O Submundo do Som traz um rápido panorama sobre o cenário do rock no estado do Pará, principalmente na capital Belém, que bateu pesado no final dos anos 80 e começo dos anos 90.
O Rock
paraense sempre foi fortemente pensante e revelou vários nomes de pesos na
década de 1980 como a banda Stress, que foi a primeira banda de metal do pais, isso em 1974, que teve uma pausa em 1984 e retornou em 95 e segue na ativa até hoje. O Pará apresentou, também, as bandas Delinquentes, Madame Saatan, Insolência Publika, Turbo,
Johny Rock Star, Molho Negro, Aeroplano, Banda Tribo e Mosaico de
Ravena. O interior do estado do Pará também conta com diversas
bandas de peso, como Scream of Death, de Castanhal, e Antcorpus, de
Parauapebas. Em Belém é
clássico o festival Fabrikaos, organizado por Jayme Katarro, líder da
banda Deliquentes, que levou as bandas que usam seu espaço de gravação, o
Fabrica Stúdio, para um pico na Cidade Velha, a casa de shows Mormaço,
potencializando a cena independente. Bandas como o Telaviv, com seu metal
extremo, e o Navalha, com seu rock pesado cantado em português ganharam espaço
para mostrar seu trabalho, assim como bandas mais novas como o Methastasy, de
metalcore, o Bixo Morto de punk-core e a Seven Foot de hardcore melódico.
Fabrikaos edição de 2013
A banda Mosaico de Ravena, é uma das pioneiras em misturar o rock n' roll com referências regionais. A música "Belém-Pará-Brasil" foi a mais pedida na Rádio Jovem FM no ano de 1992, mostrando a força do Mosaico de Ravena, que teve a música regravada por diversos artistas servindo como uma espécie de hino alternativo do Pará, traduzindo perfeitamente o sentimento de exclusão que os paraenses sentiam na época e aproximou os jovens dos ritmos locais, como o carimbó.
Clipe da música "Belém-Pará-Brasil", da banda Mosaico de Ravena
Já a banda
Insolência Publika, considerada como a primeira banda de hardcore da região
Norte, trazia músicas inspiradoras com a essência da rebeldia jovem,
com estilo único, debochado e afrontador, com temas que ironiza sobre a
vida hipócrita da sociedade de Belém (e Brasil como um todo). A banda trazia em
sua formação Regi Insolente nos vocais, Beto Insolente na guitarra, Felipe
Mucura na bateria e Caco Nó Cego no baixo, e teve como grande sucesso a música
"Beirute Está Morta".
Vídeo clipe da música "Beirute Está Morta", da banda Insolência Públika
Para quem desejar se aprofundar um pouco mais no rock paraense dos anos 80, abaixo segue um mini documentário do pessoal do Lado B, que retrata perfeitamente essa cena. Se liga:
E você conhece mais bandas e informações do cenário roqueiro do Pará? Comenta aí mano!
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