O
show começa, o cantor principal é o motivo do público estar ali
presente, mas atrás dele há a chamada “banda de apoio”, que faz parte do
espetáculo, e fazem a mágica acontecer. Muitas vezes o conjunto musical
que dá tal apoio não tem o reconhecimento que merecem, pensando nesses
guerreiros o #SubmundoDoSom faz uma homenagem a esses músicos, lembrando
de 05 bandas de apoio que são muito mais que o simples plano de fundo,
se liga:
Vitória Régia

Famosa
banda que acompanhava Tim Maia em seus concertos. Com o fim da banda
Seroma (que de trás pra frente é “Amores"") a Vitória Régia nasceu, isso
foi 1976, depois de um ensaio num endereço na ladeira Vitória Régia
165, assim a banda que se reuniu para tal ensaio passou a se chamar
Vitória Régia. A banda tocou por 22 anos, sempre acompanhado o Tim Maia,
teve várias formações diferentes, a Vitória Régia esteve inclusive
naquele dia 15 de março de 1998, quando Tim passou mau no palco e em
seguida veio a falecer.
19
anos depois a banda Vitória Régia não deixou o soul, o funk e o
suingue de lado. Com a perda de Tim Maia, a banda passou a agir de
formam autônoma completando quatro décadas de música. A banda lançou seu
primeiro disco autoral da carreira para homenagear o Tim Maia.
Som Imaginário

No
início dos anos 70 a banda o Som Imaginário é formada para acompanhar o
cantor Milton Nascimento, no início para o show “Milton Nascimento, ah,
e o Som Imaginário”, e teve participação do músico Wagner Tiso antes de
partir para carreira individual, também contou com o músico Fredera,
que também foi pintor, escultor e jornalista, no Som Imaginário tocava
guitarra, enquanto que Tavito tocava violão, Robertinho Silva era o
batera, Luiz Alves o baixista, Naná Vasconcelos na percussão e grande
abraço Zé Rodrix estava nos vocais e no piano.
O
grupo Som Imaginário passou por diversas alterações na sua formação e
gravaram três álbuns, o disco “Matança do Porco”, teve nos vocais Milton
Nascimento, a banda já acompanhou também: MPB-4, Taiguara, Marcos
Valle, Gal Costa, Odair José, Carlinhos Vergueiro, Sueli Costa e Simone,
e muitos outros.
MPB4

O
MPB4 é um grupo instrumental, e vocal, formado em 1965 em Niterói, Rio
de Janeiro, e contava com Miltinho, Magro, Aquiles e Ruy Faria, com
especialidade no samba e MPB, o grupo acompanhou artistas como Chico
Buarque, Milton Nascimento, Noel Rosa, Tom Jobim, Paulo César Pinheiro,
João Bosco, Vinicius de Moraes e Aldir Blanc. A banda está na ativa até
hoje, se apresentando em todo país, com sucesso de público e de crítica.
A
parceria com Chico Buarque teve início em 1965 e durou quase dez anos.
Nesse período a banda MPB4 firmou sua musica e acompanhava Chico em suas
apresentações banda de apoio, e consideravam Buarque como o "quinto
integrante de um quarteto". Dessa época, os maiores sucessos são as
canções "Quem te viu, quem te vê" e "Roda Viva", as duas de 1967.
Ganharam destaque também nos famosos festivais de música dos anos 60,
como os produzidos pela Rede Record.
Seletores de Frequência

A
banda acompanha BNegão, são muito mais do que uma banda de apoio, tem
seu nome nos discos e são anunciados nos shows como “BNegão e os
Seletores de Frequência”. Banda formada por Pedro Selector, no trompete,
Fabiano Moreno, na guitarra, Fábio Kalunga, no baixo e Robson Riva, na
bateria, em projeto paralelo ao de BNegão, lançaram o álbum homônimo em
2016 com quatro faixas instrumentais: “Abre-caminho”, “Insólito”,
“Funkalunga” e “Itacoatiara”, disco que contou com a participação de
vários músicos.
Com
BNegão a banda gravou três álbuns: “Enxugando Gelo”, “Sintoniza-la” e
“TransmutAção” em todos esses discos há músicas instrumentais, como por
exemplo “No Hay”, do “Enxugando Gelo”, no álbum seguinte, “Na
Tranquila”; e no último “Surfin’ Astatke”, composição de Pedro Selector,
que ficou em décimo lugar na lista da Rolling Stones Brasil das
melhores músicas de 2015. As influências vêm do Funk, Soul, Reggae, Dub,
Afro, Jazz e do Samba, mas como a banda prefere dizer, estão na missão
de fazer música livre, sem rótulos.
Os Brazões

Ganharam
grande notoriedade no cenário musical após acompanharem a Gal Costa nos
anos de 1960. Chamavam muito atenção como excelente banda de apoio,
o.que faziam as pessoas imaginar o conjunto em carreira autônoma, com
isso, lançam seu disco próprio, com nome homônimo, em 1969, o disco tem
12 versões de músicas como “Que Maravilha” do Jorge Ben Jor e Toquinho,
“Feitiço” do Tom Zé e “Volks–Volkswagen Blue” do Gilberto Gil, além de
outras canções. Os Brasões tinham um estilo único, e psicodélico, que
mesclava rock com samba e pitadas de R&B.
Nação Zumbi

Hoje
a Nação Zumbi está consolidada como uma das mais importantes e
influentes bandas de rock no cenário brasileiro, mas a banda começou com
a fusão do bloco de samba reggae “Lamento Negro” com a banda de rock
“Loustal”, banda essa que era formada por Chico Science, Dengue, Lúcio
Maia e Jorge Du Peixe, enquanto que a “Lamento Negro” estava mais para
um projeto social no bairro de Peixinhos em Olinda, Pernambuco.
Chico
juntou o rock com os tambores de maracatu, depois de muitos ensaios e
refinamento de instrumentos e de integrantes formou a Chico Science
& Nação Zumbi. A banda continha: Dengue no baixo, Canhoto na
bateria, depois substituído por Pupilo, Lúcio Maia na guitarra, Gilmar
Bolla 8, Jorge Du Peixe e Gira nos tambores de maracatu e Toca Ogan na
percussão e efeitos. Com Science gravaram dois discos, os clássicos “Da
Lama ao Caos” e “Afrociberdelia”, infelizmente em 1997, em um acidente
de carro, no percurso Olinda a Recife, Chico Science veio a falecer,
após cogitar parada a banda decide seguir o legado de seu percursor, com
Jorge Du Peixe nos vocais a banda segue seu caminho gravando vários
discos e mantendo a essência do Rei do Mangue.
Os Leif’s (A Cor do Som)

Os
Leif’s, posteriormente A Cor do Som, usavam roupas peculiares:
astronauta, pierrot, espadachin, lutador medieval, essa era a vibe dos
músicos Jorginho, Lico, Pepeu e Carlinhos. A banda continha duas
guitarras elétricas, baixo e bateria, lançaram o primeiro álbum em 70
mas desde 69 já eram um grande nome no cenário musical devido as
participações em festivais com nomes como Tim Maia, Os Mutantes, Gal
Costa e Beat Boys.
Os
Leif’s, em 1969 acompanharam Gilberto Gil e Caetano Veloso, e em 1970
acompanharam os Novos Baianos. A forte características da banda era o
constante uso das cores e de desenhos psicodélicos e composições que
muito se conversa com a Tropicália porém com há duas guitarras, a banda
tem uma pegada mais rock n’roll, as cores e talvez a Tropicália, faz com
que Os Leifs adotassem o nome de A Cor do Som.
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