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20 Discos que em 2018 Fizeram 20 Anos

Jeff Ferreira
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O ano de 1998 foi grande importância para a música nacional, clássicos do rap, rock e reggae foram lançados nesse icônico ano. E o Submundo do Som veio resgatar 20 discos que em 2018 completaram duas desadas de história e atitude. Se liga aí:

O rapper carioca, MV Bill, da Cidade de Deus, teve sua grande estréia com o álbum "Mandado Fechado", estréia da carreia de Bill, lançado pela Zâmbia Records, e serviu como uma especie de rascunho para o álbum que viria no ano 2000, o "Traficando Informação", já que os dois projetos têm as mesmas músicas, sendo o último remasterizado e com acríssimo de três canções. Ainda no Rio de Janeiro, Marcelo D2 estreia carreira solo com o aclamado "Eu Tiro É Onda", concebido logo após deixar a prisão com o Planet Hemp, Nesse álbum, D2 traz um projeto que aposta na mistura de Hip Hop com Samba, com a alma do underground brasileiro.


Do interior paulista, mais precisamente da região 019, tivemos o Face Da Morte, com "Quadrilha da Morte", segundo disco do grupo de Hortolândia e que firmou os manos entre os grandes nomes do rap nacional. Também de Hortolândia tem o Realidade Cruel, que em 1998 lançou o álbum de estréia "Só Sangue Bom", que teve participação do Face da Morte e foi produzido pelo Aliado G. Da cidade vizinha, Campinas, teve o disco do grupo Visão de Rua, da eterna Dina Di, a rainha do rap, "Herança do Vicio", lançado pela MA Records.


Os pernambucanos do Mundo Livre S/A lançaram seu terceiro álbum, intitulado “Carnaval na Obra”, num trabalho mais experimental, a exemplo do primeiro disco e com a força de um show ao vivo, como foi o segundo disco. Lançado pela Abril Music o grupo seguiu a tendência de mesclas do rock com o samba rock e o groove do Manguebeat. Já a banda irmã, Nação Zumbi, teve uma difícil missão, retomar o projeto sem seu ícone máximo, Chico Science, falecido um ano antes em um acidente de carro na estrada que liga Olinda a Recife. O grupo lançou o álbum duplo “CSNZ” como um tributo ao seu mentor, principalmente com a faixa “Protótipo Sambadélico de Mensagem”, além de tributos, há versões ao vivo na voz de Chico e uma emocionante versão de “Samba Makosa”, feita pelos cariocas do Planet Hemp.


O reggae brasileiro também tem discos completando 20 anos. Em 1998 o ritmo batia forte no Brasil, e a Tribo de Jah lançou o riquíssimo trabalho “Reggae na estrada”, com a dançante faixa titulo e destaque para o som “Globalização – O Delírio do Dragão”, o álbum saiu pela Indie Records e contém treze faixas do reggae raiz feito pelo grupo maranhense. A banda da baixada fluminense Cidade Negra consolidava cada vez mais seu trabalho e colocou na rua o álbum “Quanto Mais Curtido Melhor”, com hits envolventes que caiam no gosto popular, e teve sua produção feita por Liminha e foi lançado pela Sony Music.


O punk rock também apresentou sucessos em 98, como no caso da banda Cólera, com o disco “Caos Mental Geral”, lançado pela Devil Discos e com dezessete faixas de porrada sonora, que reuniu o trampo da banda feito entre 1993 e 1997. A banda Inocentes também jogou um clássico nas ruas, com a “Embalado a Vácuo”, trabalho lançado pela Paradoxx Music e gravado nos estúdios Bee Bop, com produção de Clemente, o vocalista da banda e de Jorge “Groove”. Esse é o nono álbum do grupo que comemorava quinze anos de estrada. A banda Ira! deu sua contribuição para a lista com “Você Não Sabe Quem Eu Sou”, lançado pela Paradoxo, o álbum tem um pé no techno, mas sem perder a essência do rock, com produção de Carlo Bartolini e onze faixas o disco ainda flerta com o house e o drum'n'bass.


Da Zona Sul de São Paulo, teve o álbum "Saiam da Mira dos Tiras" do Conexão do Morro, com o clássico "Click Clack Bang" do icônico refrão que remete ao título do álbum. Infelizmente em 2013 mais uma injustiça, o DJ Lah, integrante do grupo, foi assassinado num chacina na periferia paulista. "Estamos de Luto"  é o segundo trabalho do Facção Central, e o primeiro do Erick 12 com o grupo, substituindo o DJ Carga. O trabalho de dez faixas foi lançado pela Sky Blue Music e teve produção de Eduardo e Dum Dum.


A gauchada nervosa teve estreia com o disco homônimo, “Ultramen”, numa ideia de misturar o rock pesado com o groove do soul e os vocais de rap. O álbum foi lançado pela gravadora Rocklt! do ex-guitarrista da Legião Urbana, Dado Villa-Lobos, e rendeu ao grupo turnê por todo Brasil, principalmente após os sucessos das músicas “Vou a Mais de Cem” e “Bico de Luz”. 

Hey Na Na” é o nono álbum d’Os Paralamas do Sucesso, lançado pela EMI e com produção de Chico Neves, o álbum tem dez faixas e é marcante por ser o último antes do acidente de ultraleve de Hebert Vianna, e traz as participações Jorge Mautner e de Marissa Monte, além de uma letra escrita por Chico Science, que como dito anteriormente, faleceu em 1997. Nesse trabalho a banda flutua entre o pop e o experimentalismo, resultando num grande projeto. 

Em outubro de 98 os Titãs lançam seu nono álbum, intitulado como “Volume Dois”, o nome se deve ao fato desse disco ser uma sequência em estúdio, do Acústico MTV, pois acreditavam que um projeto "desplugado" valoriza as melodias, e nesse registro a banda Fat Family chegou junto na faixa “Senhor Delgado/Eu Não Aguento”, e teve também regravação de Roberto Carlos em “É Preciso Saber Viver”.


Detentos do Rap também fazia sua estreia fonográfica, formados dentro do complexo do Carandiru, o disco “Apologia ao Crime” foi gravado dentro da Casa de Detenção, com onze faixas o álbum foi lançado pela Fieldzz e teve produção Eazy Nylon e DJ Luciano, os sucessos desse trampo fora “Casa Cheia” e “Som do Inferno”, letras que relatam a sobrevivência no presidio. 

GOG seguiu colocando o nome de Brasília na rota nacional do Hip Hop, dessa vez com o notável “Das Trevas a Luz”, nesse álbum o poeta mantém as crônicas sobre a periferia da capital federal, inclusive lançando “Brasília periferia Parte 2”, e se arriscou no peso da guitarra em “Qual É O Pó?”, e trouxe para esse disco os parceiros Dino Black e Japão. A produção ficou a encargo de Macari e Elyvio Blower e foi lançado pela Zambia records.

Fechando a lista tem De Menos Crime com um dos maiores clássicos do rap nacional, o “São Matheus Pra Vida”, todas as faixas são icônicas, a começar pela intro do DJ Wlad, na sequência nada mais que “Fogo Na Bomba”, “1,2 1,2 Drão”, “A Bola do Mundo” e “Burguesia”, essa última numa versão remix, assim como a faixa “Domingo Sangrento”. O disco saiu pela Kaskata’s Records e pelos selos RDS Fonografica e Ritmo Quente Produções, o álbum também teve um subtítulo que sintetizou bem o projeto “Do Barraco Para O Mundo”, de fato esse foi o registro que firmou o DMC no cenário nacional do rap.

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