Amizade Nunca Morre

A espera por esse filme foi grande, pelo menos oito ano no aguardo, eis que em 2018 a história de D2 e Skunk ganha as grandes telas, e o sentimento é que poderia ser melhor! O filme é bom, é bonito, é divertido e informativo, mas não conseguiu ser uma brilhante e memorável obra, como é o Planet Hemp, e como a banda merece. Destaque para a fotografia do filme que conseguiu transmitir a vibe noventista no figurino, cenário e diálogos, mesmo que esse último não tenha falas tão convincentes. O Filme se torna importante por trazer detalhes da vida de Luís Antônio, o Skunk, falecido em 1994, antes da banda lançar o álbum “Usuário”, e ter mais detalhes sobre um dos principais (senão o principal!) pilares do Planet Hemp já vale a experiência com a obra!


Trailer de "Legalize Já - Amizade Nunca Morre"

Somos Tão Jovens

Filme que narra à trajetória de Renato Russo e a formação da Legião Urbana, além de pincelar sobre o movimento punk de Brasília dos anos 80. A obra gira em torno do líder da Legião, trazendo um personagem profundo e complexo e ao passo que tentamos entender o Renato somos apresentados ao contexto da época e a outros personagens secundários, mas de grande relevância para a música, como as bandas Aborto Elétrico, Capital Inicial e Plebe Rude, além da rápida aparição de Hebert Vianna. O destaque desse filme, sem dúvidas, é a construção da cena musical de Brasília, uma das mais ricas e influenciadoras do país.


Trailer de "Somos Tão Jovens"

Elis

O filme não perde tempo e foca na ascensão e glória da Pimentinha, com fotografia espetacular e dinâmica rápida, a película é intensa como a carreira de Elis, não percebemos o avanço em sua vida, que foi de promessa a uma das maiores estrelas do país. Elis Regina foi uma grande interprete da nossa música, e para tal feito era necessário navegar nas mesmas águas que os compositores que à abasteciam de matéria prima, as composições, isso ficou vago, subentendido, mas seria massa ver essa relação ser costurada melhor, mas como disse, o filme não perde tempo, é direto, o que gera uma má interpretação em que não está a par do mínimo da carreira da cantora. Essa é uma obra segmentada, de fã pra fã.


Trailer de "Elis"

Gonzaga de Pai pra Filho

O filme é ótimo para tentar entender um pouco melhor a relação entre o Rei do Baião e o seu filho Gonzaguinha, mas vale lembrar que apesar do título esse é um filme sobre Luiz Gonzaga, focado em sua carreira, na chegada ao Rio de Janeiro e sua ascensão, como plano de fundo a relação com Gonzaguinha, mas esse é um personagem que poderia ser mais bem explorado, trazendo-o como protagonista e não coadjuvante. De todo modo, a película é importante para entender ambos os artistas, as motivações e frustrações, e no caso de Gonzagão, até podemos ser testemunhas da criação de grandes temas do artista. Penso num cara que não está a par da vida e obra de Gonzaga pai, ou até mesmo de Gonzaguinha, guardada as proporções, e se depara com o filme, passa a entender a importância do músico para com a cultura brasileira e toda sua contribuição musical para o Brasil.

Trailer de "Gonzaga de Pai pra Filho"

Tim Maia

Pra quem leu o livro do Nelson Motta, que serviu como base para a obra, e depois conferiu o filme, nota que o áudio visual é apenas uma pincelada da vida de Tim. No entanto, a película é um retrato de um vida loka de talento genial e poder de superação ímpar, para quem é fã de Sebastião Rodrigues Maia o filme é um presente, mesmo que não contemplando a totalidade de sua vida e genialidade musical. Para quem não é fã, ou não conhece a personalidade do artista, o filme pode cair como uma bomba, mas é uma ótima introdução ao mestre do soul brasileiro. Filme obrigatório para quem faz música, pois mostra como um gênio se reinventava, mesmo com as adversidades arquitetadas pela vida, e por amor ao que fazia não aceitava menos do que a perfeição. Tim teve um fim melancólico, porém a todo momento, inclusive nos últimos, sua capacidade criativa surpreendia o público e foi sincero consigo mesmo o tempo todo. Verdadeiro professor!

Trailer de "Tim Maia"

Essas são as cinebiografias lançadas até o momento, seguimos no aguardo para ver uma película de outros grandes artistas, como Speed, Raul Seixas, Sabotage, Jair Rodrigues, Chorão, Dina Di, Chico Science e tantos outros gênios que nos deixaram!

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